Reviravolta - Capitulo 7

- Sophia eu não acredito que você está pedindo isso para os seus pais. - Lua disse com raiva.
- O que você tem a ver com a minha vida? - Disse com desprezo. - Está se metendo demais, que eu me lembre não pedi a sua ajuda.

- Mas eu sou sua amiga e gosto de você, não posso deixar você fazer essa besteira.
- Vocês duas deveriam me apoiar. - Disse mais calma. - Micael não é bandido. Micael é uma pessoa sem ajuda no mundo.
- Sophia, você não pode estar tão mudada e muito menos por causa de um cara que você nem sabe quem é... - Minha mãe falou baixo, calma.
- Gente quando vocês vão ver que eu não estou fazendo nada? - Gritei - Estou tentado ajudar quem precisa! Caramba, que saco!
- Você nunca foi assim! - Mel se pronunciou. - Você está louca.
- Louca é você de querer dar uma de certinha garota. - Ainda gritava - Toma conta da sua vida, me erra!
- SOPHIA! - Meu pai disse alto e forte - Nós mandamos e você obedece.
- Será que alguma vez na vida podem fazer algo por mim? - Falei no mesmo tom do meu pai. - Caramba, não estou pedindo muito, quero só que ajudem o rapaz.
- Na nossa casa não! - Minha mãe disse - Sem chance.
- Olha então, sei lá, dê um trabalho pra ele... - falei baixo - Pra ele pelo menos arrumar um lugar pra alugar ou coisa assim. ou pelo menos deixa ele em uma das nossas casas. - Virei pro meu pai - Nós temos uma infinidade de casas que alugamos, temos a empresa e muito mais dinheiro do que podemos gastar em três vidas, o que custa ajudar?
- Ok Sophia, vou pensar no que fazer... - Chegou mais perto e me abraçou. - Vamos ajudar seu amigo tá. - Deu um beijo no topo da minha cabeça.
- Obrigada pai, te amo! - O abracei de volta. - Agora vou pro banho e dormir, foi um dia cansativo.

Me virei e segui em direção da escada sem falar nada com ninguém alem do meu pai. Vários pensamentos e eu estava super ansiosa para dar a noticia a Micael que quando dei por mim eu estava sorrindo como uma idiota. Ouvi alguém me chamando e me virei, estava na metade da escada já.

- Não se despede de nós? - Lua me perguntou, se referindo a ela e Mel.
- Não vale a pena. - Me virei e segui.

Tomei um longo banho pensando em tudo que tinha acontecido naquele dia, na minha conversa com Micael e naquele quase beijo. Será possível gostar de alguém assim logo na primeira vez? Parece que sim. Não desci para jantar, não queria ver a minha mãe e nem quer que estivesse lá em baixo. Fiquei na minha cama pensando e pensando até que ouvi meu celular tocar.

- Alô, quem é? - Atendi sem ver o nome.
- Oi... Sophia, sou eu - Falou devagar
- Eu, não é nome. - Disse grossa.
- Mauricio, Sophia. - Senti medo na voz.
- Oi, o que você quer? - Perguntei simpática.
- Só saber como você está... eu me importo com você.
- Estou ótima. Melhor impossível - Sorri - E você?
- Sinto sua falta. - Sua voz mudou, parecia estar sofrendo.
- E a sua namorada?
- Sophia, ela não é minha namorada, ela foi um deslize. - Tentou se explicar.
- Só lamento, não posso te ajudar.
- Sophia, eu ainda amo você.
- Olha Mauricio, eu não tenho mais raiva de você, já superei tudo, mas por favor não diga mais isso pra mim. - Falei calma e baixo.
- Por que Sophia? Me perdoa.
- Desista, nunca mais eu quero te ver.
- Já tem outra pessoa? - Perguntou acho que com medo da resposta.
- Não te interessa. - Fui grossa de novo - Você não tem que saber nada de mim. Tchau.
- Espera, não desliga - Suplicou.
- Tchau - E eu desliguei o celular.

Respirei fundo e abri o whatsapp, tinham varias mensagens, Lua, Mel, Mauricio, grupo da familia e por ai vai... Queria falar com Micael, mas ele não tinha celular. Não respondi ninguém e acabei por dormir, mesmo que ainda fosse cedo.
No outro dia acordei cedo as oito horas, e desci pro café apos tomar banho e escovar os dentes.

- Bom dia familia - Disse sorrindo.
- Que animação! - Minha mãe disse rindo pra mim também.
- Estou feliz, e ai pai, já pensou no que fazer? - Olhei pra ele...

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