O sorriso não cabia no rosto de nenhum dos dois quando Micael pegou a mão de Sophia de Renato. O sogro deu um beijo na testa da loira e a entregou a Micael. Os dois viraram para o juiz de paz e o ouviram dirigir a cerimônia.
Sophia não tinha mais olhos de
tantas lágrimas que escorria por seu rosto, Micael achava graça. A cada palavra
do homem parecia que ela chorava mil vezes mais.
Agora, estavam virados um para o
outro, Micael segurava a aliança com uma mão e a mão esquerda de Sophia com
outra.
- Eu ensaiei em frente ao espelho
muitas vezes o que diria a você. – Sophia já estava mais controlada. – Nada parecia
bom o suficiente pra esse momento. Dizer que amei você desde que te vi pela
primeira vez? Dizer que amo você a cada dia mais? Tudo parece tão clichê e eu
sinto que falta algo. – Sophia quase não piscava, tinha os olhos fixos em
Micael, via o quão nervoso ele estava. – Você enche os meus dias de alegria até
quando não está perto. Esse último ano foi um ano difícil e você não imagina o
quão realizado eu estou de termos vencido ele e estarmos a um passo de começar
a nossa família de vez. Amo você demais. – Colocou a aliança no dedo dela. Soph
não demorou a pegar a aliança de Micael, ela deu um beijinho no anel.
- Se eu dizer pra você que
ensaiei no espelho eu vou estar mentindo. – Micael sorriu. – Eu passei as últimas
semanas atarefada e com mil coisas pra resolver, mas mesmo assim, você não saiu
da minha cabeça um segundo. A cada passo que eu dava, a cada cochilada rápida,
a cada prova de roupa. Você estava lá comigo. Você tem estado comigo a todo
momento desde sempre, até quanto estava com raiva e não queria que estivesse,
lá estava você. Hoje é a realização de um sonho pra mim, poder demonstrar meu
amor por você e compartilhar com todos que amamos é o que sempre quis. Nunca
tente sair da minha vida, eu não vou deixar... – Colocou a aliança no dedo de
Micael.
O juiz entregou aos dois uma
caneta enrolada com fitilho branco e eles se abaixaram pra assinar o livro. Lua
e Arthur assinaram de testemunhas. Logo foram declarados marido e mulher e se
beijaram. Os convidados de pé explodiram em aplausos.
Micael e Sophia deram as mãos e saíram
do altar, foram dar uma circulada pelo salão. Soph pôde ver Lua autorizando uma
equipe a desmontar o pequeno altar que tinha sido montado na pista de dança.
O fotografo tinha sequestrado os
noivos para fazer as fotos. E muitas foram feitas. Logo em seguida os padrinhos
foram convidados a participar e em seguida os pais. Após, os noivos foram ás
mesas cumprimentar os convidados e tirar fotos com eles. Tinha convidados
demais para que todos se levantassem e fossem até a mesa do bolo.
- Olha só, senhor e senhora
Borges. – Chay brincou quando se aproximou. Eles estavam um pouco afastado,
Sophia comia uns salgadinhos e tomava uma taça de champanhe. – Muito feliz por
vocês, desejo tudo de bom, sempre!
- Você parece outra pessoa, Chay.
– Sophia disse com um sorriso. – Fico muito feliz com isso! Obrigada!
- O amor muda as pessoas. –
Apertou a ruiva pela cintura. – A propósito, está é Renata. – Apresentou a
namorada formalmente.
- Muito prazer. – Soph deu um
beijinho e um abraço. – Eu espero que a gente tenha tempo pra conversar algum
dia desses!
- Com certeza teremos! –
Respondeu muito simpática. – Amei os votos de vocês, quase que chorei junto.
- Ah, minha filha, só a gente
sabe o que passamos pra chegar até aqui. – Soph tinha um sorriso no rosto.
- Só vocês não, a gente também
sabe. – Lua chegou com Arthur a tempo de ouvir aquela frase. – O que eu ouvi de
chororo nesses últimos anos, Renata, você não faz ideia. Se eu fosse você, nem
fazia amizade com ela, porque vai sobrar pra você da próxima vez que eles
brigarem!
- Lua, isso é coisa que se fale? –
Sophia ficou sem graça. – A menina vai acreditar.
- Mas é pra acreditar, estou
alertando ela. – Eles deram uma gargalhada. – Foge enquanto há tempo.
- Larga de ser escrota, Lua. –
Micael interrompeu. – A gente nem vai brigar mais.
