Amor Demais - Capítulo 113

- Eu simplesmente não acredito que você me falou isso. - Ela disse já com lagrimas nos olhos. - Eu não acredito que depois de tantos anos você ainda se refere a mim como a mulher que abandonou a filha.

- Mas não foi o que você fez? - Debochou - Que eu me lembre foi.
- Claro que não. - Disse já espumando de olho. - Eu me despedi da Laura, eu disse que a amava, eu disse que ligaria, eu disse que voltaria. Laura simplesmente desapareceu sem nem falar com a garota, você tá comparando comigo mesmo? - Ela terminou a frase gritando. - Você não tem esse direito, por mais que esteja com raiva, descontar em mim não é a solução. - Precisou respirar rápido algumas vezes por que o ar lhe faltava.
- E qual é a solução? Cagar pra Laura e criar a Isabella até a mãe desnaturada dela voltar e querer a menina? É isso que você tá sugerindo?
- Ué? A gente tem que opção? - Perguntou Sophia o encarando. - Entregar a menina pro pai? Ou pros avós? É o que você quer?
- Claro que não, eles são uns idiotas.
- Então essa é a unica opção que nós temos.
- Não é tão simples, você acha que o Matheus não vai querer a menina assim que souber que a idiota da Laura sumiu? - Ele disse com mais raiva. - Ele é pai, consegue isso rápido.
- Você acha que ele vai querer perder a liberdade dele pra implicar com a gente? Claro que não Micael. Ele é jovem, quer sair a noite, ficar com mulheres, não cuidar de uma criança de três anos.
- Pode ser que sim, vamos pelo menos esperar que seja. - Pareceu um pouco mais calmo depois da explicação plausível de Sophia.
- E quanto a Laura? - Seus olhos eram tão preocupados. - Não devíamos fazer alguma coisa? Tipo chamar a policia.
- Sophia, Laura não foi sequestrada. - Rolou os olhos.
- Mas é nossa unica filha.
- Que foi embora porque quis. Ela não quer ser encontrada.
- Você não pode ser tão frio assim! - Negou com a cabeça.
- Sophia, eu sempre amei e mimei muito aquela garota, ela cresceu e completou a maior idade, ela decide a vida dela. - Deu de ombros. - Eu só espero que quando ela quebrar a cara e resolver voltar, não ache que será aceita de novo nessa casa. - Disse voltando a ficar com raiva de novo.
- Como assim? Vai deixar sua filha morar embaixo da ponte?
- Ela quis sair, não quis? - Virou as costas e voltou pra perto da neta. Sophia apenas negou com a cabeça deixando ele ali com a Isa. Passou pelo quarto do filho que estava dormindo já e então foi pro de Laura e deitou na cama, onde acabou adormecendo.
- Sophia, Sophia... - Micael a sacudiu de leve. - Amor... - Ela lentamente abriu os olhos e encarou o marido.
- O que você quer? - Perguntou com grosseria.
- Eita, precisa de patada?
- Precisa, se é assim que você fala comigo, é assim que vou falar com você.
- Eu não falo assim com você. – Fez cara de inocente, Sophia apenas rolou os olhos.
- Não faz? Você não faz? – Disse relembrando a conversa de mais cedo. – O que você quer aqui Micael?
- Vim te chamar pra cama, você não vai ficar passando a noite aqui né? – Ele parecia outra pessoa desde o estresse de mais cedo.
- Vou ficar aqui até a chateação que eu estou sentindo passar. – Virou pro outro lado sem dar chance que ele respondesse.
- Sophia, eu não fiz nada demais. Laura quis sair, ela não vai voltar assim tão fácil.
- Sua opnião, mas essa casa é tanto minha como sua. – Disse ainda de costas. – E estou chateada com o fato de você ter mais uma vez jogado na minha cara que eu fui embora. Já tem mais de quinze anos, você não consegue perder essa mania.
- Amor... – Ele começou, mas foi interrompido.
- Não me chame de amor, pelo amor de Deus. – Se cobriu por inteiro. – Sai desse quarto, Micael.
Ele levantou e saiu sem dizer mais nada, sabia que estava errado, sabia que mais uma vez tinha falado besteira e não sabia como reparar. Voltou para o quarto e se deitou, agora ao lado de sua pequena. Dormiram tranquilamente.
Já de manhã, Sophia acordou muito cedo e foi pra cozinha preparar o café. Antes das crianças acordarem , Micael levantou e foi tomar banho. Chegou á cozinha apenas de calça social e sem camisa. Mesmo com raiva, Sophia prendeu a respiração por alguns segundos, o cabelo molhado e bagunçado fazia aquele homem ganhar um charme especial. Céus, como era possível?
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Galerinha, acabei ficando sem computador e perdi a noção do tempo que estava sem postar. Ontem umas amigas perguntaram se eu tinha abandonado a historia e eu fui olhar. 
Escreve esse e o proximo capitulo pelo celular e realmente não tenho previsão de quando postarei os proximos, visto que é horrivel escrever pelo celular. 
Mas vou sim finalizar essa web e pretendo começar uma nova. Obrigada a quem ainda está vindo aqui. Beijos, mais tarde libero o outro capitulo.

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