Inevitável - Capitulo 42

Os dias foram se passando e não tinha como ser melhor o que estávamos vivendo. Nossos pais não aceitavam muito bem aquilo, mas sinceramente, quem se importava? Nós estávamos felizes.
Naquela tarde quando cheguei em casa encontrei meus sogros no meu sofá, tomando um café com a Sophia e bufei. Estava feliz por ela, claro, mas não me sentia nem um pouco na obrigação de tratar aqueles dois com educação.


- Oi Sophia. - Disse e segui em direção as escadas.
- Espera! - Pediu apressada a minha sogra.
- Esperar pra quê? - Me virei sem a menor vontade.
- Escuta o que eles tem a dizer Micael. - Sophia me pediu e eu rolei os olhos, claramente impaciente.
- Digam. - Dei de ombros.
- Micael, você saiu com a Sophia tão rápido lá de casa, nem nos deu chance de falar. - Ela começou.
- Hum, veio se fazer de vitima? - Olhei em seus olhos, ela engoliu em seco.
- Não, vim pedir uma trégua. Tem quase um mês que aquilo aconteceu, não gostaria que se repetisse. Gosto de ter meu neto e minha filha em minha vida.
- Não mantive nenhum dos dois aqui em cativeiro sabe disso né? - Foi a vez dela rolar os olhos.
- Micael! - Sophia me repreendeu.
- O fato de você gostar do Felipe não muda o fato de que sempre foi contra minha relação com Luiza e agora com Sophia. - Ela não tinha palavras.
- Mas... - Tentou falar, parecia que não vinha nada a cabeça.
- Rapaz, só é estranho você ter ficado com as duas.
- Nada foi premeditado. Eu acredito em destino, talvez eu só tenha encontrado a Luiza pra conhecer a Sophia depois, não sei. A questão é, a culpa não é minha se ela me ama. - Parei e pensei. - Na verdade acho que é. - Ri
- Ora Micael, não estamos aqui pra brincadeiras.
- Não estou brincando sogra. - Dei de ombros. - Jamais impediria que Sophia fosse até vocês e que levasse Felipe. Embora merecessem.
- Não fizemos nada. - Renato interviu.
- Não, eu sei. Mas vocês são contra a Sophia me amar e eu ama-lá.
- Amor? - Branca bufou. - Você dizia amar Luiza até ontem.
- Luiza morreu, já tem quase um ano. Aceitem. - Dei as costas e subi, ouvi passos atrás de mim, mas só parei no quarto.
- Luiza sempre vai estar entre nós. - Disse ao me sentar na cama, Sophia ficou me encarando.
- Só se você deixar. - Ela deu de ombros.
- Toda hora alguém vem jogar isso na minha cara, Sophia. Não é possível que você não se incomode.
- Me incomoda, mas não muda em nada a minha vontade de ficar com você. - Se aproximou e me deu um selinho.
- Você é realmente a mulher da minha vida. - Eu a beijei mais profundamente.
- Hum, então vamos lá embaixo e você vai se entender com meus pais. - Ela levantou uma sobrancelha e eu bufei.
- Impossível.
- Por mim. - Fez uma carinha linda.
- Ai, o que eu não faço por você mulher? - Ela me abraçou e nós descemos de mãos dadas.
- Me desculpem. - Eu disse primeiro e eles ficaram me olhando. - Desculpem por ser um tanto dramático.
- Desculpe a gente por não apoiar esse relacionamento. - Ela disse e eu dei de ombros.
- Eu prometo levar mais o Felipe pra visitar vocês. - Ela abriu um sorriso. - Desde que... - O sorriso se fechou. - Vocês parem de ficar falando da Luiza.
- Vamos parar com isso. -  Renato se apressou para dizer.
- Tudo bem então, temos uma trégua. - Olhei pra Sophia - Feliz amor?
- Demais. - Sorriu.
- Vamos embora. - Sua mãe disse e colocou Felipe no chão.
- Fiquem ai, tem quarto de hospedes. - Dei de ombros, sei que Sophia gostaria.
- Não queremos atrapalhar vocês.
- Não vão. - Ela disse super animada e eu assenti. - Vamos lá arrumar o quarto. - E os três subiram, me sentei no sofá.
- É filho, a vida é complicada demais sabia? - Ela só disse um monte de coisas que não dava pra entender e eu ri. Ah, inocência das crianças...

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