- Ei, que surpresa incrível, jamais imaginaria que vocês iam aparecer por aqui. – Micael debochou ao abrir a porta e ver os amigos. – Quase nunca vem.
- Deixa de ser escroto. – Arthur bufou. – Viemos ver você não, a gente veio ver a Mirella.
- Depois eu que sou escroto. –
Balançou a cabeça e deu passagem aos amigos. – Onde estão as crianças.
- Matheus está com a minha mãe. –
Lua respondeu. – Precisava de uma folga.
- E o Heitor ficou com a babá. Eu
com certeza também preciso de uma folga. – Foi Mel quem respondeu. – Além do
mais eles iam ficar fazendo bagunça aqui e a Mirella ainda é muito bebezinha
pra isso.
- Sophia está na sala com ela. –
Apontou a direção. – Acho que vocês sabem o caminho.
- Micael está engraçadinho demais
hoje. – Lua mandou língua e foi caminhando casa a dentro. – Oi, meu amor! –
Disse ao ver Sophia deitada no sofá, a bebê em cima de sua barriga, a loira
fazia carinho em seu rostinho.
- Oi, gente! – Sorriu ao ver os
amigos. – Vocês demoraram. – Se sentou e ajeitou a bebê nos braços. – Achei que
não viriam ver a gente mais.
- Uma semana, Sophia. – Mel rolou
os olhos. – Demos tempo de você se acostumar com a bebê em casa, de vacinar a
pequena. – Se agachou ao lado do sofá. – Que coisinha mais preciosa.
- É, não é? – Disse com um
sorriso. – Parece que o tempo passa e eu me apego mais. – Micael observava um
pouco afastado, tinha os braços cruzados.
- Já era pra estar apegada desde
antes de nascer né?
- Não foi tão instantâneo assim
com ela. – O moreno se manifestou. – Com toda certeza não foi.
- Ei, você não precisa falar por
mim. – Soph o cortou. – Eu sei muito bem como estava.
- Seca, grossa, sem paciência com
a menina?
- Ô casal, vocês estão brigando
mesmo? – Douglas alternou olhares entre os dois. – A menina tem uma semana e
vocês já voltaram a essa rotina?
- Não estamos brigando, estou
expondo os fatos. – Caminhou para se sentar numa das poltronas. – Sophia só
começou nesse grude ai agora que ela está vendo o corpo dela desinchar e voltar
ao normal.
- Tão desagradável esse meu
marido. – Rolou os olhos. – Eu estava sentindo dor, eu estava sentindo muita
dor! A sua parte é só bajular, Micael. Trocar uma fraldinha, dar um banho, mas
a minha parte doi pra um caralho e parece que não é reconhecido. Eu agora estou
mais de boa, mas chorava toda vez que precisava amamentar. Pior sensação do
mundo.
- Gente, pelo amor de Deus. – Lua rolou
os olhos. – Agora que vocês tem tudo o que querem, estão brigando por quê?
- A gente não está brigando. – Ela
bufou. – Estamos longe disso.
- Sei, agora deixa eu pegar essa
bebê um pouquinho aqui. – Lua pediu. – Meu filho já está grande, as vezes dá
saudade.
- Quer outro bebê, meu amor? –
Arthur perguntou.
- Deus me livre. – Fez com que os
presentes rissem. – Saudade dá e passa, Arthur. Não brinca com coisa séria.
Os amigos ficaram a tarde toda na
casa de Micael e Sophia e foram embora logo que anoiteceu. Mirella estava
acordada no colo de Sophia que conversava animadamente com a criança.
- Amor, pega ela aqui pra eu poder
tomar um banho! – Pediu ao moreno que se levantou pra pegar a filha. – Já volto.
- E você? Está afim de tomar um
banhozinho? – Perguntou com a voz fina. – Tá na hora do bainho da bebê! –
Sorria o tempo todo enquanto caminhava para o banheiro social que tinha a
banheira da filha.
