Reviravolta - Capitulo 97

- Vamos entrar, vem Sophia! - Falou sorrindo e entrou com Alycia e eu fui logo atrás. Encontramos Antônia novamente na cozinha, parece que não saia de lá. - Olha mãe, quem veio de novo. - Então ela se virou, ficou com uma expressão muito fofa ao ver minha filha, ela não sabia como reagir.

- Oi, Dona Antônia. - Eu falei com um sorriso, então ela desviou a atenção de Alycia.
- Oi Sophia, bom te ver novamente. - Ela falou sorrindo pra mim, veio e me deu um beijo, mas logo voltou sua atenção para Alycia novamente. - Essa é a minha neta? - Perguntou apreensiva.
- Sim, Alycia. - Falei orgulhosa. Ela me olhou sem saber o que fazer. - Alycia, essa é sua vovó, mãe do seu papai, dia Oi. - Falei e ela olhou no fundo dos olhos de Antônia e disse "Oi Vovó"
- Oi princesa. - Ela parecia não saber o que falar. Matheus a colocou no chão e então ela foi abraçar Antônia. - Você parece com seu pai.
- Todo mundo me diz. - Ela falou metida, com um sorriso inocente no rosto. - Você também parece com ele. - Falou ao analisar bem.
- Vocês estão com fome? - Antônia me olhou.
- Eu não tomei café, Alycia diz ter tomado. - Eu dei de ombros. - Esqueci de perguntar aos meus pais se era verdade.
- Eu não minto mamãe. - Falou um pouco brava. - Vovó me deu bolo antes da senhora acordar.
- Tudo bem filha. - Eu dei de ombros e me sentei ali na cadeira.
- Quer tomar café com a gente, Sophia? - Ela perguntou sorrindo.
- Ah sim, aceito sim. - Então Alycia veio se sentar no meu colo e Matheus sentou na cadeira ao lado da minha. Alycia desceu do meu colo depois de um  tempo e foi sentar no de Matheus. - Que isso? Essa menina me troca por qualquer um que aparece, isso é um absurdo. - Fingi estar triste.
- Não mamãe, não troco. - Ela falou e Matheus continuou brincando com ela, eu tinha um sorriso bobo nos lábios. Não tinha uma só pessoa que não gostava dela.
- E a Bruna, onde está? - Perguntei depois que Antônia se sentou. - Afinal voltei hoje pra falar com ela.
- Está no quarto trancada. Não quis sair pra ir a escola, nem comer... Ela simplesmente não abre aquela porta. - Matheus respondeu por mim, já que Antônia só fazia olhar Alycia e ficar pensativa.
- O que aconteceu ontem? - Perguntei a Matheus novamente.
- Como se ela falasse. - Ele bufou e rolou os olhos.
- Posso ir falar com ela? - Perguntei e os dois me olharam apreensivos. Alycia prestava atenção em cada palavra dita.
- Ela não vai querer. - Tentou me alertar.
- Eu quero apenas tentar. - Eles assentiram. - Onde é o quarto dela?
- Segunda a esquerda, bem ali. - Falei e me levantei. Estendi a mão pra Alycia que desceu do colo do Matheus e veio agarrar minha mão. Cheguei a porta e bati, bati novamente, bati outra vez e ninguém me respondia. Voltei pra cozinha e falei.
- Ela não abre, nem grita, nem xinga. Aconteceu alguma coisa com ela lá dentro. - Falei preocupada. - Abre essa porta Matheus. - Ele olhou pra mãe, parecendo hesitar, mas quando ela assentiu ela foi lá tentar abrir. Falhou na primeira tentativa, na segunda também, mas na terceira a porta finalmente se abriu e quando eu entrei, lá estava a Bruna, jogada no chão, desmaiada.
Todos entramos em desespero e a ação foi muito rápida. Matheus pegou Bruna no colo e todos saímos, Fomos no meu carro obviamente. Antônia sentou na frente com Alycia e Matheus segurava a irmã no banco de trás, depois de tirar o assento de Alycia dali. Dirigi meio que rápido demais até o hospital e chegando lá ela foi imediatamente encaminhada pra emergência e nós ficamos na sala de espera.
- Sophia, não temos condições de bancar um hospital desse. - Antônia falou baixinho pra mim, Alycia estava com Matheus.
- Não se preocupe com isso. É o de menos. - Falei e ela me abraçou, chorando.
- O que será que aconteceu com a minha menininha. - Ela não continha as lagrimas.
- Nada, se Deus quiser, nada aconteceu a ela. - Eu disse tentando encoraja-la. - Vou avisar o Micael. - Disse e sai dali pra ligar. Ele demorou a me atender, estava quase desistindo quando ele atendeu.
- O que aconteceu? - Sua voz era alarmada.
- Estou em um hospital com a Alycia e sua familia. - Falei de uma vez, sem rodeios.
- O que aquele maldito fez a vocês, eu vou matar aquele miserável. - Ele tinha ódio na voz.
- Nada aconteceu conosco, encontramos Bruna desmaiada no quarto, eu a trouxe pra cá. Da um pulo aqui depois,sua mãe esta péssima. - Ele ainda estava preocupado, mas pareceu relaxar.
- Já, já eu apareço ai. Te amo, linda. - Ele disse e eu percebi que ele estava ocupado.
- Também te amo.
E então eu voltei pra perto da minha sogra, esperar e ter fé era tudo que nos restava...

8 comentários: