Não tinha entendido, e então fui ler o que eu havia mandado
ontem ás 03:37 da madrugada.
“Queria te ver,
podíamos conversar. Vem aqui em casa?”
Levei mais uma vez as mãos a cabeça. Fudeu. Meu subconsciente me disse e eu sabia, ele tinha razão. Eu
respondi.
“Não precisa, me
desculpa... eu estava mal ontem.”
Não demorou muito para a mensagem ser visualizada e então
respondida.
“Já estou quase
chegando, está no trabalho? Senão, nós poderíamos tomar um sorvete.”
Não respondi, sai correndo para acordar a menina que eu nem
me lembrava o nome. Entrei no quarto rapidamente e a sacudi. Ela abriu os olhos
e sorriu. Mas eu estava sério, não tinha tempo.
- Oi gato.
- Preciso que você vá embora. – Disse sério.
- Depois da noite que tivemos é assim que você me trata?
- Por favor, vá. Depois nós conversamos, mas tem que ser
rápido.
- Vou esperar você me ligar.
E então ela se levantou, ainda nua e desceu as escadas, fui
atrás. Ela pegou as roupas e as vestiu, estavam todas na sala. Ela me deu um beijo no canto da boca e foi
embora, eu sentei no sofá e relaxei, ufa.
E então me lembrei da cafeteira ligada. Fui correndo pra
cozinha, e de lá eu ouvi a campainha tocar. Passei as mãos pelo cabelo e fui
atender a porta, ainda de roupão.
- Sophia!
- Quem era a ruiva que estava saindo daqui?
- Hã?
Tentei me fazer de idiota, mas não dava. Era obvio que eu
era culpado.
- Quem era Micael? Eu vi. E você está de roupão. Você pode
me falar, afinal nos não somos nada.
- Para Sophia, era uma amiga que veio me visitar, não sei
por que você está se preocupando se nós realmente não temos nada.
- Não sei pra que eu vim, tá na cara que eu deveria estar
com o Marco.
Ela me disse e se virou para ir, eu segurei seu braço. Ela
estava com ciúmes ou era só impressão minha? Não é possível que a irmã da Luiza
estava apaixonada por mim.
- Soph, você não ta gostando de mim está? Se estiver, não
faz isso. É furada. Acho melhor nós nos afastarmos.
Eu disse, não podia deixar a menina criar um milhão de
ilusões e depois ficar sofrendo. Ela me olhou com uma cara que parecia de
choro.
- Fica tranquilo, eu amo meu namorado e o que nos aconteceu
foi um erro.
- Ama?
Levantei uma sobrancelha e sorri pra ela.
- Eu gosto de você... mas eu não te amo.
- Melhor assim. Eu ainda tô ligado na Luiza.
- A Luiza que sumiu, foi embora e te largou.
As palavras era duras.
- Não diz isso, nada é garantido ainda!
- Para Micael, só você que não sabe, alias, sabe e não quer
ver. Ela ta viva e eu não duvido nada que muito feliz por ai, e você ai igual a
um otário cheio de fotos dela espalhada pela casa, deixa de ser bobo. Se ela
quiser vai voltar, se não quiser... vai ficar por ai, vivendo com sei lá quem
até quando for conveniente pra ela, e quando não for mais... bom, ai ela volta
e te conta uma historia triste e então você a perdoa e paga de otário mais uma
vez. Toma jeito menino.
Ela disse e então foi embora. Assim com a maior naturalidade.
Deveria ser verdade, mais eu não poderia acreditar que a Luiza fosse capaz de
nos abandonar pra fugir com alguém. Mas uma vez eu fui para o sofá e lá fiquei
pensando na vida.
Soph pisou nele arrasou
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