Amor Demais - Capitulo 112

Isabella era a criança mais mimada e amada por todos, menos a mãe. Micael que sempre foi o mais durão de todos, começou a ser o mais molenga quando se tratava da neta. Ele fazia todos os desejos da pequena Isa e não escondia de ninguém, seu amor pela garotinha.

Laura, que era a pessoa que mais devia amar a pequena, não o fazia. Ela não tinha paciência alguma com a criança, desde bebê, até agora, com três anos. A adolescente se sentia presa por causa da criança e obviamente ela estava. Depois que seu namoro com o pai da Isa terminou, ela começou a ficar mais revoltada e a dar menos atenção a linda menininha gordinha de cachinhos dourados.
Até que um dia, ela simplesmente não voltou da escola.
Sophia estava com a Isa e Eric se arrumava pra quando a van passasse. Era o horário que ela chegava, mas dessa vez, não aconteceu. Sophia tentou ligar algumas vezes pra filha, mas ela não atendia.
A noite caiu e com ela a preocupação de Sophia só aumentava. As cinco Micael tinha chegado e não deu muita ideia pra preocupação de Sophia. Ás seis, Eric voltou da escola e nada da Laura. O celular da menina agora dado como desligado.

- Micael, não é possível que você não está preocupado com a sua filha. - Sophia falou com raiva ao marido q tava brincando com a neta.
- Sophia, Laura já fez dezoito anos, deve estar por ai se esfregando com algum moleque. - Disse sem se importar.
- Micael, estamos falando da nossa filha. - Estava indignada. - Eu sei que você não a perdoou direito desde que ela engravidou, mas você não pode não se importar.
- Olha só, Sophia. - Respirou fundo. - Laura engravidou aos quatorze anos de um garoto que nem pau devia ter direito. Ela teve o bebê e nós sempre fomos mais pais pra Isa do que ela e aquele idiota. Você sabe muito bem que ela não da nem ideia pra filha.
- Também não é assim! - Defendeu a filha.
- Não é assim? - Bufou - Você sabe que é exatamente assim. Ela deve estar por ai com alguém e mais uma vez cagando pra filha dela.

Sophia desistiu de falar com o marido e saiu de perto. Tentou ligar novamente, mas apenas deu caixa de mensagem, como todas as vezes anteriores.
Foi até o quarto da filha e pra sua surpresa, tinha um bilhete na cama, foi até lá, se sentou e com lagrimas nos olhos começou a ler, temendo o motivo.

"Mãe, me desculpe por fazer desse jeito, mas eu não aguentava mais. Essa vida que eu tava levando não é pra mim. Eu agradeço muito a você e ao meu pai por tudo que fizeram por mim e por tudo que vão fazer pela Isabella, mas eu não posso continuar assim. Eu tenho que mudar, eu tenho que ir atras do que eu quero. Eu tenho que tentar ser feliz e tenho certeza que a minha felicidade não esta trancada no quarto pra cuidar de uma criança a tarde e noite e ir pra escola de manhã. Realmente me desculpe, mas teve que ser desse jeito. Eu mando noticias assim que possível. Amo vocês."

Ela terminou de ler aquele bilhete e releu outras mil vezes, não estava acreditando que aquilo era realmente possível. Laura tinha abandonado, fugido de casa assim, como se eles, como se a Isabella não significasse nada. Secou algumas lagrimas e voltou até Micael com o papel na mão.

- Amor, vem cá por favor?! - Fungou, mas tentou disfarçar na frente da neta.
- Ainda sobre a Laura? Realmente não quero saber. - Nem olhou na direção da esposa.
- Por favor. - Ela pediu e ele suspirou, deixando Isabella ali sozinha no chão, com seus brinquedos de montar. Eles se afastaram.
- Para de chorar amor, daqui a pouco a Laura aparece.
- Ela não vai aparecer, Micael. - Ele a olhou desconfiado.
- Como assim? - Ela apenas entregou o bilhete.
- Encontrei isso na cama dela. - Ele abriu e fez uma expressão de raiva para cada palavra que lia.
- Eu não acredito que aquela irresponsável simplesmente decidiu abandonar a filha dela. - Disse alto e com raiva.
- Calma, Micael. - Sophia colocou a mão no ombro do marido.
- Calma? A sua filha é mais irresponsável do que eu imaginei. Ela pode não ter paciência pra garota, mas a menina ama ela, ela não pode simplesmente sumir.
- Eu sei, mas ela tava se sentindo pressionada. - Sophia ainda defendia.
- Eu não acredito que você tá defendo, Sophia. - Disse indignada. - Se ela não queria a vida de cuidar de uma criança a tarde e a noite, ela não deveria ter engravidado tão nova. Dai ela ia poder curtir a vida dela como qualquer adolescente normal.
- Eu concordo com você, só acho que não temos que ser tão duros.
- Você tá defendendo porque você fez a mesma coisa. - Ele me acusou. - É por isso que você tá defendendo.
- Micael eu não fiz nada disso. - Rebateu.
- Fez, deve ta no sangue isso, porque não é possível. - Falou e saiu de perto, indo de volta pra perto da neta.

4 comentários: