- É o quê? – Micael parecia desnorteado. – Como assim? Você fez o teste hoje de manhã, deu negativo, eu vi. – Balançava a cabeça sem entender.
Tirou o papel dobrado de dentro do bolso e avançou pra entregar a ele. – Lua me convenceu a ir fazer o teste de sangue e ai confirmou. Ela não confiou no de farmácia não.
- Então agora é real? – Tinha os
olhos cheios de lágrimas. – A gente vai ter um bebê? – Sophia balançou a cabeça
positivamente. Ele se aproximou e ergueu a esposa do chão rodopiando pelo curto
espaço. – Eu acho que ainda não consigo acreditar. – Por alguns instantes
parecia que só estavam os dois naquela cozinha.
- Eu fiquei tão eufórica que vim
direto do laboratório pra cá. – Contou empolgada. – Eu não esperava encontrar
essa guerra aqui.
- Isso pouco importa agora. – Não
olhou na direção do pai. – Se você soubesse o quão feliz estou! Quanto tempo
tem?
- Não sei, ainda não sei de nada.
– Deu de ombros. – Tem que marcar médico pra começar o pré-natal.
- Então marca pra amanhã. – Sophia
achou graça da urgência do marido. – Estou falando sério, marca logo pra gente
saber se está tudo bem, você bebeu ontem na festa da Lua.
- Fica tranquilo. – Colocou a mão
no rosto dele. – Vai dar tudo certo. – Os dois se afastaram. – Agora eu vou
indo pra não atrapalhar mais. Juízo vocês dois.
- Você não vai embora sem me dar
um abraço. – Jorge sorriu a Sophia. – Meus parabéns, Soph, você não sabe o
quanto eu fico feliz por vocês.
- Se fica feliz, então pega leve.
– Cochichou no ouvido do sogro. – Até mais, Jorge. – Se afastaram e Micael foi
acompanhar Sophia até a porta, ela tinha pedido um carro pelo aplicativo. – Eu
doida pra dormir e esse carro não chega nunca.
- Eu fico feliz dele demorar um
pouco. – Segurou a esposa pela cintura. – Pra eu poder dar vários beijos em
você.
- Hum, que apaixonado esse meu
marido. – Fechou os olhos aproveitando os beijinhos no pescoço.
- Agora ainda mais. – Se afastou e
colocou a mão sobre a barriga dela. – Com o nosso bebê crescendo cada dia mais.
- Deixa de ser babão. – Soltou uma
risadinha. – Olha, o carro chegou. Até mais tarde!
- Vê se almoça, tem comida na
geladeira. – Ela balançou a cabeça e entrou no carro com destino a sua casa.
Quando chegou foi direto tomar
banho e assim como antes, aproveitou o banho pra conversar com seu bebê. Não
tinha como negar que estava radiante, não conseguia entender o motivo de tanto
medo, agora parecia que tivera sido em outra vida.
Saiu com roupão e os cabelos
molhados direto para o quarto colocar uma roupinha confortável pra ficar em
casa e em seguia pra cozinha procurar o que esquentar pra almoçar. Sentou-se no
sofá pra assistir algo enquanto comia, ouviu o telefone tocar não muito tempo
depois.
- Beth? – Sophia disse surpresa ao
atender a ligação.
- Oi, Sophia. – Ela conseguia
perceber o quão sem graça a mulher estava do outro lado da linha. – Será que
nós podemos conversar?
- E tem alguma coisa pra falar? –
Franziu a testa. – Eu achei que tudo estava resolvido entre nós.
- Por favor. – A loira estava sem
entender muito. – Pode passar aqui?
- Não, eu acabei de vir da rua,
estou exausta hoje. – Colocou o prato sobre a mesinha de centro. – Se você
quiser muito falar e for importante, pode passar aqui, mas eu vou logo avisando
que não vou fazer cerimonia nenhuma pra te botar pra fora se vier falar
besteira de novo.
- Eu só quero conversar. –
Assegurou. – Me passa seu endereço por mensagem que eu já estou indo ai. –
Sophia concordou e logo depois que desligou a ligação, enviou o endereço.
A mulher terminou de comer, foi
até a cozinha lavar a louça e deixar organizada, porque sabia que o marido
surtaria se visse bagunça na cozinha dele ao chegar. Voltou pra sala e ficou
aguardando o interfone tocar e realmente não demorou. Sophia permitiu a subida
da mulher e foi aguardar na porta.
- Olá. – Forçou um sorriso e deu
um beijo no rosto de Beth. – Estou curiosa sobre essa conversa.
