Depois do Para Sempre - Capitulo 33

 - Ei, que surpresa incrível, jamais imaginaria que vocês iam aparecer por aqui. – Micael debochou ao abrir a porta e ver os amigos. – Quase nunca vem.

- Deixa de ser escroto. – Arthur bufou. – Viemos ver você não, a gente veio ver a Mirella.

- Depois eu que sou escroto. – Balançou a cabeça e deu passagem aos amigos. – Onde estão as crianças.

- Matheus está com a minha mãe. – Lua respondeu. – Precisava de uma folga.

- E o Heitor ficou com a babá. Eu com certeza também preciso de uma folga. – Foi Mel quem respondeu. – Além do mais eles iam ficar fazendo bagunça aqui e a Mirella ainda é muito bebezinha pra isso.

- Sophia está na sala com ela. – Apontou a direção. – Acho que vocês sabem o caminho.

- Micael está engraçadinho demais hoje. – Lua mandou língua e foi caminhando casa a dentro. – Oi, meu amor! – Disse ao ver Sophia deitada no sofá, a bebê em cima de sua barriga, a loira fazia carinho em seu rostinho.

- Oi, gente! – Sorriu ao ver os amigos. – Vocês demoraram. – Se sentou e ajeitou a bebê nos braços. – Achei que não viriam ver a gente mais.

- Uma semana, Sophia. – Mel rolou os olhos. – Demos tempo de você se acostumar com a bebê em casa, de vacinar a pequena. – Se agachou ao lado do sofá. – Que coisinha mais preciosa.

- É, não é? – Disse com um sorriso. – Parece que o tempo passa e eu me apego mais. – Micael observava um pouco afastado, tinha os braços cruzados.

- Já era pra estar apegada desde antes de nascer né?

- Não foi tão instantâneo assim com ela. – O moreno se manifestou. – Com toda certeza não foi.

- Ei, você não precisa falar por mim. – Soph o cortou. – Eu sei muito bem como estava.

- Seca, grossa, sem paciência com a menina?

- Ô casal, vocês estão brigando mesmo? – Douglas alternou olhares entre os dois. – A menina tem uma semana e vocês já voltaram a essa rotina?

- Não estamos brigando, estou expondo os fatos. – Caminhou para se sentar numa das poltronas. – Sophia só começou nesse grude ai agora que ela está vendo o corpo dela desinchar e voltar ao normal.

- Tão desagradável esse meu marido. – Rolou os olhos. – Eu estava sentindo dor, eu estava sentindo muita dor! A sua parte é só bajular, Micael. Trocar uma fraldinha, dar um banho, mas a minha parte doi pra um caralho e parece que não é reconhecido. Eu agora estou mais de boa, mas chorava toda vez que precisava amamentar. Pior sensação do mundo.

- Gente, pelo amor de Deus. – Lua rolou os olhos. – Agora que vocês tem tudo o que querem, estão brigando por quê?

- A gente não está brigando. – Ela bufou. – Estamos longe disso.

- Sei, agora deixa eu pegar essa bebê um pouquinho aqui. – Lua pediu. – Meu filho já está grande, as vezes dá saudade.

- Quer outro bebê, meu amor? – Arthur perguntou.

- Deus me livre. – Fez com que os presentes rissem. – Saudade dá e passa, Arthur. Não brinca com coisa séria.

 


Os amigos ficaram a tarde toda na casa de Micael e Sophia e foram embora logo que anoiteceu. Mirella estava acordada no colo de Sophia que conversava animadamente com a criança.

- Amor, pega ela aqui pra eu poder tomar um banho! – Pediu ao moreno que se levantou pra pegar a filha. – Já volto.

- E você? Está afim de tomar um banhozinho? – Perguntou com a voz fina. – Tá na hora do bainho da bebê! – Sorria o tempo todo enquanto caminhava para o banheiro social que tinha a banheira da filha.

A colocou no berço enquanto preparava as coisas e por alguns instantes, Mirella chorou. – Ei, se acalma, papai não foi a lugar nenhum! – Voltou a pegá-la do berço e logo estava dando banho na pequena. Sophia voltou a aparecer e ele já estava vestindo.

- Está tudo bem? – Perguntou preocupada. – Ouvi choro.

- Está sim, coloquei ela por um minuto no berço pra ajeitar a agua do banho e ela começou a chorar. – Olhou pra Sophia com um sorriso de lado. – Mimada que nem a mãe, se não for do jeito que ela quer, já viu né?!

- Ih a lá?! – Cruzou os braços, estava escorada na porta, olhando o que Micael fazia. – Vai ver está no sangue.

- Coitado de mim. – Fez cara de assustado. – Vou pedir comida pra gente, tem alguma preferência?

- Tenho não. – A loira deu de ombros. – Pode ser qualquer uma.

- Não está com fome?

- Não muita. – Deu de ombros e em seguida esticou os braços a Micael. – Deixa eu dar leitinho pra essa menininha e a colocar pra dormir. – Entregou a filha.

- Enquanto isso, quem vai pro banho sou eu. – Soph assentiu e logo se sentou na poltrona que tinha ali no quarto.

- Essa bebê é tão linda e cheirosa da mamãe. – Passou a mão pela cabecinha. Mirella olhava nos olhos da loira enquanto sugava. – A mamãe te ama, sabia? Não liga pro que seu pai fala não, a mamãe te ama demais! – Continuou conversando com a menina, até que seus olhos pesassem e depois de arrotar, ela permitiu que a menina dormisse, logo a colocou no berço.

Sophia fechou o mosqueteiro e caminhou para seu quarto. Encontrou Micael ainda molhado do banho com a toalha amarrada na cintura, estava procurando roupa no guarda roupa.

- Parece que eu sempre chego quando você está assim. – Tinha um sorriso de lado. – É incrível.

- Você marca o tempo que eu sei. – A olhou com cara de safado. – Seu maior desejo é tirar uma casquinha de mim, já que não pode me usar.

- Muita maldade essa história de resguardo. – Cruzou os braços com um bico imenso. – Eu estou ótima.

- Tem uma semana que seus ossos saíram do lugar pra que nossa filha nascesse. – Ergueu uma sobrancelha. – O resguardo deve ter algum motivo.

- E a saudade que eu sinto de ter você dentro de mim? – Se aproximou e colocou as mãos envolta do pescoço do marido. – Não conta.

- Ei, pode parando com isso, é maldade comigo.

- Você de toalha no quarto é maldade comigo. – Deu beijinhos em seu pescoço.

- Você não tá menstruada?

- E você tem medo de sangue desde quando? – Se afastou para olha-lo. – Não sabia que isso era um problema pra você.

- Sophia, te aquieta. – Tirou as mãos dela do pescoço. – Não vou fazer nada que possa te prejudicar depois, então pelo amor de Deus não me atenta.

- Não vai começar de novo com essa história de não transar comigo porque vai me machucar né?

- São situações diferentes, agora é recomendação medica, mulher você acabou de parir.

- E estou com tesão. – Cruzou os braços.

- Mas vai esperar. – Falou no mesmo tom que ela. – Nada vai rolar agora.

- Meu Deus, como você é chato.

- Meu Deus, como você é mimada. – Mais uma vez ele copiou o tom dela, a mulher ia saindo do quarto revoltada. O moreno a puxou pelo braço e colou seus corpos, ficou segurando pela cintura. – Eu amo você, minha mimada. – E lhe deu um beijo quente. – Espera que você vai ter o que quer.

- Você só piorou tudo. – Deu um tapinha no peito dele e saiu marchando do quarto. O moreno achou graça da situação.

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