- Safada! – Arthur deu risada junto com Lua. Os três
seguiram pra cozinha. – E ai, viado?
- Vocês não chegaram cedo não? – Ele ergueu a sobrancelha e
foi abraçar os dois.
- A gente mal chegou e já estamos sendo expulsos. – Arthur
resmungou. – Não somos mais bem vindos.
- Para de drama ai. – Sophia respondeu. – Vocês que chegaram
cedo mesmo, pato não está nem no forno.
- Eu quis chegar antes da Mel e do Chay pra que vocês duas
pudessem se acertar. – Arthur falou encarando as duas. – E ai a gente ter um
jantar em paz.
- A gente já se acertou, Micael fez a gente até dar um
abraço. – Lua fez uma careta e Micael riu. – Está tudo bem.
- Dá pra ver na cara de vocês que não está. – Ele insistiu.
– Então eu vou pedir encarecidamente que vocês conversem pra não rolar climão
nesse jantar e nem voar comida.
- Ai de vocês duas se jogarem a minha comida uma na outra. –
Micael disse bravo. – Eu mato as duas.
- A gente já está de boa. – Sophia deu de ombros. – Não vai
ter climão nenhum.
- Ou vocês vão conversar e se entender por bem, ou eu vou
dar um jeito de trancar as duas num cômodo dessa casa e só vou soltar quando já
tiverem se acertado. – Arthur repetiu as palavras de Lua. A mulher arregalou
os olhos.
- Ei, fui eu que disse isso pra Sophia. – A loira sorria
escorada no balcão olhando os amigos. – Não é pra usar isso contra mim.
- Você disse? - Micael ergueu uma sobrancelha, afinal, era o único que não estava presente na hora. –
Quando?
- No dia da piscina. – Sophia respondeu sorriso. – Quando
você deu chilique e saiu de perto da gente. – Micael deu uma risada.
- Eu não dei chilique. – Se defendeu. – Era só um charme,
você tinha dito que ia embora.
- Se você tivesse dito que queria que eu ficasse, eu ficaria
ué.
- Mas eu disse, olha você aqui. – Ele riu preparando o
molho.
- Ah, mas você só fez isso depois que deu chilique e saiu de
perto e depois que a Lua praticamente me obrigou a ir atrás de você. – Micael
encarou a amiga. – Não estou exagerando, ela literalmente me obrigou. “Se você não for atrás dele agora eu vou dar
um jeito de trancar vocês dois num cômodo dessa casa e só vou soltar quando se
entenderem” – Micael soltou uma gargalhada, principalmente da voz fina que
Sophia usava pra remendar a amiga.
- Eu não falei desse jeito ai não. – Lua resmungou, mas seu
tom também era brincalhão. – Eu falei com raiva.
- Pois é, me assustou. – Ela soltou um risinho.
- Assustou a todos nós. – Arthur completou. – Pena eu tenho
do nosso bebê.
- Ei, eles estavam sendo teimosos, precisavam de um
empurrão. Senão essa hora ela estaria lá em São Paulo chorando pra mim pelo
telefone. – Ela mais uma vez fez os amigos rirem.
- Ei, também não é assim. – Disse emburrada. – Quem sabe o
que aconteceria... Como era de se imaginar o meu emprego já foi pro ralo.
- Mas é claro que você, você destruiu a cara da Fernanda. –
O sorriso de Sophia se abriu instantaneamente. – Você deu socos na cara dela,
você arrancou a pele da cara dela. Eu a vi esses dias, ela foi lá falar com a
Elizabeth, cheia de curativo na cara. – Lua terminou de contar rindo.
- Nós sabemos, essa vagabunda teve a cara de pau de vir aqui
mandar o Micael pagar a plástica das cicatrizes que vão ficar. – A mulher rolou
os olhos. – Se eu tivesse sozinha tinha é acabado de foder com a cara dela.
- Eu não acredito... – Arthur bufou. – Ela não tem medo não?
- Ela nem sabia que a Sophia estava aqui. – Micael respondeu
calmo, ainda concentrado em suas panelas. – Mas ela não parece ter medo não,
ameaçou a Sophia o tempo todo de processo.
- Mais vontade de encher a cara dela de porrada, isso sim. –
Rangeu os dentes, mas logo depois soltou um suspiro e encarou Lua. Saiu de trás
da bancada e pegou na mão da amiga. – Vem, Lua. – Saiu puxando ela para o
quarto e fechou a porta.
- Ai, Sophia. – Reclamou quando já estavam dentro do quarto.
– Não precisa disso tudo. – A mulher se sentou na cama e logo Sophia foi pra lá
também. – O que é tão importante? – Se fingia de desinteressada.
- Eu queria pedir desculpas a você... – Começou a falar e a
expressão de Lua deixava na cara o quão surpresa estava. – Eu sei que eu já pedi
lá na agência mais cedo, mas não foi tão sincero quanto eu gostaria.
- Viu só, eu disse que é falsa. – Sophia fez uma careta, mas
logo percebeu que Lua estava brincando. – Me desculpa também, não devia ter
falado com você do jeito que eu falei, mas é que eu não ia suportar tudo de
novo, Sophia.
- Só que não vai acontecer nada de novo. – Soltou um longo
suspiro. – Você acompanhou todo o meu sofrimento, você acha que eu ia querer
tudo aquilo de novo?
- Justamente porque eu acompanhei tudo que fiquei preocupada
quanto te vi abraçadinha com o Douglas de novo. Eu não podia deixar você
estragar tudo de novo. Quase acabou com você uma vez, você quase entrou em
depressão profunda, você se jogou na droga da frente de um carro. Nunca vou
deixar acontecer nada com você de novo, mesmo que seja por uma escolha sua,
está me entendendo?
- Eu estou entendendo, mãe. – Ela brincou e Lua fez uma
careta sem entender. – Micael disse outro dia que você parece minha mãe e não é
que parece mesmo. – As duas riram. – Mas é sério, me desculpa pelas coisas que
te disse e pelo jeito que te tratei na rua, semana passada.
- Ok, me desculpa por não ter confiado em você, afinal você
estava nervosa e eu piorei toda a situação ao invés de te apoiar. E desculpe
também por ter te chamado de falsa. – Sophia fez uma careta se lembrando e
arrancou mais risos de Lua.
- É verdade, você me chamou de falsa! – Falou com raiva. – E
ainda contou pro Micael que eu não lia os cartões. – Lua gargalhava. – Isso não
foi engraçado.
- Claro que foi. – Se deitou na cama rindo. – A sua cara foi
a melhor.
Perfeito todo mundo juntoo
ResponderExcluirPosta mais,tá lindooo❤❤
ResponderExcluirAhhhhhhhh elas fizeram as pazes
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