- Micael, ela não quer
bagunçar nada! – Ele rolou os olhos. – Ela está tão surpresa quanto você! Você
acha que se ela soubesse que estava gravida, ela tinha se jogado na frente
daquele carro?
- Eu não sei de nada,
Arthur. – Rangeu os dentes, estava com raiva. – A única coisa que eu sei, é que
esse bebê não é meu e ela está mentindo, porque é uma mentirosa!
- Eu acredito nela. –
Arthur disse baixo esperando a reação de Micael. – Eu acredito que o bebê é de
vocês.
- Acredita é? Pois então,
eu vou levar a Sophia pro hospital agora e ela vai fazer a droga de um exame de
DNA. – Arthur negou com a cabeça. – Que foi?
- Ela não quer fazer esse
exame. – Ele riu mais uma vez, era deboche puro.
- É claro que ela não quer,
ela quer me enganar mais uma vez. – Bufou. – Mas ela vai fazer esse exame por
bem ou por mal!
- Deixa de ser quadrado. –
Arthur se irritou. – Você ouviu eu falando que a gravidez é de risco? Ela não
pode ficar se deslocando de um lado pro outro e muito mesmo furar a barriga pra
fazer a droga de um teste, é tudo perigoso e você devia se importar.
- E como eu vou saber se
ela está falando a verdade? – Sua voz era mais controlada agora.
- Ou você acredita nela, ou
deixa pra lá e finge que não tem nada acontecendo. – Arthur deu de ombros.
- Se esse bebê for meu eu
não posso fingir que não tem nada acontecendo. – Estava bravo agora consigo por
não saber como agir.
- Pois é, se você não
quiser acreditar e ficar de birra, vai perder muitos momentos que não vai
conseguir voltar atrás, ouvir o coraçãozinho dele a primeira vez, descobrir o
sexo, os inúmeros ultrassons. Vai perder a chance de participar da escolha do
nome, de decorar o quarto...
- Tá bom, Arthur. – Ele se
sentou no sofá com as mãos na cabeça. – Eu já entendi o que vou perder, você
não precisa continuar essa lista.
- Que bom que entendeu. –
Soltou um sorrisinho. – Será que vale a pena mesmo perder tudo isso?
- Eu não queria perder nada
disso, eu sempre sonhei em ter um filho e casar com ela, mas porra, você não vê
o quão fodido isso é? – Falou um pouco alto. – Ela me traiu, agora tá gravida e
tem certeza de que o bebê é meu. Como que isso é possível?
- Bom, ela disse que sempre
tomava cuidado ao extremo quando estava com o Douglas, diferente de quando era
com você. – Micael fez uma careta. – Cabe a você tentar lembra quantas vezes
foi que vocês fizeram sexo sem camisinha.
Micael deu de ombros, sabia
que aquela pergunta era fácil de responder, quase nunca os dois usavam, Micael
nunca gostou daquele plástico horrível e Sophia tão pouco fazia questão, mas
ele sempre gozava fora, mesmo que soubesse que não era um método cem por cento
eficaz, tinha dado certo no tempo em que namoravam, além do que Sophia sempre
tomou anticoncepcional.
- Muitas vezes. – Abaixou a
cabeça nas mãos de novo. – Muitas e muitas vezes. – Repetiu.
- E você tem alguma dúvida?
– Levantou a cabeça e encarou Arthur. – Esse filho é seu.
- Sempre vai restar dúvida.
É muito difícil de acreditar nela, você não tem noção. – Recostou no sofá e
fechou os olhos. – Eu queria muito apagar tudo o que senti, mas não dá.
- Bom, eu vim aqui, já dei
o meu recado. – Suspirou. – Vou embora pra casa, porque tenho que passar em
algum lugar e comprar comida, já que a Lua vai dormir na Sophia.
- Por que a Lua vai dormir
na Sophia? – Ele perguntou curioso.
- Você ouviu a parte que eu
disse que a gravidez dela é de risco? Sophia não pode ficar sozinha e sobrou
pra Lua ficar lá, ela disse que vai ligar pra mãe amanhã.
- Pra mãe dela? – Fez uma
careta. – Cruzes, que castigo.
- E que opção mais ela tem?
– Ele ergueu uma sobrancelha. – Quer que o Douglas more lá com ela pra cuidar
do seu bebê? – Ele bufou e Arthur riu, sabendo que o ciúme reinava no amigo.
- Isso não tem graça. –
Ficou de pé. – Não tem graça nenhuma.
- É claro que tem. – Não
parava de rir. – Você devia ir ficar com a Sophia, pra minha esposa poder ir
pra casa.
- Eu ir ficar com a Sophia?
– Franziu a testa. – Jura?
- Nada mais justo, afinal,
você engravidou a Sophia. – Sua testa continuou franzida. – Devia ir lá cuidar dela
até a Branca chegar.
- Não dá pra fazer isso
assim! – Falou com a voz baixa. – Se aquele fulano aparecer lá, eu vou quebrar
a cara dele.
- Justo, tá devendo uns
bons socos a ele. – Arthur riu de novo. – Mas e o nervoso que a Sophia vai
passar se fizer isso?
- Você está me irritando,
Arthur. – Rangeu os dentes. – Eu já entendi que a gravidez é de risco. Será que
dá pra me deixar em paz?
- Não vai mesmo lá? –
Perguntou esperançoso. – Eu quero namorar a minha esposa, Micael! Tô querendo
desde ontem, mas você e a Sophia só atrapalham. – Foi a vez de Micael rir, a
revolta de Arthur era verdadeira. – Agora é a minha vez de dizer que isso não é
engraçado.
- É claro que é. – Riu
ainda mais da careta de Arthur. – Eu lamento muito por você, meu amigo.
- Micael! – Bufou. –
Coopera vai! – Juntou as mãos implorando. – Embora a Fernanda vá surtar ao
saber da novidade.
- Com certeza vai. – Rolou
os olhos. – Não sei se estou pronto pro chilique que ela vai dar não.
- Não sei pra que você
começou a namorar tão rápido! – Bufou. – Nem resolveu as coisas com a Sophia e
já começou com outra pessoa nada a ver.
- Tudo que eu tinha pra resolver com a Sophia já
foi resolvido. – Rangeu os dentes e arrancou mais um riso de Arthur.
Ahh
ResponderExcluirEita novela mexicana das boa
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