Inevitável - Capitulo 108

- Não acredito que a Luiza fez isso! - Micael disse ainda olhando para o papel, eu só sorri.
- O que eu perdi? - Jorge se aproximou de nós.
- Luiza devolveu o dinheiro da casa. - Ele deu de ombros.

- Ela mudou depois que começou a namorar com o Marlon. - Meu sogro sorriu.
- Ela mudou depois que começou a gostar dele. - Eu respondi, me lembrando dos primeiros dias dela aqui.
- Você agora acredita que ela gosta? Tava ai cheia de ciuminho. - Ele riu e eu fiz bico.
- Claro, a minha chega do nada e pede pra falar contigo sozinho. - Eles riram ainda mais.
- Você é a melhor! - Chegou mais perto e me deu um beijo.
- Ei, respeitem o patriarca dessa familia. - Jorge resmungou. - Micael tá muito saidinho.
- Ai, vai começar. - Ele colocou uma mão no rosto.
- Nada vai começar filhinho querido, estou indo tomar banho. - Ele foi rindo pro quarto dele e eu e meu amor, ficamos abraçados no sofá.
- Momentos como esses que fazem a vida valer a pena. - Eu disse e recebi um selinho.
- Parece até que nossa vida é normal. - Ele riu. - Acho que podemos sair amanhã e comprar nossa casa.
- Já? - Eu ri.
- Não tá com pressa pra ter a sua casa? - Dei de ombros.
- Sabe que ainda vamos ter que mobilhar ela toda né? - Ele rolou os olhos.
- Só de estar longe de toda essa confusão, já tá bom! - Nós rimos.
- Então amanhã a gente procura uma casa, vou ver se a Luiza fica com a Emily e o Felipe.
- A Luiza? - Fez uma careta.
- Ela já vai estar aqui mesmo! - Dei de ombros.
- Sei...
- Deixa de ser bobo. - Me estiquei e fui beijar seu pescoço, ouvi sua respiração falhar e continuei ali.
- Eita, que pouca vergonha! - A voz de Marlon era alta e me fez rir. - Vamos querer ir para o quarto hein.
- Não enche, Marlon. - Mica jogou uma almofada nele, que ficou rindo. - Tá felizinho hein.
- Papai, compramos pizza de queijo! - Disse empolgado. - Foi eu que escolhi.
- Que delicia hein, acho que a gente pode comer. - Me afastei um pouco de Micael, mas eu senti que vinha piadinha.
- Tem certeza que prefere comer a pizza? - Ele gargalhou.
- Com certeza não, mas minha linda namorada tem que ter forças pra me aguentar. - Ele sorriu e eu levantei a sobrancelha pra ele.
- Ah, jura? - Luiza e Marlon não paravam de rir. - Acho melhor você comer direitinho. - Dei um tapinha na cara dele, na brincadeira.
- Do que vocês estão falando? - Felipe perguntou curioso.
- Nada filho, seu pai e sua tia que só falam besteira. - Luiza sorriu para o menino. - Cadê a Emily que não acorda?
- Deixa ela dormir, eu quero comer. - Eu ri. Deixaram a pizza na mesa de centro e nós abrimos enquanto esperávamos Marlon voltar da cozinha com os copos. - Temos que chamar seu pai. - Micael assentiu e foi em direção ao quarto do pai.
- Estão bem? - Me perguntou olhando pra onde Micael foi.
- Sim, estamos. - Eu estava com um pouco de vergonha. - Me desculpe por ter desconfiado de você mais cedo.
- Tudo bem, acho que já fiz coisas demais para serem perdoadas do dia pra noite. - Ela estava sorrindo quando eu a olhei.
- Obrigada por ter devolvido o dinheiro. - Dei de ombros. - Muito tempo que eu não via o Micael tão leve do jeito que ele está, é como se ele não tivesse preocupações.
- Muito tempo né, desde antes da minha volta. - Ela suspirou. Eu olhei pra Felipe, mas ele estava concentrado em sua pizza.
- Queria te pedir um favor. - Disse olhando pra Felipe. - Será que pode ficar com as crianças pra mim amanhã?
- Claro que sim! - Disse sem hesitar. - Vão sair?
- Micael está ansioso pra sair daqui. - Dei de ombros. - Vamos andar por ai.
- Tudo bem. - Ela sorriu. - Fico com elas o tempo que precisar.
- Obrigada irmã.
- Demorou mas os copos chegaram! - Marlon falou e eu vi ele todo enrolado com um monte de copos.

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