Micael não sabia o que fazer, então parou no meio da escada. Ia pro quarto sozinho e tiraria aquele idiota, que nem conhecia, a tapas ou iria pra sala do diretor?
Bom, se fizesse isso ela também seria castigada, o mais provável seria a expulsão. Então não poderia fazer isso.
Teria que ir no quarto sozinho, mas sabia que se fizesse ficaria muito irritado por ver ela e outro cara se beijando. Droga! Não se decidia logo, enquanto ele pensava poderiam estar... Sacudiu a cabeça afastando esses pensamentos e foi correndo pro quarto. Não avisaria pro diretor.
Chegou na porta do quarto dela e ficou parado, se acalmou, respirou fundo. Tentava se controlar caso se deparasse com uma cena que não queria.
Abriu a porta sem bater e viu Sophia sentada na cama com o celular na mão.
Micael: Cadê? (entrou no quarto fechando a porta)
Sophia: Cadê o que?
Micael: O Lucas, não precisa mentir, a Gabriela disse que vocês dois vieram pra cá.
Sophia: Pensei que você fosse mais inteligente. (levantou da cama e se aproximou dele) É mentira.
Micael ficou olhando pra ela e logo depois saiu procurando pelo quarto todo, até em baixo da cama.
Sophia: Lucas não existe ok? Bom, existe, mas como eu disse foi meu primeiro namorado quando eu tinha oito anos. Já não o vejo há anos.
Micael: Então como a Gabriela sabia?
Sophia: Eu pedi pra ela falar, pra te deixar com ciúmes.
Micael: Isso é criancice. (negou com a cabeça e bufou)
Sophia: Pode até ser, mas pelo menos eu sei que você tem ciúme.
Micael: Não tenho.
Sophia: Então porque veio assim que a Gabriela contou pra você?
Micael: Porque eu sou o professor e homem no quarto das mulheres é proibido. É o meu trabalho.
Sophia: Admite logo. (rolou os olhos) Você gosta de mim.
Micael: Nunca disse que não gostava.
Sophia: Ah não? (deu um pequeno sorriso)
Micael: Não. A única coisa que eu disse foi que eu não tenho ciúmes de você.
Sophia: Disse que não gostava de mim quando terminou comigo.
Micael: Eu disse que não podia não que não queria.
Sophia: Então você quer? (sorriu)
Micael: Eu quero, mas eu não posso. (ia sair, mas ela o segurou pelo braço).
Sophia: Será que pode parar com isso? (disse um pouco irritada) Fora do colégio não somos nada ok?
Micael: Não é tão fácil assim Sophia. (negou com a cabeça)
Sophia: Você gosta de mim e eu gosto de você. O que tem de complicado nisso?
Micael: O colégio. Isso é complicado.
Sophia: Quando saímos do colégio você não é mais meu professor. (suspirou)
Micael: Sophia, por favor, para de insistir nisso. (respirou fundo) Já disse não.
Sophia: Você é muito cabeça dura sabia?
Micael: Eu? Você que não entende que não podemos.
Sophia: Acho que você deveria parar de discutir sobre isso... (se aproximou dele passou a mão pelos cabelos dele até parar no ombro) E me beijar agora.
Micael negou com a cabeça respirou fundo e a beijou sem pensar. Sophia sorriu quando sentiu os lábios dele nos seus.
Micael se julgava louco em pensamentos, não acreditava que estava beijando-a, depois de dizer tantas vezes não. Definitivamente ele não resistia a ela.
Micael: Acho melhor parar por aqui. (se afastou dela passando a mão nos lábios)
Sophia: Ah fala serio. (bufou) Depois desse beijo você ainda vai dizer não?
Micael: Estamos no colégio e isso não deveria ter acontecido. (saiu do quarto batendo a porta)
Sophia bufou e deitou na cama. Passou a mão pelos lábios e deu um sorriso triste. Ouviu o celular tocar e pegou vendo que era uma mensagem.
“Isso não pode mais acontecer no colégio.”
Ela bufou e rolou os olhos. Ele era um chato. Ouviu o celular tocar outra vez e quase gritou, ele iria ficar falando isso o dia todo? Pegou o celular e leu a outra mensagem.
“Sexta à noite, na minha casa, às 20h”.
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ResponderExcluirate que em fim ele ta caindo em si na verdade saindo de si
ResponderExcluirvo postaa
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