- Eu sei que só pedir desculpas não adianta, mas não sei mais o que fazer. – Ela tinha o semblante triste. – Eu tento fazer as coisas direito e nunca sai como eu espero.
- Você não tenta fazer as coisas direito. – Ele tira os braços cruzados encarando a esposa. – Você tenta fazer as coisas que facilitam a sua vida, porque em algum momento da sua vida a sua mãe deve ter te dito que mentira não é certo.
- Ok, você tem um ponto, eu tento
evitar as brigas.
- Aham, tenta sim. – Debochou. –
Só que você evita as brigas até a página dois.
- Eu já entendi.
- Não, eu quero deixar muito bem
explicado as coisas dessa vez. – Seguia falando. – Se você achar que eu vou
brigar com você por causa de uma coisa, saiba que eu vou brigar cinco vezes
mais quando descobrir a mentira. E eu vou descobrir.
- Você não está entendendo. – Se
aproximou novamente. – Eu não vou arriscar perder você por nada nesse mundo.
Não vai ter mentira nenhuma e eu vou falar com a Beth pra diminuir minhas
campanhas.
- Vai? – Ele voltou a sorrir. –
Sério?
- Eu acho que a gente precisa de
um tempo junto. – Deu vários selinhos nele. – Amo você mais que tudo.
- Eu também amo você, e é isso que
acaba comigo, né? – Suspirou. – Você consegue me enrolar.
- Não estou te enrolando. – Se fez
de ofendida. – Eu estou falando sério. Vamos pra casa? – Ele assentiu. Sophia
passou a mão na mala dele e os dois caminharam para o carro.
Nem Jorge, nem Antônia e nem Anthony
tinham chegado a tempo de encontrar os dois ali. Micael e Sophia conversavam
animadamente dentro do carro no caminho de volta pra casa.
- Será que ainda estão na casa da
Lua? – Micael perguntou a Sophia e a mulher deu de ombros. – Que cara de bunda
é essa?
- Você não vai querer passar lá
agora né? – Ela bufou. – Eles tão demais.
- Ué, uma resenha não é legal? –
Ergueu uma sobrancelha. – Tanto tempo que não rola com nós seis. Isso tudo é
porque eles estavam brigando com você?
- É.
- Mas você estava errada, mereceu
bronca de todos eles. – Bufou. – E quem devia estar com raiva deles era eu,
porque são um bando de mentirosos. Ninguém ia falar nada.
- Eu pedi ué. – Foi a vez dela
achar graça. – A ideia era não terem falado mesmo.
- São meus amigos também, deviam
ter ao menos ter ficado divididos. – Rolou os olhos. – Mas nem isso,
consciência deles não pesa não.
- Pesa sim, porque enchem meu
saco. – Rolou os olhos. – Mas pelo visto a do Douglas pesa mais do que a de
todo mundo. Fofoqueiro.
- Pois é, quem diria né Sophia?!
- Que um dia ele ia se bandear
para o seu lado? Com certeza eu não diria. – Ela riu. – Com toda certeza do
mundo, eu não diria.
- Ninguém né? – Rolou os olhos. –
Mas ele é gente boa. – Sophia arregalou os olhos.
- Ok, eu sei que vocês se
suportavam e que ele foi padrinho do nosso casamento, agora, elogiar ele é algo
que eu nunca pensei que fosse acontecer. O que uma fofoca não faz hein?!
- Eu não elogiei ele ué, eu
comentei um fato. Infelizmente ele é gente boa. – Deu de ombros. – Se fosse
cuzão já estava longe das nossas vidas faz tempo, mas nem pra isso serve.
- Para de charme, você o adora, só
não assume. – Sophia implicou. – E ó, ele também gosta de tu, ficou bem claro
no discurso dele de mais cedo.
- Acho que gostar não é a palavra
certa, Sophia. – Não encarou a mulher. – Você exagera.
- Aham, devo estar exagerando
mesmo. – Continuou implicando. Silêncio demorou alguns segundos enquanto Micael
estacionava o carro atrás do de Douglas, na calçada. – Eles vão zoar a gente
tá.
- E quando é que não estão zoando?
– Ergueu uma sobrancelha. – Eles só fazem isso da vida. – Estendeu a mão pra
Sophia e os dois caminharam para dentro. Dessa vez, porta estava trancada,
estava tarde.
- Eita, não estava esperando vocês
aqui. – Lua tomou um susto ao abrir a porta. Logo saiu da frente e voltou pra
sala. Micael trancou a porta. – Olha gente, quem voltou. – Anunciou.
- Ah, foi mais rápido do que
imaginei. – Arthur debochou. – Micael nutella.
- Nutella? – Ele encarou o amigo.
- Claro, Micael raiz era bem mais
durão. – Fez os amigos gargalharem. – Você foi domesticado, meu amigo.
- Eu falei que ele não ia dar um
pé nela. – Douglas se pronunciou. – Podem pagar! – Abriu a mão e os amigos
colocaram notas de vinte ali.
- Eu não acredito que vocês realmente
apostaram uma coisa dessa! – Sophia estava de pé incrédula, Micael achava graça
do sofá. – Isso não era brincadeira não gente.
- Olha, só queria deixar claro que
eu fui o único que disse que você não ia levar um fora. – Se defendeu rindo. –
Devia ficar feliz.
- E por que é que vocês apostaram
isso? – Olhou para o restante dos amigos.
- Relaxa ai escandalosa, a aposta
era só sobre hoje. – Lua riu. – Depois do que Douglas te falou a gente tinha
certeza que você ia atrás do Micael. Apostamos pra saber se ele ia ou não
perdoar de cara.
- Você acredita numa coisa dessas?
– Ela olhou pra Micael e ele estava rindo. – Quero ir embora.
- Ah, relaxa ai. – Puxou a loira
pro sofá. – Eles estão brincando só, se fosse com algum deles você teria feito
a mesma coisa.
- Não tinha nada.
- Ah, tinha sim. – Lua e Mel
disseram em uníssono e depois caíram na gargalhada.
- Pronto. – Ela cruzou as pernas.
- Sophia é mimada demais. – Lua
rolou os olhos. – Parece até uma criança contrariada. – Seguia rindo. – Para de
palhaçada, foi só uma brincadeira.
- Eu sei. – Respirou fundo. – É
que foi um longo dia, estou mentalmente exausta.
- Ih, verdade. – Arthur falou do
chão. – Você chegou hoje de viagem né? Já tinha até esquecido.
- Cheguei. – Recostou em Micael e
fechou os olhos. – E já aconteceu tanta coisa, parece que esse dia não tem fim.
- Quer ir pra casa mesmo? – Micael
perguntou a esposa. – Eu achei que você estava bem.
- Eu estou bem, a gente pode ficar
um pouco se você quiser. – Ele sorriu. – Depois a gente vai. – Quando Sophia
abriu os olhos novamente encontrou os amigos a encarando. – Que foi gente? –
Micael tinha a testa franzida também sem entender.
tambem quero saber kkkkkk
ResponderExcluirTô curiosa... bônus! Kkk
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