Inevitável - Capitulo 56

Micael narrando.

Uma semana e nada da Sophia aparecer, eu já estava desesperado e louco por noticias. Liguei pra casa da mãe dela, mas a mesma disse que Sophia não tinha ido pra lá e eu não tinha a menor ideia de onde procurar. Com aperto no peito eu comecei a procurar em hospitais e delegacias, com vontade de achar, mas com medo de alguma coisa ter acontecido. A mãe dela disse que ia fazer o mesmo. Eu tinha proibido a entrada da Luiza na minha casa, já tinha causado muita confusão na minha vida e eu tinha certeza que Sophia não me perdoaria se eu ficasse com ela de verdade.


- Micael, deixa eu entrar. - Luiza estava na minha porta.
- Já disse que não, ninguém mandou chegar antes, agora espera ai do lado de fora. - Disse frio e ela rolou os olhos.
- Sabe que eu não mordo né? - Ela sorriu debochada. - A menos que queira.
- Não quero nada de você Luiza. - Virei as costas e ela me seguiu entrando.
- Não sabe nem brincar. - Ela riu. - Sophia já te largou meu amor.
- Sophia tá por ai com raiva, mas ela vai voltar. - Ela já estava me irritando.
- Quando foi a minha vez foi fácil acreditar que eu tinha morrido. - Rolou os olhos e eu bufei.
- Fizeram um enterro pra você. - Dei de ombros. - E mesmo assim, só fiquei com ela depois de muito tempo.
- Ah, claro Micael. - Passou as mãos pelo cabelo e eu dei de ombros de novo.
- Acredita no que você quiser. - Ela então me encarou.
- Nós eramos felizes, nós nos amávamos, por que você não quer voltar comigo? Qual o problema?
- Você não é a mesma e nem eu sou o mesmo. - Vi seu sorriso vacilar. - A Luiza que eu amei, jamais faria o que você fez, jamais trataria a irmã do jeito que você trata.
- A Luiza que você amou, tinha você. Eu não tenho.
- Você nunca vai superar isso? - Perguntei e ela negou com a cabeça. - Você precisa se apaixonar.
- Eu preciso de você. - Avançou e me beijou.

Sophia narrando.

Eu não queria fazer nada e nem ver ninguém, mal comia. Era como da outra vez, só que pior, mil vezes pior. Eu odiava descer e olhar na cara da Luiza a felicidade que ela tinha por estar com meu Micael, ou ver minha mãe contente por ela. Eu odeio essa casa.
Meu celular ainda estava na casa de Micael e eu com certeza não iria buscar, também não fazia muita diferença, já que eu queria ignorar todo mundo.
Mas naquele dia eu resolvi reagir. já era noite e eu desci pra ver televisão na sala. Ficar no quarto estava me matando, graças a Deus não tinha ninguém ali, até infelizmente minha mãe aparecer.

- Filha, bom te ver aqui! - Ela sorriu e veio se sentar ao meu lado. Eu forcei um sorriso.
- É?
- É ué, você é minha filha também. - Me deu um abraço estranho.
- Você tá estranha, mãe. - Desconfiei e ela negou com a cabeça.
- Só acho que você não merece passar a vida toda dentro de um  quarto.
- Hum, tá né. - Voltei a prestar atenção no filme que passava.

Ela não disse mais nada e eu claro que não fazia a menor questão de conversar. Ela tinha aquele jeito irritante, mas no fundo, bem no fundo se importava comigo. Só não demonstrava, pelo menos eu acho, sei lá. Mas tarde, bem mais tarde, minha mãe já tinha saído quando eu ouvi a porta abrir e respirei fundo. Luiza chegou perto de mim com o maior sorriso que tinha.

- Que cara é essa de idiota? - Eu disse sem desviar os olhos da televisão.
- Ah, maninha, você não vai querer saber. - Eu sentia que ela não tirava os olhos de mim, isso estava me incomodando.
- Tem razão, não quero mesmo. - Dei de ombros e ela riu.
- Acho que nós tínhamos que voltar a ser amigas. - Ela falou depois de um tempo em silencio e eu a olhei.
- Uhum, pra você ficar me contando tudo que acontece no seu romance com Micael, como da outra vez? Dispenso.
- Sem falar no Micael. - Levantou as mãos num gesto de paz. - Sophia, você é minha irmã, eu amo você.
- Desculpa, é que não parece. - Debochei e ela finalmente fechou o sorriso irritante.
- Eu não tenho culpa de nada que está acontecendo. Meu amor pelo Micael sempre foi muito forte. - Ela estava me dando náuseas.
- Luiza, você já conseguiu o que queria, não precisa me explicar nada. - Tentei aumentar a televisão.
- Tudo bem, Soph, se você acha que assim é melhor. - Se levantou
- Eu não acho nada! - Rebati. - Da próxima vez que for encontrar o seu amor, pode por favor trazer meu celular?
- Claro que sim. - Respondeu e saiu da sala, me deixando ali sozinha.

5 comentários:

  1. Sophia não merece uma família dessas, mas também precisa abrir o olho pra naja que ela tem em casa

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  2. Que droga de mãe. Náuseas? Prevejo baby

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  3. ah nao :( to sofrendo pela soph ela nao pode ficar assim

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  4. Que ridículas a mãe e a irmã dela 😡 Continua por favor ☺

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  5. Muita emoção nessa web kkkskks mas por favor não demora p juntar eles não suporto essa Luiza se achando a tal.

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