- Ai, Sophia. – Balançou a cabeça mais uma vez. – Eu não vou falar mais nada, vocês que são adultos, que se resolvam. – Ouviram a campainha tocar. – Deve ser ele.
- Rapidinho né?! – Fez uma careta. Lua foi atender a porta e viu os amigos ali parados.
- Gente, é sério, vocês não tem
mais o que fazer da vida? – Perguntou a Douglas e Mel. – Acho que não é normal
ser tão colado quanto a gente.
- Não ia dizer que a gente ficou
com saudades não. – Mel começou a falar. – A gente só quis chegar aqui antes do
Micael pra pegar uns doces e levar pra casa. – Lua deu uma gargalhada.
- Esperta. – Disse ainda rindo. –
Entrem, Sophia está ai.
- Tia, onde está o Matheus? –
Heitor perguntou.
- No quintal jogando bola com Arthur.
– Apontou pra trás. – Vai lá! – E a criança saiu correndo. Os três caminharam
até a sala.
- Olha só se a estrelinha da Beth
não está aqui hoje. – Douglas implicou. – A que devemos a honra?
- Hahaha, muito engraçado,
Douglas. – Fez uma careta.
- Alguém está de péssimo humor. –
Riu. – Chegou um dia atrasada e se acha no direito de estar com raiva.
- Você também não, por favor. –
Pediu baixo.
- A menina chorou, Sophia. Deu dó.
– Mel completou.
- Eu já sei, tá legal? Não foi de
proposito, ao contrário do que todo mundo pensa. Será que dá pra vocês pararem
de brigar comigo? Por um minuto que seja.
- Tudo bem, você está com a cara
péssima. – O rapaz disse ao encara-la. – O que o Micael falou pra você? A briga
foi feia?
- Não teve briga. – Suspirou. – Ele
mandou eu sair de casa.
- Eita porra. - Mel deu um grito, surpresa. – Assim, na lata?
- Assim, na lata!
- Ele tinha me dito que faria
isso. – Lua confessou. – Se você não aparecesse na festa. Na verdade, ele me
disse que sentia que você não ia aparecer.
- E quando foi que ele te disse
isso e porque você não me contou. – Virou brava pra amiga. – Pelo amor de Deus,
Lua. Eu procurava um orelhão público pra ligar se fosse o caso.
- Ele disse na véspera, vocês
estavam conversando quando eu cheguei com a Mirella, lembra? Eu tinha levado as
crianças no parque. A Mi pegou o celular e eu fiquei conversando com ele.
- É, Sophia, você que lute. –
Douglas deu de ombros. – Vai fazer o que agora? Ficar aqui?
- Uns dias. – Deu de ombros. – Se
a situação não se resolver eu vou alugar alguma coisa pra mim.
- Será que se resolve? – Mel
ergueu a sobrancelha.
- Eu espero que sim. – Disse
francamente. – Podia pegar minhas malas lá no carro né? – Levantou a chave para
Douglas. – Eu nem sabia que tinha tanta coisa.
- Eu? É ruim hein. – Negou rindo.
- Nossa, Douglas, você já foi mais
gentil comigo.
- “Mais gentil” – Ele fez aspas
com os dedos. – Bela maneira de descrever que eu era pau mandado. – Se levantou
e ela arremessou a chave. – Acostuma não, loira.
- “Acostuma não loira” – Remendou
com um sorriso. – Besta!
Não demorou até colocar as
inúmeras malas de Sophia pra dentro. Reclamando a cada vez da quantidade que a
mulher tinha trazido.
- Eu ganho muita coisa nesses
desfiles. Vou precisar doar metade dessas roupas. Ainda ficou coisa lá no
apartamento porque não tinha mais espaço.
- Se tem uma coisa que você
precisa fazer é doar mesmo, eu estou cansado.
- Tá frouxo que só. – Disse rindo
e a campainha tocou mais uma vez. Sophia olhou pra trás automaticamente.
- Agora deve ser seu maridinho. –
Ela comunicou. – Eu estou pra descobrir porque vocês tocam a campainha e ficam
esperando eu ir abrir. Entra de uma vez gente.
- No nosso caso, a porta estava
trancada! – Mel se defendeu, Lua não respondeu e gritou um “entra” quase que no
ouvido de Sophia.
- Quer me deixar surda, avisa. –
Resmungou. Logo Micael entrou com a pequena e até se assustou com as malas ali
na entrada, mas percebeu que era obvio que ela iria pra lá.
- Oi, gente. – Disse ao chegar
próximo dos amigos.
- Por que não entra direto? Eu
estou velha pra ficar levantando pra abrir a porta.
- Meu pai me deu educação, Lua. –
Disse rindo. – Não parece, mas deu. – Pequena Mirella deu um abraço nos tios e
foi se sentar no colo de Sophia.
- Não sabia que estava aqui,
mamãe. – Disse com carinho, bem diferente da frieza que estava pela manhã, como
o moreno previu, a raiva dela não durou muito tempo.
- Eu vim. – Fez uma pausa e
encarou Micael. – Ver a tia Lua.
- Cadê, Arthur? – O moreno
perguntou a Lua.
- Lá fora com as crianças. –
Apontou. – Vai lá também? Fugir das conversas?!
- Não estou fugindo de nada, Lua.
– Deu de ombros. – Apenas fiz uma pergunta. – Se sentou no sofá, ao lado de
Sophia. – Cadê as minhas caixas?
- Está com pressa?
- Não vim aqui pra papear, tenho
tanta coisa pra fazer em casa. – Lua deu risada. – Sejamos objetivos.
- E não está fugindo de nada,
estou vendo. – Deu risada. – Tudo o que eu trouxe está em cima da mesa.
Separados em caixas. Tem muita coisa lá. Sobrou doce demais.
- Esse não é o bom da festa? Comer
o que sobra? – Deu risada. – Separou pra você e pra eles? – Apontou para o
casal?
- Ah, era pra separar? Não sabia
que você era tão generoso.
- Você e ridícula, Lua! – Cruzou
os braços ainda rindo. – Eu quero ir pra casa, será que dá pra andar logo com
isso?
- Claro que dá. – Olhou para o
casal. – Tão afim de me ajudar? – Antes que pudessem responder, Micael negou
com a cabeça.
- Você não vai fazer isso que está
planejando, Lua. – Ela deu um sorriso. – Pode tirar o seu cavalinho da chuva.
- Isso o quê? Chamar a Mel e o
Douglas pra escolher o que querem levar? – Ela o encarava.
- Deixar a gente aqui sozinho. –
Recostou no sofá. – Não vai dar certo. – Sophia soltou um longo suspiro.
- Conversem como dois adultos que são.
– Piscou um olho. – Vem Mirella, com a dindinha comer um pedacinho do seu bolo!
– A menina saiu do colo da mãe num pulo e foi com Lua até a cozinha.
- Não vai ser a gente que vai
ficar aqui empatando. – Mel levantou e saiu puxando Douglas pra cozinha também.
eu amo a lua KKKKK Continua logo plis 😹💗
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