Inevitável - Capitulo 110

Nós mobiliamos a casa toda e depois de um longo mês, finalmente estávamos de mudança pra nossa casa. As malas já estavam prontas e todo mundo estava ajudando a gente levar para o carro. O berço da nossa filha e a nossa cama já estavam na casa nova, então só tinha sobrado roupas pra levar.



- Ain, vou sentir tantas saudades de vocês. - Luiza disse e me abraçou meio de lado por causa de Emily.
- Nós também. - Eu sorri simpática, mas no fundo estava dando graças a Deus de sair dessa casa, não por causa deles, e sim por causa de toda confusão que já me aconteceu aqui.
- Ai eu não acredito que meu filho está indo embora de casa tão jovem. - Jorge apareceu com a ultima mala rindo. - Você é um monstro, Sophia. - Eu ri.
- Desculpa, Jorge. - Ele também riu.
- Vamos parar né pai. - Micael disse do outro lado do carro.
- Filho, se essa mulher for má com você, pode me falar que eu resolvo. - Ele debochou e eu prendi o riso.
- Ela não vai ser má. - Ele sorriu pra mim.
- Ué, vai que ela quer exigir muito de você. - Então eu e todo mundo caímos na gargalhada.
- Ah, tá legal né, chega de se divertir as minhas custas. - Ele veio pra perto e abraçou o pai. - Obrigada por tudo pai.
- De nada filho, sabe que se precisar pode procurar. - Achei fofo a despedida deles, já que eles não demonstravam muito amor. Eu dei um beijo rápido em Marlon e em Jorge e entrei no carro, já estava cansada, Emily estava pesando demais.
- Tchau mano - Ouvi Micael dizer a Marlon, eu estava sentada no bando da frente com as pernas pra fora ainda.
- Nada de sumir hein, vacilão! - Ele deu um tapa nas costas de Micael que sorriu e foi se despedir da Luiza. Eles se abraçaram e não vou negar que aquilo me incomodou um pouco, não sou de ferro.
- É sério, nada de sumir com meu filho, Micael! - Ela falou quando se separaram do abraço e com voz de brava. - O aniversario dele está chegando.
- Ei, eu deixei o endereço, é só aparecer. - Então ele sorriu - Nunca na minha vida pensei que diria isso. - Ele falou baixinho e riu consigo.
- Por que você está rindo? - Ela perguntou desconfiada. - Eu vou, não vou mais ficar longe do Felipe e nem da minha sobrinha linda! - Falou sorrindo pra minha bebê.
- Tudo bem, é só que eu tenho uma boa lembrança do primeiro aniversario do Felipe! - Ele olhou pra mim e seu sorriso se ampliou ainda mais, e então eu lembrei da nossa primeira noite pós festa do Felipe.
- E que boa lembrança é essa? - Ela perguntou com uma expressão estranha e ele negou com a cabeça.
- Nada demais. Só que foi a primeira noite em que fiquei com a Sophia. - Me mandou um beijo no ar e eu sorri.
- No aniversario do Felipe? - Ergueu uma sobrancelha. - Eu morri e Felipe tinha oito meses... E aquela historia do resistiu pra caramba e blá blá blá.
- Jura? - Marlon interferiu. Eu estava rindo, realmente era engraçada a reação dela e o Micael parecia estar quase rindo também.
- Ué, só foi uma pergunta. - Ela deu de ombros.
- Sophia, o que eu fiz depois daquele dia? - Ele me olhou e seus olhos eram de diversão.
- Começou com toda baboseira de isso ser errado, tentou tirar o Felipe de mim e ficou um chato. - Eu gargalhei e ele também.
- Viu, eu resisti até onde deu, mas você está por ai com outro. - A diversão sumiu de seu rosto.
- Ei, relaxa. - Ela levantou as mãos. - Eu só queria entender já que a coisa que você mais jogou na minha cara foi que ficou um tempão sofrendo e blá blá blá.
- Filha, eu queria muito que fosse invenção minha, mas infelizmente não foi. - Ele então se virou para o pai e viu Felipe que estava abraçado com Jorge. - Vamos filho? - Jorge o colocou no chão e ele foi correndo dar um ultimo abraço em Luiza e depois entrou no banco de trás. Tínhamos a cadeirinha da Emily e o assento dele. Eu levantei e fui colocar minha filha lá e dei um ultimo sorriso pra eles antes de realmente entrar no carro e Micael dar a partida.
- Agora é vida nova? - Perguntei e ele segurou minha mão com um sorriso.
- Claro, agora é vida nova. - Deu um beijo na minha mão.

A casa nova ficava umas meia hora de distancia da casa de Jorge e da minha mãe, parecia o centro das duas, o que era bom pra eles que poderia sempre nos visitar. Chegamos até rápido demais e eu soltei Felipe que foi como um homem tentar ajudar o pai a pegar as malas e tirei Emily do carro. Olhei e Felipe estava carregando uma mochilinha com algumas de suas roupas e eu ri.
Abri a porta da casa e sorri mais uma vez ao entrar, era difícil acreditar que agora tínhamos a nossa casa.

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