Inevitável - Capitulo 92

- Sophia, eu pensei que agora não era o momento... - Ele começou, mas eu suspirei e ele parou.
- Não era o momento quando a minha filha estava aqui. - Rolei os olhos.

- Eu estava com raiva. Só queria ficar sozinho um pouco, pensar na vida. - Justificou e eu bufei.
- Você tinha que ao menos ter atendido a droga do telefone. - Disse um tom mais alto, mas em seguida controlei a voz. - Eu estava gravida em casa, devia ter se preocupado.
- Eu sei, já me culpei bastante por isso. - Passou as mãos pelo cabelo. - Não sei o que faria se não tivesse chegado aqui a tempo.
- Acho que a força pra ela nascer veio da raiva que eu estava sentindo por você não ter me atendido.
- Sophia, eu não atendi porque cheguei em casa e vi você agarrada ao meu irmão. - Despejou toda raiva de antes.
- Agarrada? - Disse revoltada. - A minha barriga imensa nem me permitia ficar agarrada.
- Você entendeu, Sophia. - Rolou os olhos.
- Entendi que você é um completo idiota quando está com ciumes. Essa foi a unica coisa que entendi. - Me virei de lado com cuidado, não queria mais aquela conversa e infelizmente não tinha pra onde correr.
- Soph, me desculpa. - Andou pro lado que eu estava virada e puxou um banquinho. Seu rosto ficou bem próximo do meu.
- Não estou afim. - Fechei os olhos. - Você não pode sair falando o que quiser e achar que só pedir desculpas e tudo vai estar certo não.
- Eu sei. - Ele parecia nervoso. - É que... - Ele não terminou a frase e eu abri os olhos para encará-lo.
- Termina. - Falei num tom mandão.
- É que a muito tempo, quando eu ainda era casado com a Luiza - Fiz careta de nojo. - O Marlon queria que eu desenrolasse você pra ele. - Ele parecia com vergonha e então eu cai na gargalhada. - O que foi?
- Poxa, por que você não desenrolou? - Tentei segurar o riso, ele estava com cara de raiva.
- Porque eu não gostava de você o suficiente pra querer que fosse minha cunhada. - Ele terminou de falar e eu cai no riso de novo.
- Que absurdo!
- Na verdade eu não sabia era como falar disso com você. - Ele deixou escapar um risinho.
- Ainda bem que não falou, você ia levar um fora tão grande se fizesse.
- Eu já não falava e mesmo assim levava né. - Agora ele estava rindo.
- Sempre que levava era porque merecia. - Ele fechou no sorriso.
- Deve ser mesmo. - Rolou os olhos. - Enfim, amor, me desculpa. Eu prometo que vou parar de ser um imbecil.
- E atender o celular quando eu ligar. - Ordenei e ele riu.
- E atender o celular quando você ligar. - Ele repetiu e eu assenti. - Não importa se eu estiver com raiva.
- Olha, eu acho muito bom, Micael!. - Virei de barriga pra cima de novo. Eu estava muito dolorida.
- Marrentinha. - Eu sorri.
- Acho que você vai embora agora. - Ele me encarou perplexo.
- Achei que estava tudo bem entre a gente, por que ta me mandando embora?
- Não sei se você pode passar a noite aqui. - Sorri pra ele.
- Gata, posso tudo que eu quiser. - Eu ri.
- Não pode não, gato. - Rebati.
- Se a enfermeira não me expulsar eu fico. - Ele sorriu vitorioso.
- Então fica ai, mas eu preciso dormir. - Suspirei cansada e ouvi sua risadinha.
- Descansa amor, antes que a enfermeira volte aqui com a Emily. - Fez carinho na minha cabeça e acabei adormecendo fácil.

Abri os olhos e enxergava tudo um borrão por causa da luz, demorei um tempo até me acostumar e ver que quem tinha me acordado era a enfermeira com o meu neném. Assim que a vi, sorri.
- Hora de me dar mamá, mamãe. - Ela fez uma voz fina e eu me sentei estendendo o braço pra pegar. Olhei Micael adormecido de mal jeito na poltrona e sorri. Ele realmente tinha ficado ali.
- Oi, meu amorzinho. - O choro fino de Emily encheu o quarto e acordou Micael antes que eu conseguisse silencia-la com meu peito. - Tá com tanta fome assim é filha? - Sorri. - Estava com saudade de você já, sabia? - Fiz carinho em sua cabeça e olhei pra Micael sorrindo. Ele também sorria. - É bom saber que o choro dela te acorda.
- Ah, não é não. - Ele se levantou. - Sabia que é lindo ver você amamentando ela?
- Sabia que é lindo amamentar ela? - Sorri. - Já estava com saudades. - Tinha um bercinho ao lado da minha cama que eu ainda não tinha usado. A enfermeira saiu do quarto e eu agradeci por poder ficar ali com ela sozinha.
- E você com medo de ser mãe. - Ele riu. - Te disse que já era a melhor mãe do mundo.
- Você é suspeito pra falar. - Eu disse sem levantar o olhar pra ele. Ficamos conversando por um tempo até eu sentir que ela parou de puxar e estava dormindo...

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Gente, a rotina aqui no blog vai voltar a ser como era antes. Muito provavelmente não poderei postar todos os dias, eu estava de férias e agora infelizmente, junto com o final de maio, elas também foram embora. E nessa luta de conciliar faculdade e trabalho, eu vou tentar sempre estar aqui atualizando o blog quando não tiver aula.
Espero que entendam.

4 comentários:

  1. poxinha tava amando vc postando todo dia, mas entendo, espero que possa conseguir um tempinho pra postar amo sua web

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  2. Aaa:((tdOK. continua q to amando vicio total a web ❤

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  3. Ahhhhh 😍😍😍😍😍 Continua por favor 🙏🙏🙏❤😍

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  4. Já to sentindo falta da web 😭😪❤

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