- Oi, meu amor! – Sophia disse feliz quando viu Micael parado do outro lado da porta. – Se eu disser que já estava com saudades, você acredita?
- Considerando que você saiu lá de casa de manhã com a Lua, eu acho que sim, acredito. Já fazem mais de doze horas. – Abraçou a namorada e depositou um beijo em seus lábios. – Eu também já estava morrendo de saudades!
- Achei que a gente só ia se ver
amanhã na hora. – Eles entraram de mãos dadas. – Não esperada que fosse vir
aqui.
- Vim jantar com os pais da
noiva. – Sorriu. – Mesmo que a mãe da noiva não vá com a minha cara. – Sophia fez
uma careta.
- Você não sabe a última que ela
me aprontou. – Micael ergueu uma sobrancelha curioso. – Ela convidou a Liz pra
festa. A Liz. – Ele riu da careta que a noiva fez. – Está achando isso
engraçado?
- Estou, porque não lembro de
você ter contato pra sua mãe o que aconteceu. – Deu de ombros. – Natural ela
ter chamado a sua amiga.
- Ela disse que era pra gente
fazer as pazes. – Cruzou os braços. – Eu já mandei desconvidar, mas a filha da
puta não atende o telefone, você acredita? Certeza que é porque sabe que eu não
vou deixar ela entrar.
- Brigou com seus pais por causa
disso? – Sentou no sofá e puxou a loira pra ficar com ele. – Não estão à vista.
- Estão no quarto de hospedes,
arrumando as coisinhas deles. – Deu de ombros. – Mas eu realmente me irritei,
só o que me faltava ela ter cara de aparecer no nosso casamento depois de tudo.
- Eu não suportava ficar perto
dela, mas era por causa de tudo o que ela representava e do jeito que se
insinuava, agora que você já sabe mesmo. – Balançou a cabeça. – Não estou nem
ai pra presença dela ou não.
- Mas eu estou, ela entrou na
minha casa pra dar em cima do meu namorado enquanto eu dormia. – Micael achou
graça. – Se eu não tivesse o mínimo de amor próprio eu tinha partido pra cima
dela.
- Amor próprio? – Perguntou sem
entender, tinha a testa franzida.
- Mulher que briga por homem na
rua não tem amor próprio nenhum, não é possível.
- E o que você acha de parar de
falar de coisa ruim na véspera do nosso casamento e vir me dar um beijo bem
gostoso. – Puxou a loira pro seu colo e os dois não demoraram a ser
interrompidos pelos pais de Sophia.
- Seria bom se vocês esperassem
até depois da cerimônia. – Renato falou e assustou os dois. – O que custa mais
um dia? – Sophia saiu do colo de Micael completamente se graça.
- Isso é maneira de chegar? –
Encarou os dois. – Na ponta do pé!
- Não foi na ponta do pé, vocês
dois que estavam distraídos demais. – Branca achou graça, Sophia estava vermelha.
– Não precisa ficar com vergonha filha, a gente sabe que o lado bom da vida
você já conhece faz tempo. – Estalou os dedos repetidas vezes. – Tudo bem,
Micael?
- Tudo sim, Branca. – Ele se
surpreendeu com a simpatia da sogra. Levantou pra apertar a mão dela. – E ai,
Renato? Quanto tempo! – Falou muito mais empolgado. Micael e Renato sempre se
deram bem.
- Pois é, muito tempo mesmo. –
Abraçou o genro empolgado. – Você não apareceu mais, Sophia foi passar uns dias
em casa e você surpreendentemente não foi junto. Até estranhei.
- Quando? – Franziu a testa
tentando lembrar. – Quando a gente terminou?
- Vocês terminaram?! – Olhou para
as duas sem entender. – Ninguém me contou por quê?
- Porque a Sophia estava triste e
você ia ficar falando no Micael não ia ser nada legal. – Branca falou e
arrancou uma risada do moreno. – Sua filha precisava de paz.
- Você está vendo isso? – Falou com
Micael. – Depois de quase trinta anos juntos a sua mulher esconde tudo de você,
cuidado que essa ai tem o mesmo sangue.
- Pode deixar que eu vou tomar
cuidado. – Brincou e arrancou risada deles.
Sophia pediu o jantar de um
restaurante ali perto e os quatro jantaram juntos. A certa hora da noite,
Micael ficou conversando aleatoriamente com Renato na sala. Sophia estava na
cozinha com a mãe, organizando a louça.
- Eu fico feliz de como tudo
acabou bem. – Branca disse escorada no balcão. – Depois de tanta briga, lágrima,
choro...
- Ai, mãe. – Fez uma pausa com um
prato ensaboado na mão. – Parece que eu estou vivendo um sonho sabe. A gente
está tão, não consigo lembrar a última vez que a gente discutiu.
- E não tem mais motivos. –
Sorriu a filha que já tinha voltado a lavar o que faltava. – Vocês sempre foram
assim, grudados e de uma melação sem fim. Quando o problema da traição foi
superado de vez, vocês só voltaram ao normal. Agora é só seguir.
- Nem me fala. – Fechou a
torneira. – Douglas é padrinho do nosso casamento.
- E quem é Douglas? – Franziu a
testa.
-
Você conhece ele, mãe. – Encarou Branca. – Não faz a maluca.
- Eu estou aqui esperando você me
dizer que existe uma outra pessoa chamada Douglas na sua vida agora. Não é possível
que você chamou esse cara pra ser padrinho e que Micael aceitou.
- Ele namora a Mel, os dois são tão
fofinhos juntos. – Secou as mãos no pano de prato. – Ele e Micael se dão bem
agora.
- Micael é um ser muito evoluído,
eu queria ver se fosse ao contrário. – Achou graça da cara de Sophia. – Imagina
só, ele traiu você com alguém ai essa mulher é convidada pra ser madrinha do
casamento de vocês.
- Nem fodendo que isso ia rolar. –
Disse brava. – Não gosto nem de pensar.
- Você amiguinha da mulher.
- Mãe! – Repreendeu Branca e ela
gargalhou. – Chega né?!
- Você pega pilha tão rápido,
filha.
nem acredito q o casamento ta chegando ❤️
ResponderExcluirdouglas padrinho eu ainda to rindo quero discurso kkkkkkkkk