- Eu estou completamente apaixonada. – Sophia olhava atenta cada cômodo do apartamento. – Olha que vista maravilhosa. – Parou na sacada do apartamento situado no decimo quarto andar, do prédio de frente pra praia.
- Eu sabia que você ia gostar daqui. – Deu um sorriso. – Só pelas
fotos eu já adorei.
- Amor, é perfeito. – Ele se aproximou e abraçou a noiva por
trás. O vento batia e jogava os cabelos dela pra trás. A corretora tinha dado
um momento a sós pra eles. – Todos os nossos sonhos estão finalmente se
realizando. Mal posso esperar para ser tudo real.
- Já é real. – Apertou um pouco os braços ao redor da loira.
- Acha que devo fechar negócio?
- Claro que sim, eu amei cada detalhe e sei que seremos
muito felizes aqui. – Se virou e deu um beijo apaixonado em Micael. – Já vem
com a mobília? – Ela perguntou ao moreno quando entraram de volta para a sala.
Passou a mão no sofá e sorriu com o toque aveludado do tecido.
- Eu não quero me preocupar com a mobília da minha casa. –
Deu de ombros e se sentou no sofá. – Só de pensar no trabalho que vai dar
desmontar os móveis pra trazer pra cá. É melhor vender a casa mobiliada e
comprar essa daqui assim. A não ser que você prefira escolher as peças do seu
gosto.
- Não, está tudo tão lindo que eu não tenho coragem de mexer
numa almoçada. – Se sentou junto a ele no sofá marrom. – Eu amei assim.
- Então está mais que decidido, a gente compra o
apartamento. Vou vender a minha casa e você vai ter que vender os seus móveis.
- Sabe que você que vai ficar encarregado disso também, né? –
Ele assentiu. – Menos um trabalho pra mim.
- Ou eu vou doar tudo. – Deu de ombros. – Não é como se a
gente precisasse de dinheiro.
- Não? – Ergueu uma sobrancelha. – Não sabia que a gente
tinha acertado na loteria.
- Ah, Sophia. – Bufou. – Você não vai meter esse louco, a
essa altura do campeonato.
- Ter uma condição boa não significa que somos milionários. –
Ela ficou de pé. – Você sabe disso.
- Mas temos uma condição muito boa. – Deu de ombros. – Não vão
ser os móveis do seu apartamento que vão deixar a gente mais rico ou mais
pobre.
- A gente nem conversou sobre o preço desse apartamento
aqui, na Barra e ainda por cima de frente pra praia. – Cruzou os braços. – Você
me trouxe aqui pra ver, mas não falou o preço pra saber se eu vou aprovar.
- Não falei porque você não tem que se preocupar com o
preço. – Se levantou também. – Eu vou comprar.
- Você quer pagar a festa, você quer pagar a casa, se deixar
você paga tudo! – Ele achou graça.
- Se eu fosse pão duro eu aposto que estava reclamando. –
Tinha um olhar debochado. – O seu vestido foi você que pagou.
- Porque fui mais rápida que você.
- Eu quero te dar o mundo. – Colocou as mãos no rosto da
mulher. – Eu trabalho pra isso.
- Você é chef, não é como se ganhasse vinte mil por mês. –
Arrancou risadas de Micael. – Nem o seu pai mora de frente pra praia.
- Mas mora aqui na Barra. – Deu de ombros. – Eu falei com
ele antes de pensar em comprar esse apartamento, se é o que está te
preocupando. E, como um bom puxa saco, é logico que ele super apoiou e me deu
permissão pra mexer na nossa conta. Você não precisa fazer drama. É o nosso sonho,
tudo tem que ser perfeito. – Antes que Sophia respondesse, a corretora voltou
para perto dos dois. – Nós vamos ficar com o apartamento.
- Que ótimo, nós podemos então fazer uma reunião com o proprietário
atual, para assinar o contrato e passar a escritura para seu nome. Na ocasião,
o senhor realiza o pagamento.
- Pode ser por cheque? – A simpática corretora balançou a
cabeça com um belo sorriso ao perceber que seria a vista e que sua comissão
seria boa. – Então é só ligar quando já estiver tudo certo. – Apertaram as
mãos.
Micael e Sophia saíram do prédio com um sorriso que não cabia
no rosto deles. Tudo parecia caminhar maravilhosamente bem. Os dois entraram no
carro e ao invés de ir pra casa, Micael decidiu passar na casa de Jorge para
visitar a mãe, que já tinha tempo que não via.
- Que milagre! – Jorge brincou ao abrir a porta. – Pensei que
tinha esquecido o caminho pra cá.
- Mas eu nem cheguei e meu pai já está querendo resposta. –
Ele falou olhando pra noiva.
- Eu não estou querendo nada. – Abraçou o filho, estava bem
humorado. – Como está a minha nora preferida? – Perguntou ao abraçar Sophia.
- Eu estou ótima. – Estava sorridente.
- Vejo que está bem humorado, milagre! – Micael alfinetou. –
Alias, o mau humor é só no trabalho, tinha esquecido disso.
- Ah, não. – Sophia o encarou brava. – Por favor, não. – Ele
ergueu as mãos em rendição. – Obrigada!
- Onde está minha mãe? – Jorge apontou pra sala, logo os
três caminharam pra lá.
- Olha só quem lembrou que tem pais. – Jorge brincou outra
vez. – Seu filho desnaturado, Antônia.
- Como está, mãe? – Analisou o rosto dela e ficou feliz ao
ver que estava aparentemente bem. – Tem um tempo que a gente não se vê.
- Eu estou cada dia melhor. – Balançou a cabeça passando
confiança. – Recebemos a notícia de que meu tratamento está no fim. – Ela parecia
explodir de felicidade. – Meu nódulo praticamente sumiu, eu não precisei nem
operar e muito menos tirar a mama, que era minha preocupação.
- Que boa notícia. – O moreno abraçou a mãe. – Como que você
não me liga pra contar essa novidade incrível?!
- Eu estava tão extasiada. – Micael se sentou no sofá. – Eu vim
pra cá achando que ia morrer e estou praticamente curada.
- Que morrer o quê! – Jorge se manifestou. – Você está na
casa do melhor enfermeiro que existe.
- Eu acho que já passou da hora de eu caçar um rumo, né?! –
Sophia e Micael repararam na hora a careta que se formou no rosto de Jorge. –
Já estou a meses aboletada nesse sofá.
- Para de palhaçada, nunca reclamei de você aqui. – Ele se
intrometeu no papo. – E até onde eu sei, você vai precisar fazer exames periódicos
pra ter certeza que o câncer não voltou. Ai agora vai inventar de morar
sozinha?
Posta maissssss!
ResponderExcluirEu sou o flash HAHAHAHA.
ahahaha Instantanea
Excluirsophia deixa ele que pague aqls KKKKKKKKKK
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