- Micael? – Fernanda chamou baixo surpreendendo Micael que pensou em passar direito e ignorar. – Não vai me dar nem um oi?
- O que foi, Fernanda?! – Se virou pra mulher meio sem paciência. – Eu não tenho assunto nenhum pra falar com você.
- Também não é assim, nós namoramos um tempo, você gostava de mim.- Até você acabar com a vida do meu filho que nem teve
chance de nascer. – Cruzou os braços. – Eu achei que nós não éramos amigos, eu
dei um tapa em você, você foi na minha casa ameaçar a minha namorada, muita
coisa rolou.
- Eu vim falar com você na paz, só quis cumprimentar mesmo. –
Fez uma careta. – Você não precisa me tratar dessa forma.
- Você só veio falar comigo pra irritar a Sophia, não é? –
Deu uma risadinha. – Aposto que você está odiando ver ela ser o centro das
atenções e a preferida da Beth.
- Isso é só uma fase, Sophia se aproveitou que eu estava
afastada pra crescer, mas eu já voltei e algumas coisas vão mudar.
- Claro que sim, deve ser bem isso. – Sorriu. – Por que você
ainda perde seu tempo com a gente? Segue sua vida cara.
- Ah, Micael. – Bufou. – Você não pode ser tão indiferente a
mim dessa forma, você me implorou perdão, você disse que tinha me escolhido.
Isso tudo não foi em vão...
- Garota, essas coisas aconteceram há tanto tempo que parece
que foi outra vida. – Balançou a cabeça. – Não viaja. Você não vai
desestabilizar a Sophia por causa dessa conversinha barata aqui comigo.
- Você não se incomoda com esse trabalho dela? – Ele franziu
a testa sem entender onde a mulher queria chegar. – Você sabe que vai rolar uma
coquetel mais tarde?
- Idai?
- Idai que Sophia e Douglas são os modelos representantes
desse desfile. – Colocou a mão sobre o ombro dele. – A testa não coça? As
lembranças não vem?
- Você só pode estar de brincadeira. – Rolou os olhos. –
Trabalho é trabalho, e eu confio na Sophia, ela não vai fazer nada de novo.
- Eu jamais confiaria. – Ela sussurrou com um sorriso
encantador. – Quem faz uma vez, faz sempre. Ainda mais agora que você mora
longe... O que os olhos não veem o coração não sente.
- Cala a boca e dá um tempo, Fernanda. – Tirou a mão do
ombros dele. – Faz um favor pra nós dois e finge que nunca me conheceu, passar
bem. – Sorriu de forma forçada e saiu pro banheiro. Não demorou a retornar pra
perto da galera. – Podemos ir?
- Mais tarde tem um coquetel. – Sophia comunicou. – Você quer
ir comigo?
- É logico que eu vou, amor. – Ela abriu um sorriso. – O que
eu não faço por você?
- Pau mandado. – Jorge brincou e fez os presentes rirem.
- Sempre fui. – Assumiu também rindo. – Agora será que
podemos ir?
- Abaixa o fogo, Micael. – Lua deixou Sophia sem graça. –
Ela não pode ter nenhum chupão, vão tirar fotos mais tarde.
- Lua! – Sophia olhou para os sogros e pra mãe completamente
vermelha. – Será que dá pra maneirar.
- Ah, agora vai fazer papel de virgem. – Lua debochou. –
Amor, você já esteve grávida, não cola.
- Lua, se eu não te amasse tanto, com toda certeza eu te
odiaria. – Se aproximou para abraçar a amiga. Sophia se despediu de todos os
amigos da mãe e de Jorge e Antônia. Jorge se prontificou a dar carona pra
Branca até o apartamento de Sophia, visto que a loira queria aproveitar o pouco
tempo que tinha com o namorado.
- O que a mocreia da Fernanda disse pra você quando te parou
pra conversar? – Sophia encarava as unhas. Os dois estavam no carro, indo para
a casa de Micael.
- Eu não quero gastar o meu tempo livre com você falando da
mal amada da Fernanda. – Deu de ombros.
- Eu fiquei curiosa. – Ainda não tinha encarado ele.
- Curiosa ou com ciúme? – Soltou um sorrisinho.
- Eu não tenho ciúme dela. – Rolou os olhos.
- Você sabia que não é pecado ter ciúme né? Assumir de vez
em quando não vai te fazer menos mulher e nem louca possessiva. – Riu no final
da frase. – Mas tudo bem, só curiosidade.
- Eu não gosto de vê-la em cima de você, mas a minha raiva
dela por tudo que aconteceu é bem maior do que ciúme, eu não acho que você
ficaria com ela de novo, confio em você. – Ergueu a cabeça e dessa vez olhava
na direção do namorado.
- Que bom, eu não faria nada pra estragar o que a gente tem
e muito menos com aquela doida. – Sophia sorriu. – Quero é distância. – Micael ficou
em silêncio e percebeu que Sophia seguia curiosa. – Ela veio encher a minha cabeça
de abobrinhas, mas não funcionou.
- Como assim?
- Tem certeza que quer saber? – Ergueu uma sobrancelha. –
Ela veio falar de você e do Douglas, do coquetel de mais tarde e de como eu
estou em outro estado sem saber do que acontece aqui. – Deu de ombros e
estacionou o carro na garagem de casa.
- Mas que filha da puta, essa mulherzinha não perde uma
oportunidade de ficar calada. – Saiu do carro revoltada. Micael apertou o botão
e o portão se fechou sozinho. Os dois foram pra porta da frente. – Minha raiva
dela nunca vai passar, só piora a cada dia.
- Ei, relaxa. – Segurou a mulher pelo rosto e a forçou a encara-lo.
– Eu confio em você, se você disser pra mim que me ama e que o Douglas não passa
de um amigo, eu vou acreditar.
- É logico que ele não passa de um amigo. – No fundo Sophia não
esperava por aquilo. – Eu amo você demais, a cada dia que passa esse amor só
aumenta.
- É isso que basta pra mim. – Deu um beijo na mulher. – Não vou
deixar ninguém se meter entre a gente, chega de brigar por besteira, chega de
estresse, eu só quero ser feliz com você. – E então Micael abriu a porta e
Sophia arregalou os olhos, não estava acreditando no que via.
essa fernanda nao vale nada mesmo 🙄
ResponderExcluirMEU DEUS EU TO CURIOSA PRA SABER OQ ELA VIU continua