Inevitável - Capitulo 112

- O que foi? - Sophia perguntou assim que eu cheguei. - Não me da uma noticia ruim
- O nome do Felipe continua sendo Borges e a guarda dele ainda é minha. - Ela suspirou aliviada.
- Então por que está com essa cara? - Se aproximou e colocou as mãos no meu rosto.

- Juiz decretou que o Lucas pode vir aqui finais de semana. - Ela suspirou. - E adivinha? Ele já tava me provocando com você.
- Não sou a Luiza, Micael. - Ela cruzou os braços e me olhou séria.
- Eu sei, mas é um motivo pra eu quebrar a cara daquele imbecil. - Ela se aproximou e me abraçou.
- Não vai bater nele. Se ele recorrer e provar que você bateu nele enquanto estava aqui eu não quero nem pensar no que vai acontecer.
- Eu sei disso, mas ele é um pé no saco. - Eu a beijei.
- Disso todos nós sabemos. - Ela deu de ombros depois que encerrou o beijo.
- Onde estão as crianças? - A casa estava muito silenciosa.
- Acredita que dormindo? - Ela riu.
- Sério, Felipe tá dormindo a tarde?
- Pois é, ele ficou brincando com o nosso vizinho, ai chamei pra almoçar, ele tomou banho e capotou na cama.
- Ah, crianças fazem amizade tão rapido. - Eu ri.- Mas isso quer dizer que a casa é toda nossa?
- Hum, o que está planejando? - Eu ergui uma sobrancelha.
- Uma coisa que com toda certeza você vai adorar. - Então eu a puxei para cima e nós fomos saciar nossa vontade insaciavel um do outro.

- Micael, deixa eu levantar. Emily tá chorando. - Seu braço pesado me prendia a cama, ainda nua.
- Ai, tá tão bom aqui. - Ele disse ainda de olhos fechados e eu ri.
- Eu sei, mas seu bebê precisa mamar. - Ele abriu os olhos e sorriu.
- Ai, como eu amo crianças em todas as horas. - Se levantou e foi se vestir junto comigo. Eu olhei a hora no celular e já era mais de cinco da tarde. Ficamos muito tempo na cama, não me admira o escandalo que Emily está fazendo. Fui até o quartinho da minha bebê e a peguei do berço.
- Bebê da mamãe tá com fome é? - Disse fazendo a voz fininha. - Que princesa mais linda da mamãe. - Eu tirei o peito pra fora e ela abocanhou com força e rapidez. Minha filha era a bebê mais linda que eu já tinha visto e eu conseguia me apaixonar por ela cada dia mais. - Como que essa princesa consegue ser tão linda hein? - Eu acariciei seu rosto enquando ela me sugava. - Não existe nada na vida que eu não faça pra te proteger, meu amor.
- Amor, quer lanchar? - Micael apareceu na porta do quarto e eu assenti. - Então vem, antes que o fominha do Felipe coma tudo.
- Ei, eu não vou comer tudo. - Ouvi a voz fininha de Felipe e vi Micael rir.
- Corre Sophia. - Ele implicava com o filho. Tem homens que simplesmente nasceram pra serem pais. Eu levantei e fui com a minha filha que ainda mamava pra cozinha.
- Olha, tu fez isso tudo em tão pouco tempo? - Olhava pra mesa da cozinha que tinha café, eu ri.
- Ué, falta mais o quê? - Me olhou sem entender.
- Falta você pegar leite na geladeira, pegar queijo, pegar presunto, o nescau do Felipe, o pão. Sua ideia de lanche da tarde é beber café puro? - Eu ri.
- Ah, eu não sou dona de casa, mulher. - Ele reclamou pegando as coisas. A nossa campainha tocou e eu fui atender. Eram Luiza e Marlon.
- Olá! - Eu sorri.
- Ain, minha princesa tá tão gulosa. - Fez carinho na cabecinha da Emily.
-  Ei, tem que falar com a mãe primeiro. - Fiz cara feia e ela riu.
- Tá vendo amor, a irmã ciumenta que eu tenho? - Ela olhou pra Marlon que assentiu.
- Ciumenta demais, ela não entende que depois que se tem filho ninguém mais quer saber dos pais. - Marlon falou rindo.
- Ah, isso é porque você tem cinco filhos né? - Respondi falsamente brava.
- Isso é porque meu irmão tem dois e eu nunca mais quis saber dele. - Ele caiu na gargalhada e eu dei passagem para entrarem.
- Chegaram na hora boa, Micael está fazendo o lanche. - Eu disse orgulhosa e Luiza me olhou surpresa.
- Você transformou o Micael em um bicho domestico hein. - Ela caiu na gargalhada.
- Ué, tem um serzinho me chupando aqui né irmã. Fica difícil. - Nós andamos até a cozinha e a reação de Micael ao ver Luiza foi surpreendente então eu soube que alguma coisa tinha acontecido entre eles hoje.
- O que vocês estão fazendo aqui? - A pergunta foi claramente direcionada a Luiza, eu fiquei muda.
- Meu filho mora aqui. - Ela sorriu pra Felipe que foi abraça-la. - Como você está amor?
- Com fome, meu papai demora muito pra arrumar as coisas, a tia Soph faz mais rápido. - Eu ri.
- A moleque, vai ficar sem comer por causa disso ai. - Ela falou brincando, mas eu via a irritação em seu olhar.
- Não, papai. - Voltou pra abraçar Micael. - Eu amo você. - E nós caímos na gargalhada.
- Vem gente, vamos comer. - Eu falei quebrando o silencio e nós nos sentamos a mesa. Tentamos manter um papo descontraído, mas era quase impossível.
- Posso ir brincar com Vinicius? - Felipe perguntou ao terminar seu copo de nescau.
- Volta antes das sete. - Eu disse e ele assentiu. Saiu correndo e eu olhei pra minha filha que estava quietinha no carrinho. - Será que podem me explicar o que aconteceu com vocês? - Perguntei assim que constatei que Felipe tinha saído da casa.

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