- É claro que vão! – Debochou. –
Está no sangue de vocês. – Ouviram o tilintar de taças e procuraram de onde
vinha. Douglas tinha uma taça erguida e batia nela com um garfo que nem nos
filmes americanos. Surpreendentemente as pessoas ficaram em silêncio.
- Douglas está bêbado. – Sophia constatou.
– Não tão bêbado, mas está alterado. E vai fazer um discurso!
- Que vai ficar guardado pra
sempre na gravação do casamento de vocês. – Chay achou graça.
- Cadê a Mel pra tirar ele de lá?
– Micael perguntou a Lua, mas a mesma só deu de ombros. – Só pode ser
brincadeira. – Negou com a cabeça.
- Eu quero dedicar algumas
palavras pra Micael e Sophia! – Ele disse alto, logo alguém se aproximou e deu
um microfone pra ele. – Esse casal que tanto amamos. – Chay já ria
escancaradamente. – Bom, eu e Micael a gente nunca se deu bem não tá gente, pra
quem está ai se perguntando porque eu sou padrinho, é porque só sobrou eu pra
vaga. – Arrancou risada dos convidados que prestavam atenção. – Na real a gente
nunca foi com a cara do outro porque tinha algo no meio e ai vocês sabem como
é, o que importa é que hoje, eu posso vir aqui e desejar pra vocês felicidade e
dizer que é de coração. E não, eu não estou bêbado, se é o que estão pensando.
- Meu Deus do céu. – Sophia disse
rindo enquanto Douglas tagarelava sem parar. – Eu não aguento isso. – Os amigos
que estavam próximos também riam, inclusive Micael.
- Eu, como padrinho, estou aqui
para o que precisarem viu? – Disse olhando para os dois. – E vou ficar por
muito tempo, porque eu não pretendo deixar a minha gata se livrar de mim. – Mel
apareceu no campo de visão dos amigos, parecia estar voltando do banheiro,
completamente envergonhada. – Vem aqui, Mel. – Puxou a namorada. – Estou fazendo
um discurso de padrinho igual fazem nos estados unidos, quer falar alguma
coisa?
- Acho que seu discurso já
acabou. – Ela tentou pegar o microfone dele, mas não conseguiu. – Douglas!
- Deixa eu falar uma última coisa
então. – Olhou na direção de Micael e Sophia e os dois assentiram com um
sorriso. Douglas rapidamente endireitou a postura e mexeu no bolso do paletó
que usava. Não tinha mais postura de bêbado e isso deixou Mel surpresa. – Eu
amo você, esse tempo que estamos juntos tem sido de longe a parte mais feliz da
minha vida. – Micael abraçou Sophia e os dois ficaram olhando com um sorriso.
Soph tinha pegado o seu buquê que estava em cima da mesa mais próxima.
- O que você está fazendo? –
Perguntou sem entender e quase deu um grito quando viu ele se ajoelhar na sua
frente. – Pelo amor de Deus, levanta daí!
- Eu só vou levantar daqui,
quando você disser pra mim que aceita se casar comigo. – Ele então ergueu a
caixinha que tinha pegado no terno. – Mel levou as mãos a boca de surpresa. –
Eu sei que a gente não namora há muito tempo, mas eu também sei que só o pouco
tempo que temos juntos faz com que eu queria ter você comigo pro resto da vida.
Aceita casar comigo?
O olhar de Chay era triste, ele
tentava disfarçar, mas não conseguia muito. Sophia e Micael não estavam nem um
pouco surpresos, comparado a Lua e Arthur que quase surtavam um pouco atrás.
- É claro que eu aceito. – Ela respondeu
depois de um silêncio dramático. Douglas levantou e a puxou para um beijo.
Sophia e Micael se aproximaram e Sophia estendeu o buquê pra amiga.
- Me parece que não preciso nem
jogar pra saber quem vai ser a próxima a casar! – Disse contende e abraçou Mel.
Ela estava emocionada.
- Vocês sabiam disse né? –
Perguntou aos noivos. – Esse discurso horrível de bêbado!
- Claro que sabíamos, foi tudo
combinado. – Micael confessou rindo. – E ó, eu acho muito bom você fazer a minha
amiga feliz, eu não quero ter motivos pra te quebrar na porrada.
- Já teve e nunca quebrou. –
Implicou. – Não vai ser agora que vai quebrar, não é mesmo?
- Mas o rapaz agora tá ousado. –
Arthur falou quando se aproximou junto com os outros. – Acabou todo o respeito,
foi dar confiança, Micael.
- Pelo amor de Deus, Arthur. – O
moreno deu risada. – Não começa.
