Nova Chance - Capitulo 50

E então se passaram dois dias. Eles se revesavam para passar as noites com Sophia que ainda dormia, mas os médicos já tinham retirado o sedativo. Todos ainda culpavam Micael, menos Chay e Antônio.
Renato: Quando a Julia acordar vai pra minha casa.

Antônio: Ficou louco. O nome dela é Sophia e vai pra minha casa.
Ana: Aquilo não é uma casa.
Antônio: Isso é o de menos.
Renato: A Sophia vai decidir, mas se ela decidir ficar com você, você terá que ter uma casa decente.
Antônio: Vamos esperar que ela acorde.
Micael estava sentado no sofá, também dentro do quarto, mas não se metia nas discussões.
E então lentamente Sophia abriu os olhos.
Ana: Filha...
Ana se aproximou e fez carinho em sua cabeça.
Soph: oi... Onde nos estamos?
Ela disse com um pouco de dificuldade e meio confusa olhando para os lados.
Antônio: Estamos no hospital Sophia.
Soph: Hospital?
E então todas as lembranças vieram a sua mente.
Soph: Meu bebê?
Ela colocou as mãos na barriga.
Micael do sofá se levantou. E a olhou.
Soph: O que aconteceu com o meu bebê?
Mica: Sophia ele...
Soph: Não fale. Ele ta aqui ainda.
Ele negou solenemente. E então se viram lagrimas escorrendo por seus olhos.
Soph: O que você está fazendo aqui? A culpa disso tudo é sua. Você que não queria ele.
Mica: Não Sophia eu só estava nervoso. Eu estava feliz sim.
Soph: Sai de perto de mim... Eu quero você longe de mim.
Antônio: Sophia não fala assim...
Soph: Como não? É tudo culpa dele.
E então ela se desespera e chora mais ainda.
Renato: Micael, se me da licença...
Mica: Tudo bem, eu já estava esperando por isso. 
Ele deu uma ultima olhada, mas a loira tinha os olhos fixos em suas mãos em cima da barriga. E então ele saiu do quarto.
Soph: Por que ele fez isso?! Eu estava tão feliz.
Antônio: Filha não culpa ele, foi ele que te ajudou desde sempre...
Soph: Isso não tem perdão.
Ana: Calma Sophia, você acabou de acordar, não deve ficar tão nervosa assim.
Renato: Temos que decidir pra onde você vai filha.
Soph: Eu já disse que não gosto que você me chame de filha.
Ela disse olhando para Renato.
Renato: Não me trata assim.
Soph: Eu não estou bem, não vou pra lugar nenhum.
Antônio: Relaxa Sophia, você não precisa decidir agora. Descansa vai.
E assim, com os olhinhos pesados, mesmo tendo acabado de acordar ela tenta cochilar. Renato, Ana e Antônio saem do quarto e encontram um Micael sentado na sala de espera com os olhos um pouco vermelhos.
Renato: O que você fez pra ela estar com tanto odio assim de você?
Mica: Falei besteira, como sempre agi por impulso.
Ana: A Sophia não tem raiva de ninguem. Mas esta muito chateada com você.
Mica: Chegou um homem alisando ela no shopping, dizendo coisas que tinha feito com ela na epoca que ela era... vocês sabem. Eu me descontrolei, eu também não sou de ferro.
Cada palavra era dita com dificuldade, ele segurava suas lagrimas.
Renato: O que você disse pra minha filha?
Renato chegou mais perto e estava segurando o colarinho de Micael, que não conseguia pronunciar as palavras.
Antônio: Larga ele Renato. O problema é comigo.
Renato: Com você eu me acerto depois. O que você disse pra Julia.
Mica: Que esse filho não era meu... porque eu nunca teria um filho com uma prostituta.
E então Renato acertou o rosto de Micael com um soco que ele não revidou por que sabia que merecia, ele ficou sentado no chão. 
Ana: Renato você está louco?
Ana se ajoelhou onde ele estava sentado, analisando a boca machucada do rapaz.
Renato: Ele merece.
Antônio: Você não tem que fazer isso com ele.
Mica: Deixa ele, não tiro a razão. Vou embora.
Renato: Não sei o que você ficou fazendo aqui.
E então ele se levantou com a mão na boca e foi caminhando para fora do hospital.

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