Inevitável - Capitulo 18

Entrei no carro e eles estavam super animados, nem perguntei para onde estávamos indo. Só encostei minha cabeça no vidro e fiz questão de deixar claro minha cara de insatisfação em estar ali.
- Muda essa cara Micael, você vai se divertir.

Nem me dei ao trabalho de responder Chay que estava quicando de empolgação ao meu lado.
Chegamos á uma boate em cerca de quarenta minutos. É realmente era o que eu esperava. Mas eu não poderia prever que eles tinham chamado um grupo de mulheres para ir também, elas esperavam na porta.
- Vocês ficaram loucos só pode.
Eu disse e balancei a cabeça em negação. Uma ruiva vinha caminhando em minha direção, bom, pelo menos ela não era nem loira e nem morena...
Ela pegou na minha mão e me incentivou a entrar, olhei para o lado e eles já tinham ido. Com uma velocidade que eu realmente não tinha visto eles passarem.
Enfim, eu entrei e o som muito alto estava me incomodando, eu realmente não fui feito para frequentar esse tipo de lugar. A ruiva que me acompanhava dançava e rebolava na minha frente bem sugestiva, mas eu não sentia muitas coisas por ela.  Nem sabia seu nome.
- Vou pegar uma bebida, quer?
- Vou com você gato! – Ela me disse, aposto que com a intenção de não desgrudar um só momento de mim.
Nós andamos em direção ao bar, ela segurando minha mão mais uma vez.
- Uma dose de vodka por favor – Olhei pra moça – E pra você?
- Pode ser o mesmo. – Ela me respondeu com um lindo sorriso de dentes perfeitos e brancos.
Não tinha como negar, a menina era linda.
Cheguei em seu ouvido, era a única forma de conversarmos com todo esse barulho.
- Como é seu nome?
- Samantha – Ela respondeu no mesmo tom, em meu ouvido.
- Micael!
Após dizer meu nome eu ia dar-lhe um beijo na bochecha, mais ela foi logo virando o rosto, iniciando um beijo, que digamos foi... quente.
Nós ficamos um tempo sem respirar e então o barman surgiu com nossas bebidas. Eu paguei e bebi em um único gole, acho que eu merecia ficar bêbado. Logo pedi outro.
Após umas quatro doses eu já estava super animado, e um tanto quanto bêbado. Raramente ficava assim. Samantha ao que parece não estava bêbada. E então ela se ofereceu para dirigir meu carro.
- Não precisa, meus amigos estão por ai, eu vim com eles. Não estou com o meu carro.
Eu tentava dizer, mais eu aposto que não saiu nada do que eu queria.
- Vamos embora, eu estou com carro.
E então eu acho que ela foi me puxando, por que eu realmente não tenho plena consciência do eu fiz ou deixei de fazer naquela noite.
Acordei com uma baita ressaca. Olhei para o lado e uma menina dormia nua ao meu lado, coloquei as mãos na cabeça e sabia que tinha feito muita besteira na noite anterior, esperava ao menos ter usado camisinha. Olhei por debaixo do lençol que me cobria e eu também estava nu. Tentei me levantar, mas ainda estava tonto e com dor de cabeça, então esbarrei em um copo que estava no criado mudo. A menina do meu lado se remexeu, mas não acordou.
Coloquei meu roupão e então fui pra cozinha preparar um café bem forte. Pensei no meu celular e fui procurá-lo, enquanto a água ainda estava no fogo. Achei ele na mesinha de centro, e reparei que tinha algumas roupas femininas espalhadas, em cima do meu celular tinha uma calcinha preta. Eu a peguei e olhei. Como não me lembrava disso?
Sacudi a cabeça e voltei para a cozinha. Foi então que eu recebi uma mensagem no Whatsapp. Era dela.

“Tudo bem, eu vou”

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