Medo de Amar - Capitulo 4

Micael esperava a namorada sorridente na porta da agência. Ele tinha os braços cruzados e estava recostado no carro. Sophia sorriu de volta quando chegou mais perto, Lua rolou os olhos diante da reação da amiga. Ela chegou perto e se lançou nos braços do moreno lhe dando um beijo.



- Estava com saudade. - Ele disse apaixonado. - Se horário de expediente demora muito a acabar.
- Você que chegou aqui muito cedo. - Ela disse rindo. Micael olhou para Lua.
- Ei, Luinha. - Foi lhe dar um abraço. - Quanto tempo, como foi a noite de vocês ontem? Divertida?
- Demais, você não sabe o quanto! - Ela disse sem nenhuma emoção e Micael a encarou de forma divertida.
- Você não parece tão empolgada quanto a Sophia. - Ele apontou pra namorada e antes que Lua falasse algo, Sophia se meteu.
- Lua está de mau humor o dia inteiro hoje, não é mesmo Lua?! - Forçou ela a falar e a mulher apenas deu de ombros.
- Estávamos querendo marcar uma paradinha lá em casa, topa? - A mulher dos cachos falou um pouco mais animadas. - Só nós quatro.
- Claro que topo. - Micael respondeu animado. - Podemos chamar a Mel e o Chay também, eles ficam tão distantes da gente. - Sorriu.
- Pode deixar que eu convido eles sim. - Forçou um sorriso. - Agora vou indo. - Foi abraçar a amiga e cochichou em seu ouvido. - Nada de ir encontrar com aquele cara, você está me ouvindo? - Sophia balançou a cabeça e em seguida entrou no carro de Micael.

- Achei legal a ideia de uma resenha, tem um tempão que a gente não faz uma. - Ele comentava empolgado, mas a loira não dava muita atenção estava pensando no que faria para dizer a Douglas que não o encontraria naquela semana, ou pelo menos no que restava da semana. - Ei, Sophia?
- Oi, amor! - Ela sorriu, voltando a si. - Desculpe, eu estava longe.
- Eu percebi. - Sorriu pra ela enquanto parou num sinal. - Está tudo bem?
- Está sim, só estou pensando no trabalho. Está pra começar uma nova remessa de aspirantes a modelo, a agencia vai ficar uma loucura.
- E você? - Olhou pra frente quando o sinal abriu e continuou a viagem.
- Eu o quê? - Franziu a testa sem entender.
- Quando vai ser modelo? - Ela começou a rir. Micael já tinha dito pra ela algumas vezes, mas aquilo não entrava em sua cabeça. - Isso não é engraçado, você é maravilhosa, tem tudo pra fazer sucesso.
- Você fala isso porque me ama, as outras pessoas não me amam. - Ela passou a mão no cabelo dele. - Não quero tirar meus pés do chão.
- Você devia voar alto. - Sorriram um para o outro e não conversaram mais até chegarem em casa.

Sophia foi direto para o banheiro de Micael tomar um banho. Micael foi pra cozinha fazer uma comidinha rápida. A mulher saiu do banho e se recostou sobre o balcão da cozinha.

- Você cozinha o dia todo naquele restaurante, devia descansar quando chega em casa. - Pegou uma das batatas que escorriam no papel toalha depois da fritura. - A gente podia pedir um lanche.
- Eu adoro cozinhar pra você. - Sorriu e apagou o fogo. - Gosto de você bem alimentada.
- Com batatas fritas? - Ela ergueu uma sobrancelha. - Isso a gente podia ter pedido.
- Tá desdenhando é? - Ele deu a volta e a segurou pela cintura. - Sabia que quem desdenha quer comprar? - Ele riu passando a barba por seu pescoço. Sophia se arrepiou e soltou um gemido.
- Talvez eu queira comprar outra coisa! - Mordeu o lábio inferior e Micael riu, a levantando com um braço e colocando em cima do balcão. Sophia se viu sem blusa num piscar de olhos, aquele parecia outro Micael, abocanhando seus seios com tal voracidade. Uma das mãos de Micael já estava no meio de suas coxas e ela arfou.
- Você gosta disso né? - Largou seus seios e lhe deu um beijo. - Eu sei que gosta! - Ela segurou sua mão quando ele tentou tirar.
- Não para! - Pediu ainda sem largar a mão de Micael. - Por favor, não para!
- Eu só ia levar você para o quarto. - Sua expressão ficou confusa quando olhou a cara de decepção de Sophia. - O que foi?
- Nada de quarto hoje, vamos fazer aqui mesmo! - Colocou a mão em seu colarinho. - Me come aqui e agora.
- Eu não sei se é uma boa ideia. - Ele hesitou e ela rolou os olhos e desceu do balcão. - Ei, o que foi? - Tentou pegar seu braço quando ela se abaixou pra pegar a camisa, mas ela puxou o braço. - Me fala o que foi!

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