- Eu ainda acho que a gente devia ter ido numa lanchonete comer um x-tudo e voltar pra casa de boas. – Micael disse ao puxar uma cadeira e se sentar. Eles estavam num barzinho com música ao vivo, perto da casa de Mel.
- Aqui é um ótimo lugar. – Mel
defendeu o lugar. – Você não precisa ser esse chato não Micael. É só pra tomar
uma cervejinha, comer uns petiscos. Sair da rotina um pouco.
- Eu sei, Melzinha. – Deu de
ombros. – Tanto tempo que eu não sei o que é sair pra se divertir.
- Nós sabemos disso, dá última vez
você largou todo mundo e saiu bêbado pra casa da Sophia. – Lua falou rindo. –
Memorável.
- Até seria, se eu me lembrasse. –
Ele soltou uma gargalhada. – Mas é aquele ditado, não lembro, não fiz. – Pegou
o cardápio na mão. – Vamos pedir o quê? Calabresa?
- Iscas de frangoooo! – Lua pediu.
– Linguiça eu como em casa.
- E frango também. – Arthur achou
graça.
- Vamos pedir logo, porque eu
preciso beber alguma coisa. Já estou aturando vocês faz tempo. – Micael falou
com bom humor e logo chamaram o garçom pra fazer os pedidos.
A noite estava agradável, eles
riam e brincavam bastante. Esqueceram todos os problemas da vida e aproveitaram
a saída. Àquela altura as mulheres estavam dançando animadamente na pista de
dança enquanto Micael, Arthur e Douglas permaneciam sentados, finalizando mais
uma cerveja.
- Olha quem está ali. – Arthur
apontou na direção da porta por onde Chay entrava com uma ruiva desconhecida
por eles. – Agora eu entendi porque ele estava tão de boa no dia que saímos.
- Vocês saíram? – Micael perguntou
curioso. – Nem sabia disso, eu tinha que falar com ele, mas como saiu da casa
da Sophia me xingando da última vez, eu fiquei enrolando.
- Bom, ele me ligou outro dia e me
chamou pra conversar. – Douglas ouvia com atenção, mas não quis participar do
papo. – Nós saímos e tal, ele pareceu bem de boa, disse que já tinha superado
tudo, mas não tinha aberto o jogo sobre namorada.
- Ah, mas pra ter superado tudo e
estar de boa tinha que ter mulher no meio. – Micael achou graça. – E qual é o
outro motivo pelo qual os homens fingem ou realmente ficam bem?
- Cruzes, tem gente que supera. –
Douglas deu de ombros. – Já se passaram meses.
- Pode ser que tenha superado,
quem sabe. – Arthur fez sinal pra Chay que sorriu quando viu os amigos ali. A
ruiva cochichou algo em seu ouvido e logo saiu de perto. Chay caminhou até eles
com um sorriso no rosto, parecia bem sincero.
- Que isso, saída de homens. –
Brincou com Arthur e Micael, em nenhum momento cumprimentou Douglas. – Que modernidade.
- Que nada, Sophia não está aqui
no Rio e as meninas estão dançando. – Arthur gesticulou para a pista de dança. –
E tu, quem é a gata?
- Renata. – Sorriu. – Estamos nos
conhecendo.
- Que ótimo! – Micael colocou a
mão sobre o ombro dele. – Desde que ela não seja uma maluca tipo você sabe
quem.
- Fernanda? – Ergueu uma
sobrancelha. – Não é, Renata é maravilhosa.
- Está apaixonado. – Arthur soltou
uma gargalhada. – Ah, o poder das mulheres.
- Pelo amor de Deus né. – Riu junto
com os amigos. – Aqui nem é lugar pra me zoar.
- Estava querendo falar com você. –
Micael chamou a atenção.
- Meu telefone continua o mesmo,
pelo visto nem tentou ligar. – Continuou rindo, estava muito bem humorado.
- É claro que não, você me xingou
da última vez que me viu. – Micael fez Chay rir ainda mais.
- Eu estava com raiva. – Deu de
ombros. – Releva aquilo. – O moreno assentiu. – Sobre o que quer falar?
