Inevitável - Capitulo 10

Ela da um último sorriso e se vira pra porta por onde desaparece. Novamente estou sozinho, e essa era minha nova realidade dali pra frente, um homem solitário com um bebê pra criar. Eu nunca mais vou me apaixonar, eu juro que não.

Uma batida ecoou pelo quarto e eu virei a tempo de ver meu pai entrando.
- E ai meu filho, como está?
- Mal, como vou sempre estar daqui pra frente.
- Ah meu menino, não fala assim, você ainda é jovem só com 23 anos. Tem muito o que viver. – Levantei uma sobrancelha para meu pai, serio que ele estava dizendo aquilo pra mim, justo pra mim? – Quando o senhor perdeu minha mãe, sua vida parou, e ta parada ate hoje!
- Eu já estava velho, alias eu estou muito velho pra fazer minha vida andar. – Ótima desculpa.
- Até parece, existem tantas pessoas que se apaixonam na terceira idade. – Olhei com deboche.
- Terceira idade já é exagero. – Ele riu.
- A Sophia teve aqui...
- Ih, não inventa de querer ficar justo com ela, tá filho – Ele disse rindo, mas isso não era brincadeira. O olhei sério.
- Não teve graça pai, eu não ficaria com a Sophia.
- Você estava com um brilho nos olhos...
- Ficou maluco pai? Minha esposa acabou de falecer e você vem me dizer que estou gostando da irmã dela?
- Pode não saber... não vou me meter. Termine de falar.
- Ela me pediu pra ficar na casa dela no período de recuperação...
- E você vai?
- Tô pensando, mas ela pediu por causa do Felipe, ela e minha sogra não querem se afastar.
- Aham filho claro, bom eu vou pegar um cafezinho e já volto pra cá, ta?!
- Tudo bem pai.
Ele saiu e eu comecei a pensar nessa conversa estranha. Eu não poderia ser tão rápido poderia? Não, é claro que não. Só estou grato por Sophia estar se mostrando uma pessoa boa.
Sempre tem um pra falar besteira, mas tinha que ser meu pai? Já vi que daqui pra frente minha vida vai se tornar um verdadeiro inferno.  Mas eu acho que vou pra lá, eu realmente não estou em condições de cuidar de um bebê sozinho. Ponho as mãos no rosto em forma de conchinha. Oh Luiza porque você fez isso comigo? Me virei para o lado com cuidado, e assim mais uma vez adormeci.
Recebi alta, finalmente. Estava indo para a casa dos meus sogros, eu tinha aceitado o convite, como seria minha vida dali pra frente? Na casa dos outros? Não me sentiria a vontade, mas meu filho precisava disso. Renato tinha ido me buscar de carro, meu pai e Marlon estavam trabalhando.
- Vamos Micael? – Ele perguntou quando entrou no meu quarto.
Eu estou usando muletas, eu preferi a uma cadeira de rodas que eu me sentiria ainda mais dependente.
- Vamos sim seu Renato.
Ele se inclinou para pegar uma mochila que tinha algumas roupas minhas que meu pai tinha levado ao hospital.
- Quer ajuda ai? – Ele gesticula para as muletas.
- Não precisa, to bem, da pra andar. – Ou seja lá o que eu esteja fazendo.
Nós nos dirigimos a saída do hospital. Chovia muito, meu gesso molhou.
- Ih algo me diz que isso não podia molhar.
- Foram só algumas gotinhas, não deve fazer mal. – Ele me respondeu.

– Como que esta o bracinho do Felipe?

4 comentários:

  1. ja quero essa aproximação mesmo sabendo q vai ser dificil kkkkk to adorando.

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  2. Eu no tinha começado essa wev até agora, não tava gostando de saber que a shop ia trair a irmã, agora vou começar a Web só início rsrs

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  3. Eu no tinha começado essa wev até agora, não tava gostando de saber que a shop ia trair a irmã, agora vou começar a Web só início rsrs

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