- Só quero que fique sabendo que na sexta a noite eu venho
buscar ele.
- Tudo bem, ele estará arrumado pra você pegar ele na sexta.
Flashback off
A vida estava difícil, ver o olhar de pena do meu pai era
pior. Ele me olhava diferente, por que ele sabia o que eu estava passando, ele
sabia como era difícil perder quem se ama. Não conseguia me concentrar no meu
trabalho, graças a Deus eu não tenho nenhum cliente agendado pra essa quinta
feira. Sim, quinta-feira, isso significa que amanhã já vou buscar meu filho. Tô
muito ansioso. Aquela casa me traz lembranças, lembranças de um tempo feliz, um
tempo que não vai voltar. Eu queria muito saber por que ela fez isso comigo...
Eu sei que ela está viva, eu tenho certeza, algo dentro de mim me diz isso... A
família dela não acredita, mas... desde que eu recebi a noticia eu percebo que
ela realmente pode ter sumido de propósito. Ah essa historia me da dor de
cabeça, mas não consigo parar de pensar.
O que será que eu havia feito de errado pra ela querer
desaparecer? Eu acreditava que ela era feliz e me amava assim como eu. Será que
tinha encontrado um outro amor? Mas não seria possível, por que fui eu quer
estava dirigindo. A não ser que ela só aproveitou a oportunidade.
Os pensamentos estavam borbulhando dentro da minha cabeça.
Precisava ir pra casa. Fui até meu pai em sua sala.
- Pai? – Perguntei antes de entrar.
- Fale filho, precisa de algo? – Ele estava realmente
preocupado.
- Preciso ir pra casa... Estou com muita dor de cabeça.
- Não tem clientes para hoje?
- Não... só dei uma olhada nos casos de amanhã e já não
tenho mais nada a fazer.
- Tudo bem, vai lá... – Ele me deu permissão, é meu pai não
estava nem um pouco bem.
Quando eu ia saindo ele me chamou outra vez.
- Filho?
Eu parei na porta e me virei novamente.
- Sim? – Perguntei curioso.
- Você tem certeza de que não quer ficar lá em casa comigo e
com seu irmão?
- Não pai, estou bem na minha casa, parece que a Luiza esta
mais perto de mim.
- Tudo bem, se é assim que você prefere.
Eu assenti e sai de La. Fui andando até o ponto, acho que agora
eu poderia começar a ir de carro, já que não tinha mais pressa pra voltar pra
casa.
O ônibus logo veio, então cheguei até rápido demais. Fui
para o meu quarto e me joguei na cama. Onde fiquei, até adormecer.
Essa minha rotina permaneceu por um tempo. De casa pro
trabalho, e do trabalho para casa. Na sexta-feira eu ia buscar o Felipe. Quando
me dei conta tempo tinha passado tão depressa e eu não tinha nem percebido.
Felipe estava completando um ano. Quando Luiza se foi ele tinha 8 meses... Eu já não chorava tanto e nem me sentia
preso. Eu a amava, mas a minha vida continuava. Também não tinha mais interesse
em ninguém. Naquela noite, era a festinha de um ano do meu filho. Minha casa
estava cheia de crianças que eu não conhecia metade, Sophia era quem havia
organizado. Ela me ajudava bastante.
Por volta de 21 horas nós cantamos parabéns e a festa se
encerrou. Os convidados foram embora e os últimos a estarem lá eram meus sogros
e Sophia.
- Acho que eu vou ficar pra ajudar ele a arrumar essa
bagunça? – Sophia falou, realmente me surpreendeu.
- E amanhã vai embora como? – Perguntou meu sogro.
- Existem ônibus! – Ela disse sorrindo.
- Eu a levo, tenho que deixar o Felipe lá mesmo.
Acho que os pais dela não tão lidando bem com isso
ResponderExcluirContinuaaa
ResponderExcluirMilaaaaa posta um bônus vai
ResponderExcluirVoltar a postar bônus
ResponderExcluirContinua com a história linda que está começando
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