Reviravolta - Capitulo 110 Bônus

- Não amor, eu estava brincando. - Pareceu nervoso.
- Toda brincadeira tem um fundo de verdade, você tava falando sério! - Disse brava, abaixei e peguei a toalha do chão.

- Sophia, sem drama. - Veio me abraçar mas eu não deixei.
- Nem se você tivesse 100 quilos eu ia deixar você. - Tentou se explicar.
- Quem falou em deixar? Você tá pensando em me deixar? Mas a gente acabou de casar, se eu tô assim, a culpa é sua muito provavelmente. - Falei rápido demais.
- Sophia, pelo amor de Deus, o que está acontecendo com você? Eu só fiz uma brincadeira! - Ele levantou as mãos e falou um pouco alto.
- Não grita comigo. - Meus olhos encheram de lagrimas. Ele segurou me meus ombros e me sacudiu.
- Sophia! Eu amo você, o que aconteceu? Isso é TPM é? - Pareceu preocupado. - Por que seria culpa minha se você engordou?
- Não estou de TPM, são os hormônios. - Ele estava nitidamente confuso, largou meus ombros e passou as mãos no cabelo.
- Não estou entendendo Sophia! - Então eu explodi.
- Acho que estou gravida! - Comecei a chorar e sentei no chão, quando olhei pra ele, estava parado, sorrindo.
- E porque não faz o teste de uma vez? - Se abaixou e ficou me olhando.
- Acabamos de casar, não era pra vim agora. - Falei ainda chorando.
- Tecnicamente veio antes da gente casar! - Ele riu - Para de chorar Sophia, é nosso bebê!
- Micael, a Alycia só tem cinco anos, e o João tem 13. - Falei o trazendo pra realidade.
- Temos dois filhos, nenhum dos dois eu pude acompanhar o crescimento. Não pude ver sua barriga ficando grande quando estava gravida de Alycia, não estava lá quando descobriu o sexo do bebê, ou quando decidiu o nome. Quando ela nasceu, não pude estar ao seu lado, primeiro dentinho, passos, quando falou papai pela primeira vez. Quero acompanhar tudo isso, Sophia. - Ele terminou de falar e agora eu estava chorando, mas de emoção. Ele é a melhor pessoa que eu pude arrumar pra mim.
- Eu amo você sabia? - Falei entre lagrimas e o abracei.
- Não mais que eu branquinha. - Beijou delicadamente meu pescoço.
- Agora, se estamos realmente grávidos tem mais de um mês, já era pra ter começado o nosso pré natal. - ele falou e me fez rir.
- Estamos grávidos? - Gargalhei.
- Sim ué, nosso bebê. - Colocou a mão na minha barriga e me fez sorrir.
- Eu sempre quis que você estivesse por perto quando eu descobri a Alycia. - O abracei de novo rápido. Meus hormônios estavam pra me deixar louca. - Saber como reagiria, já que nem nos conhecíamos direito.
- Foi tão rápido, mas tão intenso o que tivemos. Logico que eu ia adorar! - Ele falou sorrindo. Nós dois ainda ali no chão.
- Você mandou eu tomar a pilula, sempre pensei que reagiria mal. - Dei de ombros.
- Eu não tinha nada. Não consigo pensar em como reagiria a principio. - Falou e eu sorri.
- Você ia me matar. - Gargalhei.
- Talvez sim! - Ele concordou rindo. - Ia te chamar de irresponsável, porque eu tenho certeza que você não tomou de proposito.
- Eu estava indo pra longe, eu gostava de você, e tinha a chance de ter um pouco de você comigo. - Dei de ombros.
-Você é louca mulher, só sabia que eu não era algo bom, como teve coragem? - Parecia indignado
- Você sempre foi um cara bom, só não tinha oportunidade. - Dei um selinho.
- Vamos levantar desse chão, tomar café e ficar agarradinhos o dia todo! - Ele falou se levantando e me puxando com ele.
- Não vai querer ir ao médico? - Falei feliz, odiava medico.
- Hoje não, nosso primeiro dia de casados. - Me puxou e me prendeu num abraço. - Hoje você escapa.
- Que ótimo! - Sorri feliz. - Viu Alycia e João?
- Sim, Alycia já disse estar com saudade. Vocês são muito grudadas - Ele riu. - E João te mandou um beijo.
- Ai, já quero ver. - Então me ocorreu que eu não tinha visto a casa. - Falando em ver, já viu a casa?
- Sim, quando acordei, sua mãe decorou um quarto para o bebê. - Ele sorriu.
- Mãe sente as coisas. - Eu falei sorrindo também. - Vamos ver? - Falei e ia andando na direção da escada, mas ele me puxou.
- Primeiro vamos tomar café. Precisamos alimentar nosso bebê. - Falou sorrindo pra minha barriga.
- Você sabe que eu não tenho certeza se estou ou não né? - Ele estava confiante demais.
- Você não está, eu estamos! - Me deu um selinho e então fomos arrumar nosso café.
- Ah, nunca mais me chame de gorda!

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