- Meu casamento tá chegando. –
Olhou Chay com atenção. – Você sabe que tem que ser padrinho. É quase sua
obrigação.
- Padrinho? Eu? – Franziu a testa.
– Do lado da Melanie? – Micael assentiu. – Mas nem fodendo.
- Eu achei que você estava de boa.
– Arthur achou graça. – Pelo visto está de boa até a página dois.
- Eu só não quero contato. –
Bufou. – Não vou ficar parado posando pra foto do lado dela como se tudo
tivesse ótimo. Cruzes, convite horroroso Micael.
- Oxe, eu estava na festa do
Arthur e da Lua e fui obrigado a tirar fotos e a dançar com a Sophia e eu tinha
namorada. – Arthur rolou os olhos. – Nem foi tão ruim.
- Ah, sem comparação.
- Como assim? – Tinha a testa
franzida. – Mesma situação. A gente tinha terminado e eu já tinha até outra
pessoa.
- Arthur e Lua já tinham casado,
você e Sophia já eram padrinhos, não dava pra mudar. Agora, você e ela ainda
vão casar, escolham outra pessoa. Me deixa fora dessa roubada.
- E eu vou botar quem no seu
lugar, cuzão? – Estava um pouco revoltado. – Eu não sou a pessoa com mais
amigos no mundo.
- Chama o atual namorado da Mel. –
Ele finalmente olhou pra Douglas que deu uma rolada de olhos pra ele. – São amigos,
não são?
- Não força a boa convivência. – Micael
debochou. Não teve tempo de falar muito, Lua e Mel voltaram pra mesa, as duas
estavam suadas e ofegantes, Mel se jogou na cadeira ao lado de Douglas e lhe
deu um beijo. Deixou todo mundo extremamente sem graça.
- Vocês vão ficar sentados aqui a
noite toda? – Mel perguntou ainda sem notar a presença de Chay a mesa. Ela
pegou uma tirinha e deu uma golada na cerveja do namorado, estava levemente bêbada.
– Deixem de ser chatos.
- Ai meu Deus. – Lua disse após
ver Chay sentado ao lado de Micael. – Bem que eu estava achando que tem gente
demais nessa mesa. Modos, Mel.
- Não precisa. – Chay disse se
levantando, tinha o olhar preso ao de Mel. – Eu vou atrás da Renata. Depois a
gente termina de conversar.
- Você não precisa ir embora só
porque eu cheguei. – Mel deu de ombros. – É só não ser escroto. – Chay balançou
a cabeça e soltou um sorriso.
- Você continua a mesma, não
aguenta dois copos de cerveja que já fica alterada. – Renata apareceu ali e deu
oi pra todo mundo na mesa.
- O que você acha da gente dançar
um pouco? – Convidou e ele balançou a cabeça, saindo de perto com a ruiva.
- Ele foi dançar com ela? – Mel questionou.
– Vocês viram isso? Quem é ela?
-
Aparentemente a nova namorada dele. – Micael contou e prestou atenção em
sua reação. – Bem bonita até.
-
E ele foi dançar com ela? – Ainda estava indignada. – Era um sacrifício fazer
ele dançar comigo e agora ele foi dançar com ela? E aquele vestido curtíssimo que
ela está usando?
- As pessoas mudam, Mel. – Arthur achou
graça. – Você queria que ele fosse o mesmo babaca que era contigo?
- Não, eu acho que não. – Bebeu mais
um gole da cerveja do copo de Douglas que já estava claramente ficando quente.
- Pareceu ciúmes. – Douglas disse
incomodado.
- Ah, briga não. – Micael pediu. –
Não essa noite.
- A que ponto chegamos. – Lua debochou.
– Micael, o rei das brigas e de estragar os rolês está pedindo pra não ter
briga. – Descontraiu e fez os amigos rirem. – O mundo já não é mais o mesmo.
- Dá um tempo, Lua. – Cruzou os
braços. – Chama o garçom ai pra gente pedir outra cerveja!
ihhhh sera q a mel ficou com ciume 😹
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