- Que demora! – Atendeu irritada. – Pelo visto ela atendeu e vocês ficaram conversando enquanto a gente ficava aqui preocupado.
- Lua, você tem que começar a ser mais gentil comigo. – Micael disse rindo e isso fez com que Lua relaxasse quase que na mesma hora. Ele não estaria rindo se não soubesse que Sophia estava bem. – Eu consegui falar com ela sim.
- E onde ela está? – Micael não falou. – Desembucha, para de
fazer charme.
- No estacionamento do aeroporto, ela disse que não ia saber
dar ré pra sair de lá. – Deu risada. – Eu disse a ela que ia pedir a um de
vocês pra ir buscar o carro. Se for você, por gentileza não briga mais com ela.
- E você agora virou fiscal de briga? – Disse mal humorada. –
Não devia se meter.
- Claro que me meto, toda vez que vocês brigam a Sophia fica
mal e eu não quero ver a minha noiva triste por causa de besteira. Vocês duas
ficam mal quando isso acontece na verdade, né?!
- Vai me dar sermão mesmo? – Bufou. – Já tem três pessoas
aqui reclamando.
- Então vai lá e pede desculpas, porque eu tenho certeza que
você foi mais grossa do que ela. Preciso nem saber o teor da discussão pra
imaginar.
- Tchau, Micael. – Cortou o amigo. – Você já fez a sua
parte, torça pra que eu não bata com o seu carro quando tiver trazendo pra
casa. – Desligou antes que ele respondesse.
- Sophia está no aeroporto, dentro do carro. – Rolou os
olhos. – Vocês dois seriam péssimos detetives, como que não procuraram lá? –
Acusou Mel e Douglas.
- Aquele lugar é imenso e nós não vimos onde que o Micael estacionou.
– Mel se defendeu. – Não vem jogar pra cima da gente não.
- Vamos lá, Arthur. – O marido assentiu. – Vocês dois estão
liberados da busca pela Sophia.
- Você liga pra avisar? – Douglas perguntou e Lua assentiu. –
Vamos ficar esperando então. – Eles saíram de dentro do carro de Arthur e se
despediram.
Lua não trocou muitas palavras com Arthur no caminho de
volta até o aeroporto, estava pensativa e o marido sabia respeitar seus
momentos. Arthur não entrou no estacionamento, Lua que pegou a bolsa e desceu
do carro. Ficou perdida no meio do local, Mel tinha razão, aquele
estacionamento era realmente imenso. Pegou o celular e ligou para Sophia.
- Oi, Lua. – Disse baixo, pelo visto a raiva persistia.
- Onde você está? – Ela olhava ao redor. – Eu estou aqui,
mas não encontro o carro do Micael nesse lugar.
- Está estacionado na ala C. – Lua olhou pra cima e viu as
grandes letras indicando. – Não deve ser tão difícil de achar agora. – A cacheada
seguia na direção que Sophia lhe indicara, não demorou a ver a amiga encostada
no carro de Micael.
- Você é doida? – Chegou brigando. – Estávamos preocupados
com você esse tempo todo e você aqui de boa.
- Você veio aqui pra brigar ainda mais comigo e jogar mais
coisas na minha cara? Faltou alguma coisa? Aquela vez lá em 2010 quando você me
deu um absorvente porque eu não tinha na bolsa, acho que você não falou.
- Deixa de ser exagerada, eu só falei aquele monte de coisas
porque você disse que eu sou uma péssima amiga, disse que eu sou egoísta, coisa
que nunca fui pra você, a Mel podia até dizer isso, mas você não.
- Tá bom, Lua. – Estendeu a chave com uma mão e com a outra
pegou a bolsa. – Tchau.
- Tchau? – Franziu a testa. – Pra onde você vai?
- Pra casa, de ônibus. – Começou a andar, Lua a puxou pelo
braço.
- Para com isso, entra no carro logo. – Rolou os olhos. –
Você não precisa ir pra casa de ônibus atoa.
- Eu não vou passar meia hora no carro com você jogando na
cara tudo que já fez por mim, chega, eu estou cansada, preciso ir pra minha
casa ficar em paz.
- Me desculpa vai. – Lua suspirou. – Eu sei que fui grossa e
insensível com você mais cedo e que não devia ter jogado nada na sua cara, não foi
por mal. Eu realmente estava irritada, mas não quis magoar você. Fiquei
realmente preocupada que algo pudesse ter acontecido com você.
- Me desculpa também. – Tinha a expressão parecida com a de
Lua. – Eu amo você e eu tenho certeza que você sabe disso. As coisas que eu
disse foram só da boca pra fora.
- Eu espero que sim, porque eu vou te dar uns socos se você
ficar dizendo essas coisas de mim. – Brincou.
- Me desculpa também por só procurar você pra falar do
Micael. – Secou uma lagrima que escorria da bochecha. – É que são tantos problemas
e eu acabo nem perceben...
- Shhhh. – Ela interrompeu a amiga. – Estamos aqui pra isso,
somos melhores amigas e isso vale mais que um casamento. Eu vou seguir apoiando
você nos dias tristes e vibrando por você nos dias alegres. – As duas se abraçaram.
- Droga, olha o que você faz comigo. – Ela tentava secar as
lagrimas, mas outras se seguiam. – Eu ando realmente muito dramática.
- Já pensou se estiver gravida. – Lua se afastou e olhou os
olhos arregalados da amiga. – Pra que essa cara de surpresa, você transa com o
Micael, está esperando receber o quê?
- Eu não estou grávida, Lua. – Deu de ombros. – Não tenho
sintomas nenhum e a minha menstruação foi embora na quinta.
- Idai? Nada disso impede.
- Mas a injeção que fura minha bunda toda mês impede. – Deu uma
risada. – E você já esqueceu que eu não quero saber de filhos no momento?
- Não, porque eu sei que quando o Micael souber dessa
novidade, vai sobrar para os meus ouvidos de novo, porque ele vai ficar uma
fera.
- A gente vai voltar nesse tópico de novo? – Ergueu uma
sobrancelha. – Não sou obrigada a ter filho nenhum, meu corpo, minhas regras.
Não é assim que as feministas falam?
- Você devia contar pra ele antes de casar. – As duas deram
a volta e entraram no carro.
- Ele não vai desistir de casar comigo só porque eu não quero
ter filhos, Lua. – Rolou os olhos como se fosse a coisa mais estupida que já
ouviu.
- Você não sabe o quão importante é ser pai pra ele. – Suspirou
novamente e ligou o carro. – Devia conversar.
essas duas nao vive uma sem a outra 😹
ResponderExcluirVivem nada ashuashuashu tudo drama pra manter a chama da amizade viva kakkakaka
ExcluirConcordo plenamente com a lua, acho que a soph deveria contar logo pro Mika que ela não quer filhos agora
ResponderExcluirCaah tem capítulo hoje?
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