Futuro Planejado - Capitulo 64

Conforme os meses foram se passando minha relação com o Micael não era a mesma coisa. Pela nossa filha estar agora com 11 meses, nossa vida estava muito agitada. Ela Queria brincar a todo momento e demorava muito até dormir, combinando isso com o fato de trabalharmos o dia todo, quando íamos pra cama já estávamos completamente esgotados, isso fez com que nossa vida sexual diminuísse bastante. Mas ainda nos amávamos. Éramos felizes com a nossa vida.
Leonardo tinha cumprido 6 meses em regime fechado e agora já estava em liberdade por bom comportamento e por ser réu primário. Me surpreendeu ficar esse tempo "todo" preso. Também já tinha voltado a empresa, pois seu pai era um dos sócios, não tínhamos muita escolha quanto a isso.


Hoje era domingo. Estávamos os três deitados no tapete da sala, brincando. A televisão ligada era fielmente ignorada.

- Fala Mamãe fala meu amor! - Eu disse olhando minha filha sentada no tapete da sala.
-Tem que falar Papai, isso sim Sophia! - Micael riu e segurou a mão dela, mas ela soltou pra bater palminhas.

Tinha sido tão rápido, mês que vem minha filha já completaria seu primeiro aninho. Eu estava planejando a sua festinha da Bela e a Fera, porque sempre fui apaixonada por essa historia. A campainha tocou e eu e Micael nos olhamos.

- Atende lá amor, tô cansado! - Micael disse e deitou no chão, Clara se jogou em cima dele dando gritinhos.
- Tá é preguiçoso, Senhor Borges! - Sorri e fui até a porta. Tinha um menino lá. Ele tinha a pele escura e estava sujo, também fedia.

- Pois não? - Perguntei imaginando que ele queria dinheiro.
- É senhora Borges? - Ele me perguntou inocente. - Uma pessoa me mandou entregar isso pra senhora! - Ele me estendeu um envelope.
- Quem? - Perguntei depois de olhar o envelope e ver que não tinha remetente.
- Não o conheço, ele só me deu um dinheiro e pediu pra eu fazer isso! - Ele disse, virou e saiu sem nem olhar pra tras. Eu fechei a porta e voltei andando devagar pra sala enquanto abria o envelope.

- O que foi amor? - Ele olhou pra mim. - O que é isso? - Perguntou curioso.
- Um menino deixou aqui, disse que uma pessoa mandou me entregar. - Quando finalmente abri o envelope e tirei vi algumas fotos.
- Te deram fotos?! - Ele não entendia. Mas eu parei de responder quando vi o conteudo das fotos. Era Micael. Ele e uma mulher. Meu marido beijando uma fulana que eu nem sabia quem era. Como ele pôde? - Sophia?
- Por que você fez isso? - Perguntei baixo.
- Eu fiz o que mulher? - Ele então se levantou e se pôs ao meu lado, tamém olhando as fotos.
- Sophia eu não fiz isso - Disse calmo.
- Como não? - Meu olhos já continham lagrimas - Tiraram fotos de alguem parecido com você?
- Sophia não fui eu. Eu nunca trai você. Isso deve ser alguma brincadeira de mau gosto. - Estava calmo ainda. Eu queria acreditar nele.
- Brincadeira - Ri debochada - Isso não me parece brincadeira.
- Sophia você não pode acreditar nisso. - Ele ia colocar a mão livre no meu braço, mas eu esquivei.
- Não me toque. - Disse e peguei minha filha do colo dele.
- Sophia, cadê a confiança que você disse ter em mim? Pensei que nosso amor era baseado nisso.
- Se chegassem aqui fotos de eu com um cara você iria querer saber de merda de confiança Micael. - Gritei e Clara começou a chorar.
- Se acalma Sophia, olha a Clara. - Ele parecia muito seguro de si. - Eu não fiz nada, acredita em mim.
- Queria muito acreditar.
- Então acredita, eu te amo.
- Micael, não dá. Não assim!
- E como eu vou provar que não fiz nada? Não tem como - Ele disse, agora parecendo desesperado.
- Não sei Micael, não sei!

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