- Não aconteceu nada, mãe. – Fungou novamente.
- Realmente ninguém chora por nada – Rolei os olhos e me sentei ao seu lado na cama. – Vai ser mais rápido dizer o que aconteceu. Brigou com o Matheus?
- Sim, a gente brigou hoje. – Ela se sentou e então eu pude abraça-la.
- Ah, filha. – Suspirei. – Brigas acontecem.
- Eu sei mãe, mas eu não queria nada disso.
- Eu tenho certeza que de é só uma briguinha e que vocês vão se entender.
- Não sei, ele tá com ciúme dos meninos que querem ficar comigo. – Disfarcei o riso.
- Filha, você tá começando uma carreira, isso ainda vai acontecer por muitas vezes. Não lembra da dificuldade que foi com seu pai? – Ela assentiu. – É sempre difícil, ainda mais quando são tão jovens.
- Eu sou madura, mãe.
- Não filha, você tem muito o que viver e ele também. – Ela suspirou. – Eu com vinte e dois anos consegui fazer besteira, imagina você com quatorze.
- Eu só queria que ele não ligasse, eu não quero ficar com nenhum outro menino.
- Diz isso pra ele. – Me olhou com uma expressão ironia.
- Você acha que eu não disse mãe? Foi o que eu mais disse. – Soltou as mãos suspirando cansada. – Ele não me escuta.
- Filha, eu tenho uma proposta pra te fazer, mas você tem que pensar bem. – Ela assentiu, me olhando nos olhos. – Recebi ontem uma proposta pra ir á nova Iorque. – Ela suspirou.
- Nova Iorque de novo? – Rolou os olhos. – Não vai querer que eu fique cuidando do Eric como quando viajou por aqui perto né?
- Não filha. – Segurei suas mãos. – A proposta do John se estende a você. – Ela pareceu confusa.
- Como assim?
- Ele te chamou pra uns desfiles lá também. Quero que você vá comigo. – Eu sorri tentando encoraja-la, mas ele só parecia mais confusa.
- Mãe, meu pai jamais vai deixar isso. – Rolou os olhos como se fosse obvio.
- Eu já conversei com seu pai. – Ela abriu a boca em surpresa. – Ele concordou.
- Meu pai concordou, você só pode estar de brincadeira! – Se levantou, finalmente se empolgando com a ideia.
- Sim, é por apenas um mês, são quatro desfiles aos sábados. Se você realmente quiser seguir essa carreira, isso vai ajudar bastante.
- Sim, é claro que eu quero! – Ela deu pulinhos. – Ser filha da Sophia Abrahão também ajuda. – Nós rimos.
- Sophia Borges, meu amor. – Eu ri. – É assim que eles me conhecem.
- Ui, desculpa. – Voltou a se sentar, o sorriso agora de orelha a orelha. – Quando vamos?
- Não vai ser de imediato. – Seu sorriso se fechou um pouco. – Deve ser mais pro final de agosto.
- Mais de dois meses ainda. – Murchou completamente.
- Eles tem que arrumar as papeladas, documentos e nosso contrato né.
- Vamos ter um contrato? – Começou a se animar de novo.
- Você sempre teve um contrato, só que quem assina o seu sou eu e seu pai. Você só depois que fizer dezoito.
- Que mundo injusto, faltam quatro anos ainda. – Fez biquinho e eu ri.
- Se continuar assim, vai ser muito mais famosa do que eu, sabia? – Ela riu sem graça.
- Impossivel, você é incrível, mãe.
- E você é muito mais. – Passei a mão em seu rosto. – Agora vou ver se o seu pai chegou com seu irmão e você pode contar a novidade pras amiguinhas.
- E pro Matheus.
- Só não deixa ele te magoar e te impedir do seu sonho. – Fui em direção a porta e me virei, mandando um beijinho pra ela. Sai e dei de cara com Eric, Micael e Lua.
- Ei, Luinha. – Fui até ela e a abracei, em seguida sentei no sofá e Eric não demorou a vir pro meu colo. – Quem é vivo sempre aparece. Cadê a Clara?
- Tá com o Arthur e aquela bruaca. – Rolei os olhos.
- Se passaram seis meses e você continua o amando do mesmo jeito. – Ela suspirou.
- Eu não vim aqui pra falar dele. Vim aqui pra ver se consigo esquecer a imagem deles levando minha filha pra passear hoje.
- Sua filha tem doze anos. Não fale como se fosse uma criancinha, Lua.
- Ela gosta daquela mulher, Soph. – Eu senti que a Lua ia começar a chorar.
- Filho, vamos ali tomar banho! – Micael falou querendo fugir do assunto. – Conversa de mulher é muito chato.
- Cala a boca, Micael. – Ele mandou língua, mas logo depois foi dar um beijo em sua testa. Segurou a mão do nosso filho e sumiu de nossas vistas.
- Sophia, não quero falar dele não. – Me olhou suplicando. – Vamos beber alguma coisa.
- Acho é que você devia correr atrás do seu homem.
- Ele não é mais meu homem.
- Ele sempre vai ser. Estão separados há seis meses Luinha.
- E ele já fica postando que ama ela no facebook.
- Ele faz pra te provocar. – Segurei o riso.
- Clara também gosta dela. Eu a vi dar um abraço naquela mulher, eu sinceramente não sei como você aguentava a Laura chamando a Jéssica de mãe pra cima e pra baixo.
- Eu não tinha muito o que fazer. – Fiz uma careta. – Já disse que se vocês conversarem vão se resolver.
- Não quero conversar, quero beber. Vamos sair, por favor. Só nós duas.
Posta mais, tá otimó
ResponderExcluirmaaaaais ta mt boa
ResponderExcluirPostar mais estamos c8m sdds da sua web
ResponderExcluirContinuaa
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