Inevitável - Capitulo 6

Realmente estava cheio. Poucas mesas disponíveis e onde esvaziava já tinha gente olhando pra outro sentar. Cerca de mais dez minutos se passaram e uma mesa ficou vaga bem ao nosso lado. Rápido nós fomos sentar, outro casal já estava de olho na mesma.

- E agora o que nos vamos comer? – Falei a olhando nos olhos.

- Boa pergunta, aqui tem tanta variedade que nem sei.

- Eu vou comer no service self – Já estava decidido, queria comer comida de verdade.

- Só você pra sair de casa e vir comer comida a quilo. – Foi a vez de ela revirar os olhos.

-Preciso de algo que me alimente. – Tentei argumentar e ela simplesmente deu de ombros.

O olhar dela dava a volta no salão para escolher onde comer e ela finalmente escolheu.

- Quero comer ali. – Ela apontou e eu ri – Ta rindo de que?

- Eu ainda não sei por que você escolhe tanto se sempre vai acabar comendo no Mc Donald’s – Eu ainda ria.

- Pois é eu sempre como lá, e sempre o mesmo sanduíche. – Agora ela também ria de si mesmo.

- O que vamos comprar pra ele?

- Ah compra uma vitamina que eu coloco na mamadeira!

- Só isso? – Eu achava pouco demais.

- Micael, ele é um bebe, só tem três dentes e você já quer entupir a criança de besteira? – Detestava quando ela tinha razão assim.

- Mas você não acha que ele vai ficar com fome depois?

- Claro que vai, ele é seu filho, sempre esta com fome.

Eu ri do comentário, eu nem era assim tão ruim.

- Poxa essa magoou. – Fingi decepção.

- Vai logo buscar a comida que eu estou com fome – ela disse rindo e eu me levantei, primeiro fui ao mc Donald’s e pedi o sanduíche dela. Lá mesmo vi uma tal de vitamina de morango com banana, um tal de smoothie. Foi isso mesmo que eu comprei.

O lanche não demorou muito e eu fui logo a mesa levar o dela e sai pra buscar minha comida.

Onde eu fui tinha muita variedade então pude comer coisas que não comeria em casa. Fui para a mesa com uma montanha, nem era um prato mais de tão cheio que estava. Me sentei.

- Caramba Micael, tu é magro de ruim heim. – Ela zombou de mim.

- Tô em fase de crescimento ainda amor!

- Ah claro que está – Ela disse debochando de mim.

Ela colocou a batida na mamadeira e deu ao Felipe. Passamos uma ótima tarde, passeamos, comemos,fomos ao cinema e por fim nós estávamos indo pra casa já no carro.

- Amor, eu adorei nosso domingo. – Ela me disse.

- Eu te amo!

Essa foi a ultima coisa que eu disse. A última coisa que ela ouviu de mim. Virei-me para dar um beijo nela e nesse exato instante estávamos passando por um cruzamento. O Sinal verde para nós e um carro louco, o motorista provavelmente bêbado bateu na lateral do nosso carro, justamente do lado em que ela estava.

Nosso carro capotou algumas vezes, a batida foi muito forte daí pra lá não vi mais nada, apenas apaguei.

Abri os olhos e estava em um quarto branco, deitado numa cama com uma baita dor de cabeça. Alguém me viu de olhos abertos.