Inevitável - Capitulo 64

- O quê? - Eu já não sabia mais o que dizer, só me faltava agora a Sophia acreditar nela. - Deixa de ser mentirosa Luiza, agora eu já vi quem você é, não adianta mais mentir que eu não vou mais ficar com você, pra que tá mantendo isso? - Eu pude reparar que ela reprimia um sorriso.

- Não estou fazendo nada. - Ela disse sonsa e se não fosse mulher, eu já tinha dados uns socos. Olhei pra Sophia e ela tinha um olhar confuso ali no meio daquela confusão.
- Chega! - Branca disse e eu prendi a respiração, se ela confirmasse a historia de Luiza, eu não sei o que ia fazer pra Sophia acreditar em mim. - Luiza, acho que já deu dessas mentiras todas, tá na hora de aceitar que o Micael não quer mais ficar com você e que ele ama a Sophia. - Então eu soltei a respiração e sorri. - Sophia, ela mentiu sim, assim como eu também menti.
- Mas porque você fez isso? Eu também sou sua filha, por mais que você esqueça. - Sophia tinha a voz sofrida e chorava.
- Não sei, só fiquei quieta. Luiza só queria o marido dela, não me parecia nada demais.
- Mãe, cala a boca. - Luiza disse irritada, provavelmente por sua mascara cair.
- Me respeita garota. - Branca disse séria e depois se voltou novamente para Sophia. - Eu simplesmente quero que isso tudo acabe de uma vez, esse monte de brigas envolvendo vocês duas, vocês são irmãs, tem que se gostar e não brigar por causa de um homem.
- Um homem que sempre foi meu marido. - Luiza disse e me fez rolar os olhos. Antes que eu respondesse, Branca continuou.
- Filha, eu sempre fui contra o relacionamento dos dois porque eu acreditava que o Micael estava usando a Sophia pra esquecer a dor que sentia por ter perdido você, vocês se parecem, é até normal que ele tivesse feito isso. Eu não queria que de uma hora pra outra ele largasse você filha, e você ficasse por ai triste como você sempre ficou quando brigavam. - Sophia só olhava com atenção e eu bufei. - Só que Luiza, claramente não foi o que aconteceu, ele escolheu a Sophia e não adianta mais ficar armando contra eles.
- Mãe, eu não armei nada.
- Meu Deus, será que dá pra você assumir de uma vez? - Eu meio que gritei.
- E ele me ama, ele tá só enfeitiçado por ela, já vai passar. - Bufei. - Você sempre me amou.
- Luiza, vou repetir e espero que pela ultima vez, você morreu! - Ela parecia que ia chorar. - Eu fui obrigado a superar você de uma forma ou de outra.
- Mas você não pode agir como se não sentisse nada por mim. - Ela soou meio desesperada.
- Pela forma como tem agido desde que voltou, eu sindo sim. - Ela sorriu. Eu podia sentir o olhar de Sophia em mim, ela estava muito quieta. - Sinto pena, Luiza. Parece que você enlouqueceu, você tá longe de ser a mulher que um dia eu amei sem nem olhar pro lado.
- Chega Luiza, agora tem um bebê vindo, tá na hora de deixar eles em paz. - Branca sorriu pra Sophia e olhou para sua barriga.
- Vocês são todos idiotas, eu odeio todos vocês. - Luiza disse com raiva.
- Pensei que você me amasse. - Bufei e revirei os olhos.
- Se algum dia eu tivesse te amado, eu não teria fugido com outro. - Ela tinha um sorriso cínico nos lábios que estava me deixando irritado.
- Você o quê? - Eu disse perplexo.
- Isso que você ouviu. - Repetiu e aquelas palavras eram duras demais. - Eu sempre tive outro, Micael. Sabe o Felipe? Se filho que você tanto ama? - Ela não terminou e eu olhei pra baixo pra ele que prestava atenção em tudo.
- Luiza, não ouse dizer isso! - Gritei.

Quando eu menos esperava eu vi uma mão acertando ela, era Sophia, ela simplesmente tinha voado em cima de Luiza e a derrubado no chão. Sophia agora estava sentada em cima da Luzia dando tapas em sua cara.

- Você é uma vagabunda, nunca mais abra a boca pra falar nada sobre o Felipe. - Ela dizia entre os tapas. Branca ficou desesperada e eu sorria com orgulho, não me mexi pra separar.
- Micael, faz alguma coisa! - Branca gritou.
- Luiza merece alguns bons tapas. - Eu dei de ombros e fiquei observando. Quando Luiza conseguiu virar prendendo Sophia, eu fui puxar ela.
- Me larga Micael. - Ela esperneava.
- Se eu pudesse nunca mais colocaria as mãos em você, Luiza! - Disse com nojo e então eu soltei e ela saiu da sala pisando firme.
- Desculpa, Sophia. - Branca disse e depois também saiu da sala, mas com o Felipe junto.
- E nós? - Eu perguntei receoso depois de toda confusão. Ela só se aproximou e me beijou, nada mais precisava ser dito.