Deu uma certa corridinha ao sair dos bastidores e procurar com os olhos onde sua família estava. Não tinha muita gente no local, então encontrou rápido. Micael estava rindo de alguma coisa, parecia bem tranquilo.
- Eu não acredito que você veio. – Ela disse ao chegar mais
perto, pouco antes de ser notada. O moreno sorriu pra ela e não demorou até que
a loira se jogasse em seus braços. – Eu estava com tanta saudade! – Ficaram
abraçados por um tempo.
- Eu também estava, meu amor. – Deu um beijo na cabeça dela.
– Você não tem noção.
- Porque não me avisou que vinha? – Se afastou um pouco. –
Eu quase tive um treco.
- Que mentira, você me pareceu bem centrada. – Soltou uma
risadinha. – Quis fazer uma surpresa.
- Eu pareci bem centrada porque eu ensaiei demais. – Ela
tinha seu sorriso aberto de orelha a orelha. – Ganhei elogios da estilista, da
Beth, das meninas... Todo mundo disse que eu fui muito bem!
- Sophia, a mamãe também está aqui. – Branca disse de trás.
– Não sei se você sabe, mas tem mais tempo que você não me vê do que o Micael.
– Ela implicou.
- Desculpa mãe. – Riu sem graça novamente. – É só que...
- A gente sabe. – Branca riu. – Eu só estou brincando. –
Saiu de onde estava e foi até a filha lhe dar um abraço.
- Branca tem razão, parece que só tem o Micael aqui. – Lua
resmungou. – Saudade eu tenho da época em que eu era tratada com a minha devida
importância.
- Mas a Lua anda tão dramática. – O moreno alfinetou. – Você
está perto da Sophia toda dia!
- Você estava linda demais! – Lua sorriu pra amiga. – Não sei
como perdeu tanto tempo trabalhando naquela agencia e nunca pensou nisso.
- Ai é que tá, não é de hoje que eu falo pra ela seguir essa
carreira. – Sophia estava abraçada a Micael, mas dessa vez já tinha
cumprimentado a todas que tinham ido vê-la. – Nunca me ouviu.
- É porque o amor é cego. – Respondeu rindo. – Vai que tudo
isso estava só na sua cabecinha.
- Ah, mas são melosos demais! – Jorge brincou.
- Melhor assim do que brigando. – Antônia completou. – Deixa
esse clima de lua de mel no ar.
- E por falar em Mel. – Lua chamou a atenção deles pra
Douglas e Mel que vinham caminhando de mãos dadas. – Melzinha, você é
simplesmente incrível! – Avançou pra dar um abraço na amiga. – E você também não
estava nada mal, Douglas.
- Obrigada, amor. – Mel a soltou. – Essa minha volta as
passarelas só me fez enxergar que eu fiz a escolha certa. – Encarou Micael. –
Então o sumido resolveu aparecer?!
- Só até amanhã as quatro. – Sophia fez uma careta. – A viagem
é longa e eu pego as oito no trabalho.
- Vocês percebem que o Micael fala essas coisas só pra
deixar as pessoas com raiva de mim? – Jorge brincou. – Trabalho é trabalho, não
vou dizer “ah, não precisa ir, filhão.”
- Não tive nenhuma esperança de que você diria isso. – Fez careta
para o pai. – Não era compreensivo nem aqui, imagina lá.
- Ei, vocês dois não vão começar né? – Antônia chamou
atenção dos dois. – Estava demorando.
- Demorando muito, Antônia. – Sophia riu. – Desde que você
voltou as brigas entre os dois foram quase extintas.
- Olha, eu vou ir ao banheiro, me deem licença. – Micael comunicou
e saiu de perto deles. A caminho do banheiro, encontrou com Fernanda saindo dos
bastidores. Sophia ainda tinha visão dele e fez uma careta quando viu a mulher
se aproximar e parar Micael pra conversar.
- Essa mulherzinha não se enxerga mesmo. – Bufou. – Patética.
– Os amigos não entenderam de início, mas logo ela mostrou a eles o que estava
vendo.
- Você não precisa se preocupar com ela. – Branca falou e
colocou a mão sobre o ombro da filha.
- É logico que eu não preciso me preocupar com ela, mas ela
me irrita só de respirar. – Cruzou os braços. – Por que essa mulher é tão sem
noção gente? Explica ai, Douglas, já que ela é sua amiga.
- Gente, quem é essa mulher?! – Antônia perguntou perdida.
- É uma ex namorada do Micael. – Jorge respondeu pra ela
baixinho, mas Sophia ouviu.
- Pior que isso, aquela vadia ali é a assassina do meu filho.
– Disse entredentes. – Eu rasguei a cara dela todinha e parece que a cada segundo
ela pede pra que eu faça de novo.
- Pensei que você não brigasse por homem. – Lua implicou.
- E eu não brigo, acontece que qualquer desculpa é boa o
suficiente pra eu bater nela. – Todo mundo achou graça. – Mas eu não farei
nada, o Micael é adulto, ele vai saber se defender.
- Auto controle, magnifico. – Mel aplaudiu. – Se fosse eu já
tinha esfolado os dois. Ela porque é uma vagabunda e ele porque tá esse tempo
todo dando trela no corredor.
- Ih... – Arthur disse quando viu Fernanda colocar a mão
sobre o ombro de Micael. – Quero ver todo esse auto controle agora.
- Ele tem cinco segundos pra tirar a mão dela de cima dele,
ou eu vou acabar com a raça dele em casa.
- Pelo menos é em casa. – Jorge falou baixinho novamente. –
Menos pior do que aqui.
- Cinco... – Ergueu a mão e começou a abaixar os dedos
conforme ia contando. – Dois... – E então ele finalmente tirou a mão dela do
ombros dele, deu um sorriso forçado e se afastou. – Salvo no final, Borges. –
Resmungou.
- Pra quem dá uma de super segura, você parece bem irritada.
– Lua brincou.
- Não tenho ciúmes, já disse. – Rolou os olhos como se fosse
obvio. – Eu tenho é raiva, Lua. E ele também devia ter, afinal o filho também era
dele.
a fernanda quer apanhar de novo né 😹
ResponderExcluirTem gente q não perde uma oportunidade
Excluirsimmm totalmente sem noção
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