- Vou começar nada não! – Virou pra
Mel e Douglas. – Viemos dar parabéns pra vocês e claro, desejar tudo de bom.
- Até você, Chay? – Mel perguntou.
– Não esperava que fosse se aproximar pra falar nada.
- E não ia, Arthur e Lua me
obrigaram. – Sorriu claramente de falsidade. – Felicidades ao casal. Quer que
eu puxe um brinde também? Se quiser eu faço um discurso expondo meu ponto de
vista sobre você, Melanie.
- Você não é nem doido. – Douglas
deu um passo à frente.
- Vamos parar por aqui. – Mel puxou
o braço do noivo. Vamos circular! – Os dois saíram de perto.
- Palhaçada. – Ele bufou e rolou
os olhos para os amigos que o encarava. – Que foi, gente? Cês num queriam que
eu cumprimentasse? Cumprimentei.
- Porque o clima tão pesado com
aquela garota? – Renata perguntou, mas Chay não respondeu. – Será que alguém pode
falar? – Olhou para os amigos.
- É que eu namorei a Mel por um
tempo. – Ele confessou. – Acabou tem uns meses ai.
- E você não pensou em me contar?
– Ergueu uma sobrancelha. – Eu falei com ela toda simpática mais cedo. – Fez uma
careta. – Agora ela com certeza me odeia porque acha que eu debochei dela. –
Balançou a cabeça. – Vou ao banheiro, com licença. – A mulher saiu dali e Chay
ficou com os braços cruzados.
- Nossa, vocês sentiram isso? –
Arthur falou aos amigos. – Esse completo djavú!
- Como assim, do quê? – Sophia perguntou
curiosa. – Não senti nada.
- É porque você não estava na
mesa, amor. – Micael achou graça. – Nem Lua.
- Do que estão falando? – As meninas
estavam completamente perdidas.
- Na festa de vocês. – Chay começou
a explicar a Lua. – Depois que Sophia e você saíram pra ir ao banheiro.
Fernanda fez praticamente as mesmas perguntas a Micael.
- Igualzinho. – Arthur morria de
rir. – Até as respostas do Chay e do Micael foram parecidas. Chega arrepiou os
pelinhos do braço.
- Que ótima lembrança para o dia
do meu casamento, Arthur. – Sophia cruzou os braços. – E sim, eu achei que
aquela vagabunda estava debochando de mim. “Oi, Sophia!” Escrota do carai.
- Mas eu nem tinha contado a ela.
– Micael defendeu. – Naquele milésimo de segundo, não foi deboche.
- Será que isso significa que
ainda teremos ChaMel se casando? – Arthur perguntou rindo e Chay rolou os
olhos.
- De jeito nenhum, eu quero é
distância da Mel. – Deu de ombros. – Vou atrás da minha namorada, isso sim! –
Deu tchau e saiu de perto. Logo Micael e Sophia voltaram para falar com alguns
outros convidados, não ficavam um segundo sozinhos. Pouco antes da meia noite
eles subiram pra sala dos noivos.
- Esse vestido me mata. – Disse para
o, agora, marido. – Não via a hora de botar algo mais confortável pra curtir a
festa.
- Chegou seu momento. – Ela virou
de costas pra ele e pediu que abrisse o zíper do vestido. Ele depositou um
beijinho no ombro. – Você não tem noção do quanto te amo.
- É por isso que estamos aqui... –
Um beijo lento e romântico se iniciou, um dos primeiros de muitos beijos que
ainda dariam dali para a frente.
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Minha gente, Medo de Amar está finalizada, pelo menos a primeira parte. Eu agradeço a todo mundo que chegou e acompanhou essa saga de duzentos capítulos! Agradeço a cada comentário que me motivou a escrever mais e mais.
A historia do casamento deles virá entrou fanfic, que com certeza não terá 200 capítulos, mas acontecerá. Eu vou iniciar a história com calma, talvez só na segunda feira, preciso de um tempo pra organizar as ideias. Mas não percam essa segunda parte!
E não deixem de comentar o que acharam dessa nossa história. :) Até logo!
ahhhh foii lindo ❤️❤️❤️❤️❤️❤️
ResponderExcluiramei demais aguardando a continuação 😃
eu nem vi passar estes 200 capítulos! nosso casal finalmente CASOUUUU, agora é esperar os babys hahahaha.
ResponderExcluiransiosa para a 2ª temporada (que poderia ter +200 capítulos tb hehehe).
volta logoooooooo!
Ansiosa pela continuação dessa bela história.
ResponderExcluir💝
Aiiiii eu amooo dmsss tudo que você escreve
ResponderExcluirObrigadaaa ❤️
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