Reviravolta - Capitulo 91

Ele acertou dois antes de Matheus o segurar, um outro pegou de raspão e então Micael se deixou ser controlado. Ele parou ao meu lado e respirou fundo. Antônia chorava desesperada sem saber o que fazer e Matheus agora acudia o pai. Devido a essa confusão, Bruna saiu do quarto pra ver o que estava acontecendo.
- Você nunca mais fale de ninguém da minha familia. Principalmente da minha filha. - Ele falou apontando o dedo para Paulo, que agora estava sentado no sofá com a mão no queixo.
- Olha garoto, tem um bom soco. - Ele riu, claramente debochando e Micael bufou de ódio. 
- Eu cresci, aprendi muita coisa. - Micael falou grosso e virou de costas. - Vamos embora Sophia, temos mais nada que fazer aqui. 
- Filho?! - Antônia chamou e nós nos viramos para olhá-la. - Não some, volta! - Seus olhos pareciam horrorizados somente por considerar essa hipótese. 
- Mãe, não posso simplesmente ficar no mesmo ambiente que esse cara. - Micael falou com os olhos tristes também. 
- Você não pode se afastar da sua mãe por causa de homem, não de novo. - Eu falei o repreendendo e ganhei a atenção deles. - Quando você era uma criança que não podia se defender eu até entendo, mas Micael, hoje você é um homem, ele não é nenhuma ameaça pra você... Se Alycia se afastasse de mim por qualquer motivo que fosse eu não sei o que faria. - Antônia me olhou agradecida. 
- Volta e trás a minha neta, por favor! - Ela falou e o puxou pra um abraço. Ouvimos Paulo bufar e então chamar a Bruna, que estava parada encostada na parede só observando com cara de assustada. 
- Vem aqui filha, ajude seu pai.  - Ela se aproximou devagar e então ele se levantou e apoiou nela. - Vamos para o quarto filha. - A expressão dela foi de nojo, eu senti uma maldade nele, não sabia bem dizer no que exatamente. 
- Isso é comum? - Cochichei pra Antônia enquanto olhava eles sairem para o quarto da menina. 
- O quê? - Ela perguntou não vendo nada de anormal. 
- O jeito que ele olha pra ela, a força como ele a chamou, essas coisas. É comum? - Ela pareceu pensar...
- Sim ué, ele é pai dela. - A conversa era cochichada, mas Micael ouvia e Matheus se aproximou também. Paulo e Bruna sumiram de vista. - Tá achando o que, Sophia?
- Que meu pai pega a Bruna? - Matheus não me pareceu muito surpreso. 
- Impossível, eles se tratam assim desde que ela era criancinha. - Antônia negou com a cabeça horrorizada. - Paulo não faria isso, não com a minha menina. 
- Faria sim, esse homem não presta. - Micael enfim se pronunciou. 
- Também não fala assim do meu pai. - Matheus falou num tom normal. 
- Olha eu sei que é seu pai, mas eu vi um lado dele que vocês não viram. E como agora a Sophia observou, Bruna pode estar vendo esse mesmo lado. - Quando Micael terminou de falar, Matheus e Antônia estavam quietos, provavelmente não querendo acreditar naquilo. 
- Olha, de qualquer forma tínhamos que fazer ela falar. Só que era ta muito arisca... - Eu falei e deixei a frase morrer. - Não vai querer falar com vocês, posso tentar me aproximar... - Sugeri.
- Sophia, nós já brigamos com ela hoje. - Micael me lembrou. 
- Mas eu acho que consigo a confiança dela, ainda mais com Alycia. Ninguém resiste a ela. - Eu falei orgulhosa da fofura da minha filha. 
- Bruna adora criança. - Ela falou me empolgando. 
- Enfim, não façam nada, vamos descobrir a verdade. Enquanto isso, vamos embora Micael, quero ver minha filha. 
- Tudo bem, vamos embora. - Ele concordou e nós nos despedimos antes de sair. Já no carro, estávamos em silencio, era muita coisa pra assimilar. Quando estávamos perto de casa que começamos a conversar. 
- Acha mesmo que é verdade? - Ele me perguntou com um tom de voz baixo. 
- Pode ser... - Eu não queria preocupar ainda mais ele. 
- Se for, por que ela não fala? - Parecia indignado. 
- Você falou? - Ele me encarou. 
- Sophia, eu tinha seis anos, ela tem quinze. Ela pode falar. - Ele disse agora mais alto e eu vi suas mãos apertarem ainda mais o volante. 
- Ele pode a ameaçar, as coisas não são tão simples. - Eu a defendi e ele pareceu considerar.
- Ela defende ele. Eu queria manter distancia... Enfim, espero que não seja isso, talvez eu só esteja querendo achar uma saida pra não ser isso... Eu penso na Alycia e já me vem um amor incondicional, eu seria incapaz de pensar nela de outra forma... 
- Você não é como ele... Não tem comparação Micael. - Eu passei a mão em seu cabelo e ele respirou fundo. 
- Chegamos, vamos parar de falar nisso... - Ele saiu e me esperou para dar a mão e assim entrar em casa. Alycia que estava na sala montando um quebra cabeça correu pra nos abraçar...


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Gente, não vou abandonar a web.
Não tenho postado por causa das  provas finais no semestre na faculdade e fiquei sem net. Desculpem.

5 comentários:

  1. Eu acho que a soph ta certa, mika você não tem nada a ver com ele. Não demore a postar por favor,morremos de saudades suas

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  2. Bonuuuuuuus
    estou super amando sua web pq vc ta trazendo assuntos atuais,bem interessante,e pq SoMic ta juntinho ♥

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  3. entendemosss, mas estamos com saudades da web!!!!!!!!! coontinue

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  4. Vamos voltar a postar,to sentido falta

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