Reviravolta - Capitulo 103

Bruna estava maravilhada com a casa de Micael, Alycia empolgada em mostrar cada cômodo a ela. Eu estava na cozinha vendo o que podia fazer para o almoço. Não sou uma ótima cozinheira, mas alguém teria que fazer. Optei por macarrão, quem não sabe fazer macarrão? Coloquei a água pra ferver e logo coloquei óleo e sal antes de jogar meu macarrão. Fui pra sala, sentei no sofá e comecei a mexer no meu celular, tinha um joguinho bem divertido. E então ouvi barulho das meninas descendo. 
- Sophia o que deveria ser isso aqui? - A voz da Bruna me lembrou do meu macarrão. 
- Ai meus Deus! - Sai correndo e quando cheguei a cozinha e olhei a panela tive uma grande decepção. Ao enfiar o garfo na panela eu constatei que meu macarrão tinha amolecido demais, a água estava quase seca. Então me sentei ali e abaixei a cabeça. - Nem um macarrão eu sei fazer, como o Micael ainda quer se casar comigo? - Falei em crise de consciência. 
- Calma Sophia, é só um macarrão. - Bruna falou e me abraçou. 
- Eu sou um desastre na cozinha, isso é triste. - Abaixei a cabeça nos braços, estava curvada sobre a mesa. 
- Mamãe, que exagero. Papai te ama, não a sua comida. - Alycia falou e eu a olhei. - Não precisa ficar triste. - Quando eu ia responder ouvimos a maçaneta da porta principal e então eles entraram, eu abaixei a cabeça novamente, nem deu tempo de esconder aquela maldita panela. Vieram diretamente até a cozinha e eu senti uma mão fazendo carinha na minha cabeça. 
- O que aconteceu? - Micael me perguntou. - Está passando mal? - Apenas neguei com a cabeça, ainda sem a levantar. - Então o que foi? 

Acho que alguém mostrou pra ele minha panela sem falar, porque em seguida ele se abaixou ao meu lado e me fez olhar pra ele. 

- Para de bobeira. - Ele falou olhando nos meus olhos. 
- Eu não consigo nem fazer um macarrão. Como pode querer casar comigo assim? - Estava realmente triste, por mais que todos achassem besteira. 
- E desde quando você precisa cozinhar? - Micael falou sorrindo. 
- Mas... - Fui interrompida. 
- Morrer de fome nós não vamos. Não se preocupe. E eu posso te ensinar alguma coisa se você quiser. Minha mãe que vai estar aqui também. - Olhei pra ela que também estava sorrindo. - Eu não me importo nem um pouco que você não saiba cozinhar menina. 
- Tudo bem, mas eu vou aprender. - Falei decidida.
- Você que sabe. - Ele deu de ombros. - Eu te amo de qualquer jeito. - E me deu um selinho. - Agora vamos instalar nossos hospedes? 

Eu me levantei, acho que rápido demais, pois fiquei tonta e voltei a sentar. Abaixei a cabeça mas dessa vez eles viram o que aconteceu. Fechei os olhos até tudo parar de rodar e só então eu levantei outra vez. 

- Sophia, o que aconteceu? - Uma voz urgente me perguntava, mas eu não sabia. 
- Sei lá, fiquei tonta, mas passou. - Disse num tom fraco. 
- Quer ir ao medico? - Micael me perguntou. 
- Não, estou bem aqui. Preciso descansar. - Dei a mão a ele que me abraçou e deu um beijo na cabeça. 
- Vamos pro quarto, você fica lá. - Meio que ordenou e eu assenti. Me ajudou a subir, por mais que eu insistisse que estava bem, me deixou deitada na cama e saiu. Alycia ficou lá comigo. - Vou instalar minha familia, já volto. 
- Tá boa já, mamãe? - Perguntou preocupada. 
- Estou amor. - Respondi a abraçando. - Não foi nada demais. 

Ficamos deitadas ali por muito tempo. Eu pensando em como Micael estaria dividindo eles. A casa não era grande, mas tinha três quartos. Um o nosso, outro de Alycia e um vago. Sorte que todos tinham camas de casal. Eu colocaria a Bruna com o irmão, pra se acontecesse algo a noite ela ter a quem pedir ajuda e a Antônia com a Alycia, mas não sei o que ele faria, era só esperar. 

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