Inevitável - Capitulo 109

- Eu simplesmente amei essa casa. - Disse olhando com detalhe todos os cômodos. A casa tinha dois andares, tês quartos e um banheiro na parte de cima; Sala, cozinha, sala de jantar e outro banheiro embaixo. Alem de uma varanda linda e um quintal imenso. Parecia muito fora da nossa realidade.
- Então vamos comprar! - Micael sorriu pra mim e eu vi seus olhos brilharem.

- Amor, nós podemos comprar essa casa? - Ele fechou o sorriso por um momento. - Qualquer coisa podemos ver uma menor.
- Não se importe com isso! - Me deu um beijo na testa.
- Claro que me importo, não quero que você se aperte por uma coisa desnecessária.
- O seu bem estar e o das crianças, não é uma coisa desnecessária. - Fechou a cara e eu suspirei.
- Eu te amo. - Eu senti sua expressão se aliviar. Então ele chamou o corretor e fechou o negocio.
Depois de um monte de papeladas assinadas e um sorriso que não saia de seu rosto, nós fomos embora pra casa, já que levamos o dia todo, aquela foi a quarta casa que visitamos hoje.
- Titia! - Eu senti os braços de Felipe me envolvendo e sorri. - Demorou um tantão.
- É meu amor, demoramos mesmo. Tia já estava com saudade de você. - Me abaixei e o peguei no colo.
- Eu também estava! - Colocou os braços envolta do meu pescoço em apertou mais uma vez.
- O que a sua mãe fez com você? - Eu disse alto enquanto entravamos. Luiza me olhou com olhos arregalados.
- Nada, nós brincamos o dia todo, mesmo assim senti sua falta. - Continuava agarrado a mim.
- E só existe titia é? - A voz grave de Micael surgiu por trás de mim.
- Não papai, também estava com saudade do senhor! - O coloquei no chão e ele foi dar um abraço no Micael. Eu fui até Luiza pegar a minha filha.
- Oi, coisa linda da mamãe, tava com saudade também é? - Ela sorriu, o sorriso banguela mais lindo que eu já tinha visto. Eu dei um cheiro nela. - Gostosa.
- Como você consegue? - Luiza estava com cara de cansada quando praticamente se jogou no sofá.
- Consigo o quê? - Me sentei ao seu lado.
- Cuidar dos dois o dia todo e continuar linda. - E então nós caímos na gargalhada. - Eu tô um trapo.
- Que exagero. - Disse ainda rindo. - Depois que tiver seu filho, vai entender. - Então eu arregalei os olhos me tocando do que tinha falado. - Desculpe, não quis dizer que o Felipe...
- Tudo bem, Sophia. - Ela sorriu, me interrompendo. - Não sou idiota, sei que até pro meu filho você é mais mãe dele do que eu.
- Não fica triste com isso, ele ama você também. - Tentei amenizar.
- Você já viu ele correr pra porta assim quando eu chego? - Sua voz era triste. - Mas eu fico feliz que ele te ame tanto quanto você o ama.
- É que eu sou a referencia dele né, você infelizmente fez a burrada de sumir. - Minha voz agora assumiu um tom grave, de bronca.
- É incrível como ele não tem nem o seu sangue e nem o de Micael, mas vocês conseguem criar o menino muito melhor do que eu ou aquele idiota. - Ela deu de ombros. - O que foi que eu fiz com a minha vida? - Ela deixou uma lagrima escorre enquanto olhava pra Micael que brincava com Felipe um pouco distante de nós.
- Fez besteira. - Dei de ombros. - Pra variar.
- Não me leve a mal, hoje em dia eu jamais tentaria nada com ele de novo. - Eu bufei. - Mas se pudesse voltar atrás e dizer não a primeira vez pra Lucas, diria.
- Claro, você fez uma confusão na vida de todo mundo né. - Ela assentiu. - Se sentir culpada não vai mudar nada, já passou. Agora é fazer certo com o Marlon.
- Estou tentando. - Ela sorriu. - Estamos muito bem agora que eu não tenho mais nada pra esconder.
- Que bom, então vai tomar um banho e melhorar essa cara porque daqui a pouco seu namorado chega.
- Tem razão. - Me deu um beijo na bochecha. - Obrigada por tudo, Soph. - E saiu pra algum lugar. Eu levantei e fui colocar minha filha no berço, eu também precisava descansar.
- Sabe que é bizarro ver a aproximação de vocês? - Ouvi a voz de Micael no meu ouvido e senti suas mãos envolverem minha cintura, assim que deixei nossa filha no berço.
- As vezes eu fico com medo. - Dei de ombros e ele depositou um beijo no meu pescoço que me arrepiou toda.
- Ela parece um pouco mais com a Luiza que conheci agora. - Eu me virei.
- Hum, isso tá te fazendo querer um flashback? - Peguntei olhando em seus olhos e ele fez uma careta.
- Você já viu a minha mulher? - Eu sorri.
- Não, como ela é?! - Entrei na brincadeira.
- Ela é maravilhosa, tem o corpo perfeito e a personalidade melhor ainda. É a esposa que eu sempre quis. Como vou querer outra? - Eu sorri.
- Te amo, seu bobo! - Eu então estiquei os pés e o beijei...

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