- Eu estou passada que o Chay acabou de se declarar pra você. – Lua disse rindo. – Gente, ser amiga de vocês e o máximo, nunca as coisas ficam tediosas, sempre acontece algo pra movimentar.
- Eu não sei nem o que dizer em relação ao Chay. – Piscou várias vezes. – Ele me pegou completamente desprevenida.
- Até parece. – Arthur deu risada.
– Me engana que eu gosto. Sabe que eu sempre tive esperança que vocês iam se
entender? Pelo menos até você casar.
- Eu fiquei raiva dele por muito
tempo. – Disse baixo. – Hoje em dia eu não sinto nada.
- Nadinha? – Lua questionou. – Ele
é esperto também, né? Esperou que você estivesse numa crise com Douglas pra
falar.
- Não quero mais saber de nada
dele. – Suspirou. – Quero saber do meu marido, que sumiu por ai com a Sophia. –
Balançou com a cabeça.
- Sumiu por ai com a Sophia porque
você estava dando confiança para o seu ex. Vale frisar.
- Vou contar pro Micael essa história.
- Larga de ser besta. – A loira
rolou os olhos. – Vai arrumar intriga atoa, Sophia mesmo deve contar quando
chegar em casa. Eles estão por ai conversando, bobona.
O carro de Douglas estava
estacionado numa praça muito conhecida pelos dois. Viviam ali juntos no tempo
em que eram amantes. Era distante e um pouco deserta. Os dois estavam dentro do
carro, porém o silêncio era o que reinava.
- Você veio correndo atrás de mim,
entrou no meu carro pra poder ficar quieta? – Tinha a cabeça abaixada no
volante. – Se era esse o plano, está cem por cento concluído.
- Só vim pra impedir que você
fizesse alguma besteira...
- E que besteira eu faria? –
Ergueu um pouco a cabeça e a olhou. – Encher a cara e dirigir bêbado por ai?
Ficar com alguém?
- Vai quê...
- Ah, Sophia. – Bufou. – Eu tenho
um filho pra criar, eu não quero me matar. E quando a ficar com alguém por ai,
isso não faz o meu estilo. Eu não trairia a Mel, eu sai de lá porque precisava
esfriar a cabeça. Ela ficou de conversinha na minha cara.
- Bom, pelo menos não tinha nada
demais na conversa.
- Mas me irritou, tenho direito de
ficar irritado com aquilo, porque ela fez justamente com esse propósito.
- Ela está insegura com alguma
coisa, quis te dar o troco.
- Só que devia ter chegado e
conversado comigo, ficar de gracinha com os outros não é legal. Ela acha que eu
sou o quê? Mereço respeito da mesma forma como ela merece. É uma via de mão
dupla.
- Ok, já entendi. – Ergueu as mãos.
– Conversa com ela em casa e tudo vai ficar bem. Certeza que é só um mau
entendido entre vocês.
- A vida era mais fácil quando a
gente tinha um caso. – Abaixou a cabeça no volante novamente e Sophia deu
risada. – Que foi? Pelo menos pra mim era bem mais fácil.
- Já a minha era mais complicada, então,
eu não voltaria no tempo. Lamento.
- Eu também não voltaria no tempo.
Micael é gente boa. – Sophia rolou os olhos. – Se fosse pra voltar no tempo,
com a cabeça que eu tenho hoje, você levaria um fora, lamento dizer.
- Se foder, Douglas. – Ela deu
risadas. – Eu duvido que você me diria não.
- Você é muito convencida. –
Soltou uma risadinha também. – Obrigado pela companhia, me fez bem ter você
aqui pra conversar.
- Somos amigos, sempre vou estar
aqui pra conversar. – Sorriram um para o outro. – O que acha de um sorvetinho? –
Ela desviou o olhar para um homem que passava vendendo picolé ali perto.
- Você jura?
- Não temos mais um caso, Douglas.
– Ela brincou. – A gente pode ser visto em público na praça agora.
- Força do hábito. – Saíram do
carro. – Última vez que eu estive aqui foi quando você me deu um pé.
- Olha a gente, construindo
memorias boas agora. – Deram outra risada. Sophia se sentou num banco e o rapaz
foi comprar o picolé. Deu um longo suspiro quando ouviu alguém a chamando. -
Luiza? – Reconheceu a colega de Micael, que logo se sentou ao seu lado. – Não imaginei
que frequentava essa praça daqui também.
- Aqui é mais perto da minha casa,
mas minha filha gosta mais da outra. – Deu de ombros. – Venho aqui quando estou
um pouco mais cansada. – Tagarelava sem parar. – E você, trouxe a Mirella?
Micael veio junto? Quer dizer, se entenderam?
- Sim, a gente conseguiu se
entender. – Forçou um sorriso tentando ser simpática. – Não trouxe a Mirella,
na verdade só parei aqui pra tomar um sorvete, estou acompanhando um amigo.
- Ah, desculpe por ser inconveniente.
– Se levantou do lado de Sophia. – Eu vou indo, bom te ver.
- Não precisa sair correndo assim.
– Deu uma risada e logo ficou de pé também. As duas viram o moreno se aproximando.
- Te trouxe de chocolate. – Ele falou
sem se dar conta da mulher ali parada. – Eu não sabia que tinha uma fila tão
grande de crianças para comprar picolé, esse lugar costumava ser vazio.
- Está ótimo! – Pegou o sorvete. –
Luiza, esse é...
- Douglas. – Ela interrompeu. – Eu
acho que vou desmaiar. – Começou a se abanar. – Que homem!
- Luiza! – Sophia deu risada. – Misericórdia,
ele é casado, sabia?
- Sabia, Micael já disse, mas até
ai eu também sou. – Ficava se abanando. – Olha, que o Micael não me escute, mas
não dá pra te julgar.
- Luiza! – Agora ela deu um grito,
completamente sem graça. – Acho que está passando um pouquinho dos limites.
- Me desculpa. – Se virou pra
Sophia. – Vou indo, quem sabe a gente se esbarra por ai. – Caminhou pra longe
deles dois e Sophia encarou Douglas que caiu na gargalhada.
- Viu só, não dá pra te julgar. –
Levou um tapinha no braço. – Ai, a culpa não é minha se eu sou maravilhoso.
- Convencido pra caralho. – Sorriu
de leve. – Eu achei que ela ia ficar horrorizada e ia correndo contar pro
Micael.
- E quem é, afinal? – Caminhavam de
volta para o carro.
- Mãe de uma amiga da Mirella, ela
conheceu o Micael na praça. – Deu de ombros.
- Ela falou igualzinho a Liz
naquele dia. – Douglas não parava de dar risada. – Começo a me convencer de que
sou incrível mesmo. Como é que a Mel tem coragem de me esnobar?
- Você sempre se achou incrível,
se toca! – Debochou e os dois terminaram de comer o picolé e logo Douglas deu
partida no carro.
kkkkkkkkk luiza é engraçada dms continuaaaaaaa
ResponderExcluir