Inevitável - Capitulo 60

- Sophia está acordada, já podem vê-la. - O medico disse e nos indicou onde era o quarto.

Quando entramos ela se surpreendeu, mas não disse nada. Eu tive dó, ela estava com uma intravenosa no braço e uma cara de abatida, minha vontade de abraça-la estava grande demais, ainda mais agora que fomos vitimas de uma armação.


- Como está? - Luiza se aproximou antes e ela não respondeu. - Sophia, por favor fala comigo. Eu sei que não tenho sido a melhor irmã, mas eu me preocupo com você. - Ela tinha lagrimas nos olhos.
- Estou melhor já. - Ela enfim disse. - Se quiserem podem ir. Eu ligo pra Lua, ela vem.
- Não vou sair daqui até saber o que você tem. - Falei no fundo e ela olhou pra mim.
- Parem de fingir que se preocupam, isso me irrita. - Ela suspirou.
- Mas a gente se preocupa. - Luiza disse e eu assenti.
- Por que não vão ser felizes em outro lugar, a presença de vocês juntos me enjoa. - Doeu, mas eu merecia. - Não quero nem ver a sua cara na minha frente outra vez, Micael.
- Não precisa falar assim. - Falei baixo com a tristeza transparente na voz.

Um medico apareceu segurando uma prancheta e isso impediu que ela me desse outro fora naquele momento. Suspirei com pesar com medo do que poderia ter naquele papel que ele segurava.

- E então, Sophia? - Ele sorriu e foi até o lado dela. - Como está?
- Estou bem, louca pra ir pra casa. - Ela riu e ele também. Por instantes, fiquei com ciume daquele homem que devia ter uns 30 anos.
- Já já você vai, mas antes tenho que te dar uma noticia. - Ele sorria. ela parecia apreensiva. Luiza roia as unhas e eu só esperava.
- Diz que é boa? Não aguento mais noticias ruins.
- Eu vejo como ótima. - Ele disse ainda simpático. - Você está gravida!
- É O QUÊ? - Ela deu um grito e eu não sabia se sorria ou se chorava.
- Eu não posso estar gravida. - Negou com a cabeça.
- Mas está, e tem a má noticia, você está anêmica, tem que se alimentar direito, por isso tem passado tanto mal.
- Eu não posso estar gravida. - Repetiu.
- Ih, eu acho que não foi uma boa noticia hein! - Parecia estar sem graça. - Vou ver outros pacientes, mais tarde volto pra assinar sua alta. - Ele saiu e eu me aproximei. Sophia ficava me olhando e olhando para Luiza e não tínhamos o que falar.
- Eu... - Tentei começar mas ela não deixou.
- Olha, eu não sei o que isso muda... - Ela começou a dizer.
- Esse bebê é meu? - Sorria que nem um idiota e ela rolou os olhos.
- Não, é do meu dedo. - Ela debochou e meu sorriso se fechou. - Micael, esse bebê não muda o fato de eu não querer ver a sua fuça.
- Sophia, para de me tratar assim. - Eu disse receoso.
- Ah, desculpa, não queria te magoar. - Debochou mais uma vez.
- Ah, vamos parar os dois né. Tem um bebê vindo e vocês brigando. - Rolou os olhos.
- Falou a mais falsa que nota de três. - Sophia fechou os olhos.
- Você tem que me perdoar, Sophia. - Ela não disse nada nem abriu os olhos. - Sophia, por favor. Devemos pelo menos ser amigos já que você não quer me escutar.
- Não quero nada de você Micael. - Ela disse rude.
- Meu filho está na sua barriga. - Então ela abriu os olhos.
- Eu tiro ele se for necessário, agora saiam do meu quarto. - apontou pra porta.
- Você não me deixou nem explicar a armação. - Tentei falar mas ela só olhou sério.
- Saiam! - E nós saímos dali, mas meu coração ficou la dentro com meu filho e com a mulher que deveria ser a minha esposa.

6 comentários:

  1. Deveria né? Mas você acreditou nessa mulherzinha. Sophia nem pensa nisso

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  2. Eu ri do "nao é do meu dedo" KKKKKKKKK cooont

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  3. Sophia ta muito magoada sei, mas poderia da uma brechazinha pro Micael pode explicar tudo que aconteceu

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  4. Micael também foi dar brecha logo pra maluca da Luiza , agora ta tudo essa bagunça

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  5. Deveria não vai ser hajajsks amem né?! Continuaaa

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