Nova Chance - Capitulo 76

A noite caiu e Soph antes de sair telefonou para Antônio.
Antônio: A senhorita não tem mais casa?
Soph: Desculpa pai, é por que eu tô mais perto do Micael daqui.

Antônio: Vem me visitar as vezes tá bonita.
Soph: Eu não estou morando aqui, eu estou aqui a dois dias!
Antônio: Uhum, sei!
Soph: A Antônia me chamou pra jantar! Tô indo pra lá agora!
Antônio: Se entendeu com o Micael?
Soph: Não te disse? Ele caiu da escada, não tem a minima ideia de quem eu sou!
Antônio: E como isso é possivel?
Soph: O medico explicou, mas eu não me lembro muito bem... Pai estou indo se não vou me atrasar.
Antônio: Tudo bem princesa. Vai lá, quando você vir aqui a gente conversa.
Soph: Beijo pai, boa noite.
E ela desliga o celular e sai do quarto.
Thur: Tá linda heim maninha.
Soph: Deixa de ser bobo Arthur!
Thur: Ih, tô falando serio! Eu não poderia ter uma gêmea mais linda, uma pena que o olho azul ficou pra você!
Soph ri.
Soph: Ainda bem né, esse é meu toque especial. Thur, por que você não vai comigo nesse jantar?
Thur: Por que eu não fui convidado!
E então ela caminha e se senta ao seu lado.
Soph: Eu estou com medo.
Thur: Não fique, ele ama você.
Soph: Então porque ele não se lembra de mim?
Thur: Isso é culpa do acidente, ele vai se lembrar. Você vai ver.
Soph: E se ele lembrar e mesmo assim quiser a Laura?
Thur: Quem trocaria minha loirinha dos olhos azuis pela Laura?
E então ela sorri.
Soph: Obrigada por tudo! Obrigada mesmo!
Thur: Eu nunca tive uma irmã... Agora eu adoro ter!
Soph: Eu também sempre fui sozinha...
Thur: É eu imagino como foi triste pra você.
Soph: É... mas isso já passou e nós estamos aqui né. Vou indo!
Thur; Boa sorte pra você.
Ela da um beijo na bochecha dele e sai para o carro. Como não sabia dirigir o motorista a levou. Quando chegou, tocou a campainha e entrou. Deu de cara com o Micael deitado no sofá olhando pro teto, nem Antônia nem Jorge estavam a vista. Ela caminhou até o sofá.
Soph: Oi?
Mica: Oi, tudo bem?
Soph: Não tô muito bem.
Mica então se sentou, dando espaço pra ela sentar.
Mica:O que aconteceu!
Soph: Sua mãe deve ter te contado.
Mica: Ela me contou um historia absurda.
Soph: Ah então é a nossa historia. - Ela sorriu.
Mica: Você era prostituta?
Soph: Nossa, sua mãe precisava mesmo contar tudo isso?
Mica: Eu pedi a ela pra me contar tudo.
Soph: Sim, nós nos conhecemos no ponto. Meu pai me obrigava a ir pra la. Você e o Chay me ajudaram depois que eu levei a ultima surra que fui parar no hospital, com o braço quebrado.
Ele a olhava com os olhos arregalados.
Mica: Como eu não me lembro de nada disso?
Soph: Eu vim morar aqui. Vivi muito tempo no quarto de hospedes.
Mica: Aquele cheiro que está lá...
Soph: Só sei que eu estava lá... até que nós ficamos juntos.
Mica então estendeu uma mão e passou no rosto dela.
Mica: Desculpa, eu queria muito lembrar, mais eu não consigo.
Soph: Acho que a culpa é minha.
Mica: Foi um acidente. Agora me diga, se você me amava tanto, por que o Chay?
Soph: Disso você lembra?
Mica: Não, minha mãe falou!
Soph: Eu tinha acabado de perder nosso bebê, estava com raiva de você acreditando que a culpa era sua. Ai apareceu o Chay dizendo que nós poderíamos tentar. Eu não queria, mas depois nem estava tão ruim. Mas um dia... Quando nós nos encontramos na casa da minha mãe...
Mica: Eu conheço sua mãe?
Soph: Sou filha da Ana, Micael... irmã gêmea do Arthur.
Mica: Uau...
Soph: Ai a gente brigou, e você me beijou. E foi ali, que eu percebi que era você que eu amava, que eu estava me enganando, enganando você e principalmente ao Chay.
Mica: Calma. Você tá chorando!
Soph: É por que eu não aguento você sem memoria, eu prefiro você me xingando ou brigando comigo.
E então ele a abraça. E sente o cheiro do quarto na menina que tinha em seus braços. Quando eles se separam ela já tinha contido o choro. Se aproximou dele, e o beijou.