Futuro Planejado - Capitulo 4

Branca: Filha é seu momento. Não chore.
Soph: Eu não estou feliz.
Branca: Você vai estar, Micael é um bom moço.

Soph: Ele não quer me deixar nem terminar a faculdade mãe.
Branca: Isso ai você conversa com ele depois, filha tudo se resolve, o amor vem da convivência.
Soph: E o que eu faço pelo amor que eu sinto pelo Leo?
Branca: Bom, esse vai ter que acabar. Afinal, ele está ai na festa.
Soph passou a mão no rosto secando as lagrimas.
Soph: Está?
Branca: Seu pai convidou todos os sócios do banco.
Soph: Pra que? Desnecessario.
Ela se casaria ali mesmo em sua casa, não quis casar na igreja por que sabia que um dia teria esse sonho realizado com alguém que amasse.
Branca: Deixa eu arrumar seu véu, está quase na hora de você descer filha.
Soph: É o que eu não faço por causa de um “contrato” ridículo de vocês.
Branca: Vamos logo, seu pai vai vir buscá-la.

Soph Narrando.

Seria o dia mais importante e feliz da minha vida se o noivo fosse o Leo. Minha mãe prendeu meu véu e saiu do quarto me deixando mais uma vez sozinha. Não demorou muito para o meu pai entrar com um sorriso de orelha a orelha.
- Você está perfeita! – Ele me elogiou.
- Obrigada pai.
Não estava entusiasmada então não queria papo, ele estendeu o braço e eu segurei, assim fomos rumo a escada, ouvi a marcha nupcial e me desesperei. Agarrei o braço do meu pai com medo de fugir dali e assim passamos em meio aos convidados. Fui olhando cada rosto, cada pessoa pra ver se ele estava ali, e quando o achei ele sorriu, mandou um beijo pra mim e deu um tchauzinho. Meu coração disparou, olhei pra frente estava com um sorriso no rosto agora, pelo menos ate ver meu noivo.
Micael estava muito elegante naquele terno preto com uma flor na lapela, a flor parecia com a do meu buque. Não podia negar, Ele é muito lindo. Uma pena que seja um ogro.
Quando meu pai colocou a minha mãe sobre a dele eu me desesperei de novo. Era agora.
Nós viramos pra frente e nos ajoelhamos. O padre começou a falar. Não prestava muita atenção, até que o ouvi dizer “Sim” e então eu sabia que logo seria minha vez. E chegou, meu “Sim” foi meio hesitado, mas saiu. E quando o padre nos considerou marido e mulher eu comecei a chorar. Ele me abraçou, limpou algumas lagrimas e lentamente me beijou. Por mais que eu não gostasse dele, ele beijava bem. Eu não queria que parasse, ate que ele interrompeu e nos virou pra frente. Familiares e amigos vinham nos abraçar. E ele ainda segurava minha mão.
A festa correu normalmente, até meio chata por não tem nada acontecido. E enfim, chegou a hora da dança. A primeira por tradição era minha e dele. Ele dançava maravilhosamente bem, foi fácil dançar com ele. Quando acabou, começaram a aparecer pessoas para dançar comigo, eu dançava com um homem que eu não sei o nome, quando ele chegou e requisitou.
- Será que eu poderia ter a honra de uma dança?
Era o Leo, o senhor que dançava comigo cedeu minha mão e eu fui de bom grado.
- É tão bom ter você aqui! – Eu disse deitando a cabeça em seu ombro.
- Confesso que não foi nada fácil ver você casando. – Sua voz era triste.
- Não foi nada fácil casar. Eu amo você. – Disse e dei um beijinho em seu pescoço.
- Não faz isso! Você agora casou.
- Mas continuo te amando.

- Como eu disse, vou te esperar! – Ele me afastou e deu um beijo demorado na minha testa. 

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