Inevitável - Capitulo 49

Descemos rindo e no final da escada encontramos uma Luiza com uma cara nem um pouco agradável. Branca e Renato estavam no outro sofá e eu tinha quase certeza que eles falaram pra Luiza a verdade. Felipe, que estava no seu colo, se levantou e veio pra perto de nós.



- Vamos ir. - Anunciei.
- Primeiro me esclareça uma coisa. - Luiza se aproximou de nós, mas parou exatamente na frente de Sophia. - Não tinha outro macho livre, só o meu marido? - E então acertou um tapa em Sophia, não foi forte, quem cambaleou foi a Luiza, mas foi significativo demais.
- Nunca mais encoste um dedo em mim, Luiza. - Sophia respondeu sério.
- Responde a minha pergunta. - Ela ignorou o aviso, ainda perto demais.
- Tinha, um monte. Mas eu não estava afim. - Sophia respondeu com deboche e então eu vi a expressão de odio em Luiza piorar ainda mais.
- Eu não sabia que você era uma vagabunda, Sophia! Eu sempre te amei. - Ela disse ainda indignada.
- Luiza, você sabe que não sou nada disso. Você estava morta, nós te enterramos!
- E você não perdeu tempo.
- Na verdade perdi bastante.
- TODA ESSA HISTORIA DE SE ODIAREM ERA UMA MENTIRA NÉ? - Luiza então gritou e Sophia não ia ficar pra trás.
- NÃO, TUDO ACONTECEU DEPOIS DO ACIDENTE.
- Vocês são dois traidores. - Ela me encarou. - Minha irmã, Micael? A minha unica irmã?
- Luiza, aconteceu. Você mesmo disse que se ela cuidava de mim e do Felipe você estava feliz. - Falei calmo, tentando acalma-la.
- MAS ESSA REGRA NÃO SERVE PRA PORRA DA MINHA IRMÃ CAÇULA. - Ainda gritava.
- Olha a boca, Felipe está na sala.
- Você vai pagar por isso! - Ela apontou o dedo na cara de Sophia. - Você vai sofrer e ver ele por ai comigo, quando a gente voltar. Sabe por quê? Porque ele me ama, sempre amou, você é só um caso, enquanto eu não voltava. Ele vai se cansar de você. - Ela abaixou na altura de Felipe e lhe deu um beijo. - Mamãe vai te visitar em breve tá filho? - Ele assentiu e ela olhou pra mãe. - Me ajuda a ir para o quarto?
- Claro, filha! - Elas subiram e eu fiquei olhando. Sophia já estava com as malditas lagrimas de novo.
- Soph, sabíamos que ia ser assim quando ela descobrisse.
- Micael, ela está certa. - De novo a mesma ladainha. Ignorei.
- Quem contou pra ela? - Perguntei a Renato que ainda estava ali. - E por que a Branca fez isso?
- Não foi ela, Micael, nem eu! - Já se defendeu. - Ela estranhou o jeito que você disse que se entenderam e o Felipe disse que moravam juntos.
- Droga, ela sempre foi esperta! - Neguei com a cabeça e fui pra porta, Felipe me seguiu, mas Sophia ficou parada. - Vem mulher.
- Acho melhor não. - Ela começou a dizer e eu a interrompi.
- Já conversamos isso e você vem comigo. - Fui até ela e segurei sua mão, a puxando pra mais perto de mim, ela veio sem resistir muito dessa vez e eu agradeci mentalmente.

Saímos ainda abraçados, ela entrou no carro e dessa vez eu que prendi Felipe a cadeirinha. Sophia não tinha falado nada, todas as minhas tentativas de conversa tinham sido frustadas e então finalmente chegamos. Ela subiu direto e entrou no banheiro. Eu fui ajeitar meu filho e o colocar na cama, quando cheguei, ela já estava adormecida.
Tomei meu banho e escovei os dentes pensando na confusão de hoje. Me deitei ao lado da Sophia e a puxei para o meu peito, pelo menos dormindo ela não resistia. Fiz carinho em sua cabeça.

- Mulher, eu amo você, não deixa nada que qualquer outra pessoa diga abalar a confiança que você tem nisso. Nem mesmo sendo a Luiza. - Dei um beijo no topo da sua cabeça e então quando menos esperei já tinha caído no sono.

4 comentários:

  1. Espero sinceramente que a Branca se arrependa de tentar passar por cima dos sentimentos da Sophia, espero que ela passe a confiar mais no amor que ela e o Micael sentem um pelo outro

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  2. Tomara q ela tenha ouvido

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  3. Que ele continue assim e tombe aquela nojenta da Luiza (n suporto) ksks

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