- Eu tenho que te contar uma coisa que você com toda certeza
não vai gostar muito de saber. – O clima na cozinha mudou mais uma vez. – Mas
eu espero do fundo do meu coração que você não reaja mal.
- O que foi que aconteceu? – Franziu a testa. – Você está me
deixando curioso.
- Tem a ver com o Douglas. – Micael bufou e desfranziu a
testa.
- E quando não tem a ver com ele? – Sophia se surpreendeu
com a expressão de tranquilidade no rosto de Micael. – Toda vez que tem um
assunto sério, ele está no meio.
- Mas você não parece com raiva dessa vez. – Ela se permitiu
sorrir. – Posso saber que milagre é esse?
- É seu amigo, não é? – Ergueu uma sobrancelha e Sophia
assentiu. – Então eu vou tentar ficar de boa.
- Quê? – Não estava acreditando. – Você só pode estar de
brincadeira. Não tem nem um mês que a gente terminou, você não pode ter mudado
tanto.
- Você realmente não acredita na mudança das pessoas né? –
Gargalhou. – Eu nunca fui ciumento, eu nunca fui possessivo, nunca fui cismado.
Eu tinha me transformado num poço de insegurança que acabou fazendo da nossa
vida junto um inferno. Não quero mais isso, mesmo que agora não estamos juntos.
- Micael Borges, eu realmente não estou acreditando no que
estou ouvindo. – Seu sorriso se alargou. – Isso ai é tudo uma ceninha pra eu
cair no seu papo, voltar com você e acabar numa relação doentia de novo né?
- Agora quem está cismada é você. – Apontou pra ela com o
garfo. – Quem foi que disse que eu quero voltar? Somos amigos, Abrahão.
- Mas está muito engraçadinho. – Seguiu rindo. – Me
surpreendeu essa sua atitude.
- Pois é, eu sou uma caixinha de surpresas. – Desviou os
olhos rindo. – Agora fala, termina de contar o que aconteceu que eu não vou
gostar nadinha.
- Não vai nem insinuar que eu fiquei com ele de novo? – Ela
seguia instigando Micael ainda sem acreditar em sua atitude. – Nadinha?
- Sophia, colabora com o pai. – Os dois riram. – Fala de uma
vez, eu sei que você não ficou com ele.
- E eu posso saber como “o pai” – Debochou. – Tem tanta
certeza disso?
- Por que você me ama e eu não acho que você já tenha
seguido em frente. – Se aproximou do balcão. – Eu estou errado?
- Você está muito convencido. – Se afastou um pouco. – Porém
com razão, mas não acostuma. – Ela suspirou e voltou a falar de Douglas. –
Então, o que aconteceu foi que a Mel e o Douglas...
- Não vai me dizer que esses dois estão juntos. – Arregalou
os olhos. – Não acredito nisso.
- Bom, eles fizeram aquele primeiro teste juntos e tals, ai
depois eu incentivei e eu só sei que acabou rolando.
- Eles estão namorando? – Mantinha a cara de surpreso. –
Tipo, oficial?
- Não, estão se conhecendo.
- Coitado do Chay. – Balançou a cabeça. – Quando ele souber
vai enfartar.
- Não tenho lá muita pena dele não. – Deu de ombros. – Dou a
maior força pra ela ficar com o Douglas. Muito mais legal e vai apoiar a
carreira dela.
- Claro que vai né, é o mesmo meio que ele trabalha. –
Suspirou. – Eu fico triste pelo Chay, mas por outro lado, muito feliz dele ter
arrumado alguém, assim ele para de ficar atrás de você.
- Ora, ora. – Ela debochou. – Eu sabia que tinha sobrado um
pouco do Micael ciumento em algum lugar ai dentro.
- Eu também não sou de ferro, gata. – Piscou um olho. – Mas
então a Mel vem com ele hoje pra resenha? Já estão nesse nível?
- Eu não sei. – Deu de ombros como se não fosse algo
importante. – Eu falei que poderia trazer se quisesse, mas eu não sei se ela
está pronta pra mostrar pras pessoas que está seguindo em frente.
- Se ele vier, acho melhor realmente não chamar o Chay. –
Balançou a cabeça. – Ele vai perder a cabeça na hora em que o vir, e quando o
filho da puta abrir a boca vai piorar tudo. Eu sei bem como ele gosta de
provocar.
- Não lembro de você já ter brigada com ele. – Ele sorriu de
canto.
- Sempre tinha alguém pra se meter no meio.
- Pode parando de desculpinha, você foi pra cima dele uma
vez e olhe lá. – Ela brincou. – Fora isso ficou ouvindo as provocações dele de
longe. Aquele dia foi muito divertido, a propósito.
- Se o Arthur não me impede naquele dia hein! – Sophia gargalhou.
– E não foi nada divertido, a propósito.
- Tu nem é de briga Micael, só ameaça. – Seguiu brincando.
- Exclusividade sua ser brigona. – Foi a vez dele rir. – Mas
que eu sempre tive vontade de dar uns bons socos nele. – Uma careta se formou
em seu rosto e Sophia ficou curiosa. – Também tenho algo pra te contar que você
não vai gostar nadinha.
- Quem você pegou? – A mulher arregalou os olhos. – Um pouco
rápido demais, não acha?
- Ciúmes do ex, senhorita Abrahão? – Desfez a careta por um
momento enquanto sorria. – Até entendo porque estamos separados. Você é uma
ciumenta.
- Mas você está muito bem humorado. – Ela sorriu. – Isso me
deixa feliz.
- Eu estou sabendo. – Sorriu de volta. – Então, o que
aconteceu foi... Fernanda finalmente ligou.
- Eu achei que essa vagabunda tinha deixado essa porra pra
lá. – Ele viu a raiva aparecer no rosto de Sophia. – Quantos meses já faz?
Três? Quatro?
- Uns quatro, com certeza. – Deu de ombros. – Ela voltou com
o assunto da plástica.
- Vadia. – Bufou e Micael achou graça. – Não é pra rir não,
essa mulher acaba com todo o meu bom humor.
- Eu falei pra ela que não ia pagar nada, assim como você me
obrigou. – Deu de ombros. – Ela ficou puta, ameaçou mil coisas e disse que eu
ia me arrepender, mas não botei muita fé no que ela disse não. Com certeza ela
vai pagar a plástica sozinha.
- Ela não tem dinheiro? – Soph ergueu uma sobrancelha.
Ah pronto, agora essa vaca da Fernanda postou. Que saaaaaaco!
ResponderExcluirVoltouuuu*** sorry hahahaha
Excluirtava demorando pra cobra voltar kkkk insuportável ela , to amando a relação de somic assim se dando bem espero q logo possam voltar
ResponderExcluirAlguém joga essa Fernanda do penhasco
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