Amor Demais - Capitulo 115

A vida felizmente foi caminhando para frente. Micael andava mais carinhoso e atencioso. Éric e Bella estavam cada dia maiores e mais lindos. Laura nos mandou uma mensagem dizendo que estava bem. Isabella com certeza sentia falta da mãe, mas ela tinha aprendido a superar sua ausência. Era tao linda e extrovertida.

O tempo só fez bem a todos nós. Os anos foram nossos amigos e isso nada mudaria. Aos poucos o pai de Bella ia se afastando e visitando a menina com menos frequência e a referencia de pais que ela tinha agora eramos nós.

Anos depois...

- Mãe, tudo bem se eu for estudar na casa da Sula hoje? Temos um trabalho pra fazer e prova na semana que vem. - Bella, agora com 11 anos me perguntou.
- Vai, filha. Vai dormir la? Se não for, pedirei ao seu pai pra ir te buscar. - Disse me referindo a Micael.
- Acho que vamos ficar lá sim, vai ser quase uma festa do pijama. Mari também vai. - Eu sorri.
- Tudo bem, me manda noticias. - Dei um beijo em sua testa. Ela saiu correndo pela porta. As crianças crescem tão rápido.

- Fala ai coroa! - Eric apareceu e pegou uma fruta
- Ih, coroa! Sabe que tô novíssima.
- Sei de tudo isso. - Rimos. - Estou indo pra escola.
- Tá bom meu filho. Ate mais. - Dei um beijo e o observei sair. Logo em seguida eu me deitei no sofá e fui procurar o que assistir. Não demorou muito ate a campainha tocar e eu ter que levantar.
Caminhei até la e quando abri a porta, quase cai pra trás. Laura estava ali parada como um fantasma.

- Laura? - A olhei espantada. - Entra filha..
- Oi mãe. - Ela segurava uma criança no colo. Outra menina, parecia ter uns dois ou três anos. Entrou e se sentou.
- Minha filha, que bom que apareceu. - Eu queria lhe dar um abraço, mas era tão estranho. - Até hoje eu não entendo.
- Eu precisei ir mãe, precisei achar meu caminho.
- E a Isabella, ela não fazia parte?
- Eu fui mãe muito cedo, não pude aproveitar nada.
- Ah, Laura... A menina não tinha culpa. - Neguei com a cabeça. - Quem é essa?
- Essa é a Ana Luiza. - Deu um beijo na bochecha da menina que olhava tudo a sua volta com olhos arregalados. - Eu acabei encontrando alguem especial e nós estamos juntos até hoje.
- Onde você foi quando fugiu? - Ela desviou o olhar, parecia com vergonha. - Fala menina.
- Eu estava com uns amigos. Passamos alguns momentos mas depois eu consegui me estabilizar financeiramente.
- É, nós vimos algumas campanhas suas. Parece que sua vida de modelo deu certo mesmo.
- Sim, ai eu conheci o Arthur. Tivemos a Ana e moramos em São Paulo.
- E o que te deu para aparecer aqui agora? - A olhei desconfiada.
- Eu preciso reencontrar a Isabella, leva-la para morar comigo. - Disse sem graça e eu arregalei os olhos.
- Você ficou louca. - Me levantei. - Só pode.
- Mãe, ela é minha filha.
- Você se esqueceu disso por quase oito anos, Laura. - Gritou assustando a menina no colo. - A menina nem te conhece.
- Mãe, ela é minha filha, logico que conhece. Assim como eu te conheci.
- Não ouse comparar uma coisa com a outra.
- Você foi embora eu tinha a mesma idade que ela, mesmo assim eu te aceitei. Eu briguei com meu pai e com a Jessica por você, sempre quis ficar ao seu lado.
- Não vem! Eu fui embora a trabalho e seu pai que não me deixou ter contato com você. Eu fui uma vitima como você. - Respirou fundo e falou mais baixo para não assustar ainda mais a netinha. - Você foi embora por capricho, não quis saber da sua filha. Da um tempo.
- Ela vai querer ficar comigo, mãe. - Disse com certeza.
- Ela tem a vida dela aqui, Laura. Não tem sentido querer que ela largue amigos, escola e a gente pra viver com uma familia  que ela nem conhece.
- Eu vou conversar com ela, mãe. Pode ficar tranquila. - Disse com raiva também.
- Pois converse. Você só não vai obrigar a menina a nada. - Cruzou os braços.
- Que horas ela chega da escola? Quero falar com ela já.
- Hoje ela não chega, vai dormir na casa de uma amiguinha. - A mulher rolou os olhos.
- Vou para um hotel e amanha eu venho aqui. - Se virou e caminhou para a porta.
- Espera... - A mulher se virou. - Fica aqui com a gente.
- Mãe eu não sei se é uma boa ideia... - Respirou fundo.
-  Você ainda é a minha filha e eu quero poder conhecer essa minha outra netinha. - Sorriu para a bebê loirinha de cabelos lisos.
- Mas e meu pai? - Perguntou com medo.
- É turrão, mas morre de saudades de você. Fica com a gente hoje. - Ela deu de ombros.
- Tudo bem, vou pegar a mala no carro. - Mas Sophia passou a frente.
- Eu pego, fique ai. - Sorriu a filha e foi buscar. Quando Micael chegasse seria uma guerra, mas ela estava feliz por ter a filha de volta em casa.

5 comentários: