Futuro Planejado - Capítulo 9

Tirei sua mão de mim e fiquei só olhando.
- Você sabe que eu não amo você, você sabe que eu amo o Léo, por que insisti nisso?
- Meu pai,ele também me obrigou um pouco pra eu poder fazer isso?

Franzi a testa.
- Como assim? Que interesse eles teriam nesse casamento se nenhum de nós dois quer isso?
- É obvio Sophia, Seu pai e o meu são os socios com maior numero de ações, depois vem o pai do seu queridinho ai. Você casada comigo eu comando a maior parte da empresa sozinho daqui a uns tempos.
- Eu sabia que não tinha nada a ver com a minha felicidade.
- Olha eu também não estava muito feliz com a ideia de me casar, só que eu disfarço muito melhor que você.
- Eu nunca quis disfarçar, eu nunca quis casar e eu com certeza nunca vou te amar.
Ele deu de ombros como se realmente não ligasse muito.
- Não importa, nós já estamos casados.
- Você prefere viver com alguém que não te ama?
- Eu não acredito no amor. Então...
- Como você pode dizer isso? O amor é um lindo sentimento.
- Que não existe Sophia, você vai conviver comigo e vai acabar gostando de mim.
- Eu duvido.
- Você já me deixou tocar você.
- Por que você é, eu querendo ou não, meu marido.
- Já ta aceitando isso, mas rapido do que eu imaginava.
Reverei os olhos.
- Que horas são? - Eu disse, só querendo mudar de assunto.
- Já passa das uma da tarde.
- Nós não vamos almoçar?
- Está com fome? A empregada veio avisar que já estava pronto o almoço. Só não tive coragem de te acordar.
- Eu jurava que você ia me fazer algum mal.
- Eu? Francamente, eu não sou um psicopata. - Ele deu um sorriso de lado que fez meu coração parar.
- Espero que não.
- Eu quero uma coisa antes de irmos almoçar.
- O que?
- Eu quero um beijo.
Fiquei sem reação, ele chegou mais perto e me beijou com uma calma. Acho que pela primeira vez eu pude desfrutar do beijo dele. Quando nos separamos eu não olhei em seu rosto. Apenas me levantei e fui desci pra mesa do almoço.
Ele veio atrás de mim, também não falou nada a respeito do que aconteceu e nós almoçamos em silêncio.
- O que faremos o dia todo.
Eu perguntei, ainda estávamos sentados a mesa.
- Não sei, talvez assistir televisão?!
Revirei meus olhos.
- Não to afim.
- Você não faz o mínimo esforço pra tentar gostar de mim.
- Não mesmo, como adivinhou?
- Eu não sou tão ruim como você pensa.
- Eu vou fazer você desistir desse casamento.
Ele riu.
- Eu desistir? Meu pai disse que me deserda se eu fizer isso. Então eu não trocaria minha fortuna toda só pra VC ficar com seu namoradinho.
- Eu já disse que ele não é meu namorado, antes ele fosse.
- Você não vê que ta tornando a nossa convivência insuportável? Para com isso menina.
Me levantei da mesa com a maior autoridade. Ele também se levantou parando a minha frente.
- Garota você é insuportável.
- Isso não é mérito meu.
- Ta tão ruim assim, vai embora.
- Se eu pudesse eu iria.
- Então vai.
Me virei para a porta e na hora que ia dar um passo ele me puxou pelo cotovelo e me segurou pela minha cintura.
- Você é muito rebelde.
- Pra sempre.
Então ele me beijou, foi diferente do beijo no quarto, ainda sim foi bom.
- Você não vai a lugar nenhum. Você é minha esposa.
E me beijou mais uma vez.
- Acho que já passou da hora de darmos um passo adiante. Só relaxa e deixa que eu faço o trabalho. - Ele cochichou ao meu ouvido.
Depois beijou meu pescoço me arrepiando. Me pegou no colo e subiu para o nosso quarto.
Era agora, ou nunca.

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