- Eu imaginei que estivesse. –
Sentou-se no sofá depois que Sophia apontou. – Eu quero começar essa conversa
pedindo desculpas pelo modo como eu reagi da última vez que você foi a agência.
- E está precisando muito pedir
desculpa depois de tudo o que eu ouvi. – Cruzou os braços. – Mais de três anos
trabalhando como modelo pra você me tratar daquela forma.
- Me desculpa, de verdade. – Por um
instante Sophia sentiu sinceridade. – Eu não quero que a nossa parceria acabe.
Eu posso colocar você em algumas campanhas, catálogos, coisas assim até que
você tenha seu bebê e volte a trabalhar de verdade.
- Beth, eu mudei um pouco o meu
modo de pensar, no momento, enquanto estiver gravida e até depois que nascer o
meu bebê, vou fazer campanhas só aqui no Rio mesmo. Não vou viajar e isso é
certo.
- Tudo bem, você faz isso por
enquanto e ai quando tiver confiança pra deixar o seu filho e fazer viagem, a
gente recomeça.
- E porque você está sendo gentil?
– A olhou desconfiada. – Se bem me lembro não tem espaço pra gestante na sua
agência.
- Ok, eu exagerei, eu fui desnecessária
e grossa. – Suspirou.
- Mas você só percebeu isso quando
alguém quis me contratar e descobriu que eu estava trabalhando com outra
agência e você perdeu o cliente, foi isso? – Debochou. – Olha, Beth, sejamos
sinceras, eu não vou dizer pra você que ok não, vou continuar onde eu estou,
não quero estresse.
- Eu entendo, mas será que você
pode ficar de pensar na minha proposta e depois me dar um retorno.
- Tudo bem, mas eu não garanto
nada. – Beth ficou de pé. – Mas eu te dou a resposta em alguns dias, mesmo que
seja não.
- Tá bem, vou aguardar. – Sorriu. –
Vou indo. – Sophia a acompanhou até a porta e logo voltou a se sentar, tentando
assimilar aquela proposta.
Já mais tarde, Micael chegou em
casa e a mulher estava dormindo no sofá. Ele sorriu e se agachou perto dela,
fez carinho em seu rosto e ela logo acordou. Coçou um pouco os olhos se acostumando
com a luz acesa.
- Ei, por que não foi pra cama? –
Sentou-se ao seu lado. – Já está tarde.
- Eu fiquei esperando você e ai
peguei no sono. – Deu de ombros. – Esse horário é horrível, a gente não almoça
junto, não janta junto. – Fez uma careta.
- Mas em compensação amanhã eu sou
todinho seu. – Se aproximou e lhe deu um beijo. – Como está o nosso bebê.
- Ué, do mesmo jeito. – Sophia deu
risada. – Ele nem mexe ainda, amor.
- Larga de ser besta. – Fez uma
careta. – Marcou o médico?
- Marquei sim. – Balançou a
cabeça. – Duas da tarde.
- Estou ansioso pra conhecer a
Mirella. – Soph negou. – O que foi?
- Você está com esse negócio de
Mirella na cabeça, vai vir o menino ai e você vai se decepcionar.
- Nasci pra ser pai de menina. –
Soph ergueu uma sobrancelha. – Quero ouvir ela dizendo “te amo, papai” e não “valeu,
coroa”. – A loira soltou uma gargalhada. – Eu estou falando sério.
- Ah, meu amor. – Não conseguia
falar devido as risadas. – Eu espero muito que venha menino pra que eu possa
ensinar ele a falar “valeu coroa” já com dois anos, se for menina vou ensinar
também.
- Você está muito engraçadinha. –
Ele colocou o cabelo dela pra trás e deu um beijinho no ombro da esposa. –
Gostosa pra caralho. – Disse ao seu ouvido. – Amo você. – Sophia se virou e
iniciou um beijo quente, mas logo Micael se afastou. – Preciso de um banho.
- Vai me deixar aqui assim? – O olhou
com raiva. – Eu estou grávida, a libido aumenta muito no começo da gravidez.
- Não aguenta esperar um banho? –
Deu um sorriso de lado enquanto Sophia negava com a cabeça. – Então vem tomar
banho comigo... – Estendeu a mão e ela veio pra perto, segurou a mulher no colo
e os dois foram pra suíte aos beijos.
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Os planos para capítulos no natal foram alterados, capitulo hoje porem 25, 26 e 27 não estarei com o notebook pra conseguir atualizar. Ou seja, só segunda mores. Agora é oficial, Feliz Natal pra todos vocês!!
ai que lindo!!!! 😍😍
ResponderExcluirate segunda entao 😃