Inevitável - Capitulo 3

- Ata desculpa. – Logo parei de rir, ela tinha me dado uma olhada fatal.
Eles foram almoçar. Um almoço com varias brincadeiras e gargalhadas.
- E seu irmão Micael? – Perguntou minha sogra.

Eu só tinha um irmão, um irmão mais velho que eu apenas um ano. O Marlon achava que mandava em mim, coitado só por que era quase nada mais velho.
- Está bem, cada dia mais chato e mandão. – Respondi e elas riram de mim.
- É assim que é a vida de quem tem irmão mais velho – Sophia me disse rindo olhando pra Luiza.
- Ah eu nem mando em você!
- Luiza eu tenho 19 anos e você 20, e quando nos éramos crianças, você vivia mandando em mim. – Ela indagou e Luiza nem respondeu, sabia que era verdade.
- Vida sofrida essa nossa né? – Falei com Sophia.
- Coitado do Felipe, esse que vai sofrer – Falou rindo.
- Ah com certeza! – Concordei.
- Hey, da pros melhores amigos pararem de falar como se eu fosse um monstro? – Ela já estava ficando com raiva. Esse era seu maior defeito, embora fosse extremamente simpática e bem humorada, se irritava facilmente.
- Se acalma amor é só brincadeira.
Ela não respondeu, só revirou os olhos e voltou a comer.  Um silêncio pairou sobre o almoço até o fim.
Acabamos de comer e fomos à sala, o clima já estava voltando ao normal. Felipe brincava no tapete da sala, estava só de fralda. A campainha tocou e Sophia foi atender, de lá ela voltou com o namorado. Que eu julgava ser um tanto quanto feio pra ela.
- Oi pessoal – Marco, o namorado dela falou.
- Oi – todos responderam em uníssono.
- Por que você não chegou mais cedo? – disse Luiza.
- O que teve mais cedo? – Ele perguntou curioso
- Nada, só o nosso almoço em família – Eu respondi.
Passamos o dia na casa da minha sogra, foi um domingo muito agradável. Nós nos dávamos bem, apesar de a Sophia ser chata, hoje ela havia me tratado bem. Ao fim de tarde nós fomos pra casa, poucas palavras trocadas no caminho, estávamos cansados. Nosso filho dormia serenamente na cadeirinha dele.
- Nem acredito que chegamos. – Minha mulher disse ao abrir a porta do carro.
- Nem eu, estou muito cansado. – falei a ela, mas o rostinho dela estava mais que o meu.
- Pega ele pra mim? – Ela perguntou.
- O que eu não faço por você? – Disse dando um beijo em sua testa.
Abri a porta de trás e tirei o Felipe da cadeirinha, ele se remexeu e acordou, chorando é claro.
- Vou dar banho nele e por pra dormir, acho que é isso que ele quer! – Luiza falou.
- Será mesmo? E se for fome?
- Pra você toda vez que ele chora ele ta com fome, nunca vi – ela riu de mim que, com oito meses de experiência na paternidade ainda não sabia distinguir os choros do meu filho.
- Não ria de mim, a culpa não é minha, ele chora tudo igual! – Tentei me justificar. Mas ela só riu mais.
- Micael você não tem jeito mesmo né? Eu sei a diferença.
- Oh minha heroína, o que seria de mim sem você? – Falei debochando dela.
- Ridículo vamos entrar de uma vez.
Entramos rindo em casa. Passei Felipe pra ela e ela foi direto dar banho nele, acompanhei ela só que fui para o meu quarto. Logo ela acabou.
- Que rápido! – Elogiei
- A pratica leva a perfeição amor – Ela debochou de mim.
Fui tomar meu banho e ela colocar nosso filho no berço, quando eu voltei ela estava a minha espera na cama.
- Tomei banho junto com o Felipe. – Ela me disse.
- Parabéns hein, pensou! – Ri.
- Está debochando de mim Micael Borges? – Ela se fez de brava.
- Ai não faz essa carinha que eu me apaixono! – Mordi o lábio inferior e ela gargalhou. - Amoooor não corta o clima, era pra ser sexy não engraçado! – Fingi chateação.
- Ah desculpa – Ela ainda ria, mas tentava controlar – Tenta de novo vai.

Fiz e dessa vez acho que minha careta foi mais engraçada por que ela curvou a cabeça e riu de se acabar. Fui pra cima dela a beijando lentamente. Comecei pelo pescoço, ela se arrepiou. Quase dois anos de casados e ela ainda se arrepia nos mesmos pontos, por isso eu a conhecia como poucos.

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