Inevitável - Capitulo 43

Se passaram 3 anos. 3 anos que eu nem vi passar de tão perfeitos que foram. Sophia, agora morava comigo de verdade e éramos incrivelmente Felizes. Felipe, agora com 4 anos, a adorava, mas nós, sempre fizemos questão de deixar claro quem era realmente a sua mãe, com fotos deles pela casa e com conversas. Nossas famílias aceitavam agora, depois de muito teimar, o nosso relacionamento. Não tínhamos do que reclamar.


- Acho que deveríamos ter um filho. - Eu disse em uma noite qualquer.
- Ei, ficou louco? - Ela riu, negando com a cabeça.
- Ué, e por que não? - Eu a encarei sério.
- Felipe só tem 4 anos. - Deu de ombros.
- A diferença de idade entre eu e meu irmão é exatamente essa. E se eu não me engano entre você e a Luiza era ainda menor.
- Eu não sinto que estou pronta pra ter um bebê. - Ela parecia assustada com a ideia.
- Jura? - Ergui uma sobrancelha. - Você que sempre cuidou do Felipe como se fosse uma mãe.
- Eu sei, olha Micael, não vamos discutir isso agora tá? - Eu dei de ombros.
- Pensei que você ficaria feliz com a ideia. - Levantei da cama e fui para o banheiro, pude ouvir ela suspirando antes que eu tivesse me afastado. No banheiro lavei o rosto e fiquei por um tempo antes de voltar pra cama. Quando a encontrei, ela já estava dormindo, me deitei ao seu lado e a abracei, dormindo em pouco tempo.

- Bom dia, amor! - Disse lhe dando um selinho.
- Bom dia, meu lindo! - Ela sorriu e saiu indo para o banheiro. Voltou enrolada na toalha e eu fiquei olhando.
- Acho que pra esse dia ser incrivelmente bom a gente pode começar fazendo amor. - Levantei e fui até ela, beijando-lhe o pescoço, mas ela simplesmente se afastou.
- O que tá acontecendo com você, Sophia? - Disse após bufar.
- Nada. - Ela deixou a toalha cair e começou a se vestir.
- Alguma coisa está, você anda estranha ultimamente. - Ela deu de ombros. - Sempre que tocamos em assunto de bebê você ficava toda feliz, ontem simplesmente disse que não, hoje não quer sexo. Cansou de mim? - Perguntei temendo a resposta.
- Não, é claro que não! - Me disse rápido.
- Então o que está acontecendo? - Me aproximei e segurei seus braços.
- É assunto meu, Micael! - Ela disse com olhos angustiados.
- Se isso faz você me tratar assim, eu quero saber. Odeio indiferença, e sinceramente quando você é sedenta e louca por sexo. - Ri e ela soltou um leve sorriso.
- Ei, eu não sou assim! - Deu um tapinha em meu ombro.
- Não muda de assunto! - A repreendi e ela suspirou antes de começar a falar.
- Estamos juntos há três anos e dois meses. - Eu assenti, não tinha noção de onde ela ia chegar, mas ela simplesmente parou.
- E? - A incentivei a continuar.
- E que você sempre toca no assunto filhos, mas nunca no assunto casamento. - Ela falou rapido a frase e desviou o olhar. - Eu sei que a ultima vez que você casou não acabou bem, mas eu sempre tive esse sonho, Micael. - Fez uma pausa. - Não quero ser mãe assim.
- Jura que era só isso? - Eu estava segurando o riso.
- Não faça isso parecer besteira. - Disse ríspida.
- Não é. - A abracei. - Eu te amo, garota. E se você quer casar, a gente casa.
- Não era assim que eu esperava um pedido seu. - Se afastou.
- Sophia, eu nem sabia que você tinha esse sonho, e sinceramente depois que eu senti a dor da perda, jurei que nunca me casaria novamente, mas por você eu quebro essa promessa, uma vez que já somos praticamente casados.
- Eu te amo. - Ela disse voltando para meu abraço.
- Não fique angustiada atoa. Quando for a hora certa, eu faço o pedido. - Pisquei pra ela. - Assim vai ser uma surpresa pra você.
- Você é o melhor quase marido que eu poderia ter. - Me beijou.
- Agora vamos fazer sexo matinal - Ela me deu um tapinha e eu tirei sua calcinha.
- Você é muito pervertido.
- E você gosta! - Caímos na cama para fazer amor enquanto Felipe ainda não batia na porta pra tomar café.

- Vai querer café com leite ou chocolate? - Ela perguntou a Felipe.
- Quero refrigerante. - Ele respondeu e eu ri.
- Sem chance. - Negou com a cabeça.
- Ah, tia. - Suplicou.
- Nada disso, Felipe. - Começou a aprontar o copo de café com leite.
- Ai, você nem é minha mãe! - Se virou para mim. - Deixa pai?
- Respeita sua tia. Ela disse que não, é não. - Ele emburrou, mas logo começou a comer e nós também.
- Amor, ainda quer ir na sua mãe hoje? - Eu perguntei sorrindo.
- Tem um tempão que não vamos lá, estou com saudades. - Eu ri.
- Tudo bem, então nós vamos antes do almoço.
- Oba! Eu gosto de ir na casa da vovó! - Ele sorriu pra Sophia.
- Claro, ela deixa você comer um monte de besteiras! - Ela disse e riu, ele a acompanhou.
- Melhor vó do mundo! - Nós caímos na risada.

Um comentário:

  1. Tava com saudades de ter. Um tempinho pra ler, amando Inevitável

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