Reviravolta - Capitulo 13

Cheguei em casa com a cara amarrada e um bico imenso e como já era de se esperar, lá estava meus pai pronto para me dar as boas vindas. Minha mãe, agora parada ao lado dele tinha uma cara de enterro que eu não entendia nada.


- Olá família – Falei sem nenhuma animação.
- Eu mandei você vir para casa há mais de uma hora dona Sophia. – Ele estava realmente bravo.
- Eu sei, mas eu estava ocupada. – Dei de ombros.

Quando eu dei foco na minha mãe, vi que ela tinha aparência de quem esteve chorando muito, e isso mesmo a gente não sendo tão próximas me doía, o que será que esse ogro que eu chamo de pai fez com ela?

- O que te aconteceu mãe? – Dei um passo em sua direção, ela não me respondeu, parecia que se falasse iria começar a chorar outra vez.
- Deixa sua mãe em paz Sophia! – Meu pai falou alto.
- Eu quero saber o porquê dela estar chorando! – Disse no mesmo tom.
- Ah você quer saber? – Ele avançou e segurou no meu braço. – Tá chorando de desgosto, por que a única menina que nós temos ta numa relação com um bandido!
- Você está me machucando! – Disse e livrei meu braço do seu aperto. – Não estou em relação com nenhum bandido.
- E esse rapaz é o que? – Disse debochado.
- Me deixa, a vida é minha! Eu não tenho nada com ele, é só meu amigo. – gritei para ele – Você não sabe nada sobre o Micael, então não fala nada sobre ele.

Deixei ele falando sozinho e sai sem rumo. Peguei meu carro e comecei a rodar e rodar sem um destino certo, mas o único lugar que eu teria para ir era certo. Eu não podia ir ver minhas amigas porquê elas também eram contra, eu não tinha uma só pessoa para me ajudar. E eu me vi novamente estacionando na garagem da casa amarela.
Eu sai ainda sem ver muita coisa, nunca tinha brigado tão feio com ele. Bati na porta e não demorou muito a ser atendida. Me joguei nos braços de Micael e me permiti chorar um pouco mais.

- O que aconteceu Soph? – Ele perguntava nervoso. - Fala comigo...
- Meu pai... É um idiota! – Passei a mão no rosto e respirei fundo – Estou com ódio dele.

Micael já tinha fechado a porta e me levado para o sofá. Me abraçou forte e não me perguntou mais nada, eu fiquei ali deitada sobre ele e não conversamos.

- Obrigada! – Eu sorri então, ainda não estava olhando para ele.
- Não fiz nada! – Deu um beijo na minha cabeça.
- Não me pressionou para falar, não me sufocou! – O olhei – Você é um homem de ouro sabia?
- Sophia não fala assim, Eu sou a pessoa mais errada que você conhece provavelmente. – Ele riu.
- Você não teve opção. – Falei sério olhando no fundo dos seus olhos. – Aposto que se sua mãe não tivesse casado com aquele homem você hoje seria um homem formado e brilhante!
- Eu não aposto nisso, eu não gosto de pensar em como as coisas era para ser e não foram. – Deu de ombros. – O que foi isso? – Disse assim que notou uma marca de dedos no meu braço, eu tentei esconder. Esse era o ruim de ser branca, qualquer aperto já ficava marcado.
- Um acidente. – Eu disse sem graça.
- Sophia, eu sei que eu não perguntei o que aconteceu, mas seu pai te bateu? – Parecia horrorizado com essa hipótese.
- Não! – Disse rápido – Ele me segurou aqui no braço, mas quando eu disse que estava doendo ele soltou. Meu pai nunca me bateu!
- Ah que susto. Não foi culpa minha não né?  - Parecia preocupado.
- Para com isso. Meu pai que ta neurótico.
- Eu tô com a impressão de que estou atrapalhando a sua vida, e não quero isso.

- Não atrapalha, você deixa ela perfeita. – Virei seu rosto para mim – Você é como uma saída de emergência no meio dessa confusão toda. – E então eu o beijei.

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Pessoal, mais tarde tem bônus pra vocês! 
O que estão achando da historia?

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