A colocou no berço enquanto
preparava as coisas e por alguns instantes, Mirella chorou. – Ei, se acalma,
papai não foi a lugar nenhum! – Voltou a pegá-la do berço e logo estava dando
banho na pequena. Sophia voltou a aparecer e ele já estava vestindo.
- Está tudo bem? – Perguntou preocupada.
– Ouvi choro.
- Está sim, coloquei ela por um
minuto no berço pra ajeitar a agua do banho e ela começou a chorar. – Olhou pra
Sophia com um sorriso de lado. – Mimada que nem a mãe, se não for do jeito que
ela quer, já viu né?!
- Ih a lá?! – Cruzou os braços,
estava escorada na porta, olhando o que Micael fazia. – Vai ver está no sangue.
- Coitado de mim. – Fez cara de
assustado. – Vou pedir comida pra gente, tem alguma preferência?
- Tenho não. – A loira deu de
ombros. – Pode ser qualquer uma.
- Não está com fome?
- Não muita. – Deu de ombros e em
seguida esticou os braços a Micael. – Deixa eu dar leitinho pra essa menininha
e a colocar pra dormir. – Entregou a filha.
- Enquanto isso, quem vai pro
banho sou eu. – Soph assentiu e logo se sentou na poltrona que tinha ali no
quarto.
- Essa bebê é tão linda e cheirosa
da mamãe. – Passou a mão pela cabecinha. Mirella olhava nos olhos da loira
enquanto sugava. – A mamãe te ama, sabia? Não liga pro que seu pai fala não, a mamãe
te ama demais! – Continuou conversando com a menina, até que seus olhos
pesassem e depois de arrotar, ela permitiu que a menina dormisse, logo a
colocou no berço.
Sophia fechou o mosqueteiro e
caminhou para seu quarto. Encontrou Micael ainda molhado do banho com a toalha
amarrada na cintura, estava procurando roupa no guarda roupa.
- Parece que eu sempre chego
quando você está assim. – Tinha um sorriso de lado. – É incrível.
- Você marca o tempo que eu sei. –
A olhou com cara de safado. – Seu maior desejo é tirar uma casquinha de mim, já
que não pode me usar.
- Muita maldade essa história de
resguardo. – Cruzou os braços com um bico imenso. – Eu estou ótima.
- Tem uma semana que seus ossos saíram
do lugar pra que nossa filha nascesse. – Ergueu uma sobrancelha. – O resguardo
deve ter algum motivo.
- E a saudade que eu sinto de ter
você dentro de mim? – Se aproximou e colocou as mãos envolta do pescoço do
marido. – Não conta.
- Ei, pode parando com isso, é
maldade comigo.
- Você de toalha no quarto é
maldade comigo. – Deu beijinhos em seu pescoço.
- Você não tá menstruada?
- E você tem medo de sangue desde
quando? – Se afastou para olha-lo. – Não sabia que isso era um problema pra
você.
- Sophia, te aquieta. – Tirou as
mãos dela do pescoço. – Não vou fazer nada que possa te prejudicar depois,
então pelo amor de Deus não me atenta.
- Não vai começar de novo com essa
história de não transar comigo porque vai me machucar né?
- São situações diferentes, agora
é recomendação medica, mulher você acabou de parir.
- E estou com tesão. – Cruzou os
braços.
- Mas vai esperar. – Falou no
mesmo tom que ela. – Nada vai rolar agora.
- Meu Deus, como você é chato.
- Meu Deus, como você é mimada. –
Mais uma vez ele copiou o tom dela, a mulher ia saindo do quarto revoltada. O
moreno a puxou pelo braço e colou seus corpos, ficou segurando pela cintura. –
Eu amo você, minha mimada. – E lhe deu um beijo quente. – Espera que você vai
ter o que quer.
- Você só piorou tudo. – Deu um
tapinha no peito dele e saiu marchando do quarto. O moreno achou graça da
situação.
sophia com a mirella é tao fofinho 😭❤️
ResponderExcluircontinua